Terminada a época venatória, as opiniões mais contraditórias foram emitidas no seu encerramento quanto às causas que têm vindo prejudicar este desporto.
A falta de desportivismo da maioria, que leva a caça no defeso, e a sua impunidade são das causas que mais fazem rarear as espécies.
“Vai-se às rolas, – afirma um cinegeta, – se saltarem coelhos atira-se neles. Vai-se aos tordos; se aparecem pombos, patos, perdizes ou lebres, fogo neles. É assim que, de há alguns anos para cá, se caça em Portugal, o que é bem pouco digno e pouco desportivo.”
Isto do Deporto tem a sua ética e os bons caçadores muito se prezam em respeita-la, defendendo pontos de vista que nos parecem dignos do maior apreço.
De resto, há também razões interesseiras que levam à ilegalidade do furão, das redes, dos projectores e o mais que é sabido, não faltando assim os que impingem – gato por lebre…
(In: Correio do Ribatejo de 11 de Janeiro de 1975).