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O empresário Gonçalo Pereira foi eleito presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos (AHBVT), com 76% dos votos, tendo afirmado à Lusa querer “pacificar” a corporação para esta se focar na prestação do socorro.

“Quero, desde já, pacificar e devolver a paz e a tranquilidade à associação para que esta possa cumprir a sua missão no âmbito do socorro e apoio de emergência à população e, se possível, com o comandante José Carlos”, disse hoje o empresário de Torres Novas, que, aos 43 anos, assume a continuidade de um mandato válido até 2025 e que a anterior direção suspendeu em fevereiro, ao ter apresentado a demissão em bloco, precipitando eleições antecipadas.

Em declarações à Lusa, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Arnaldo Santos, deu conta de 538 sócios votantes, num universo de cerca de sete mil associados, com a lista A, liderada por Gonçalo Pereira, a obter 407 votos (76%) e a lista B, liderada pelo presidente demissionário, Nuno Cruz, a registar 126 votos, havendo ainda um voto nulo e quatro em branco.

“Foi uma boa afluência ao ato eleitoral e correu tudo de forma tranquila”, disse Arnaldo Santos, tendo indicado que a tomada de posse da nova direção será “célere”, podendo ocorrer na próxima semana, e para que a AHBVT possa “continuar a sua missão” de apoio à comunidade.

Gonçalo Pereira disse ainda à Lusa que os sócios “foram claros na sua decisão” e que a nova direção vai agora “inteirar-se do que se passa e ver o que fazer e como melhorar o trabalho e o dia a dia, em prol da associação e da população”.

Contactado pela Lusa, o candidato da Lista B, Nuno Cruz, que decidiu recandidatar-se depois de se ter demitido das funções que exerceu durante 10 meses, disse que concorreu por acreditar num “projeto de futuro”, e com um rumo de “crescimento” e “prosperidade da Associação e dos Bombeiros”, que, em 10 meses, deixou “evidências claras de evolução, de reposição de legalidade e de isenção”.

O candidato da lista B disse “respeitar” a decisão dos sócios pela lista A, a quem desejou “boa sorte em prol da corporação e da comunidade” torrejana.

A AHBVT, fundada há 92 anos e que conta atualmente com cerca de 100 bombeiros, viu em fevereiro a direção demitir-se em bloco alegando “conluio” contra o seu projeto de “reestruturação”, e um “clima de intimidação” que culminou na convocatória de uma Assembleia Geral de destituição.

“A Assembleia Geral extraordinária requerida por um grupo de sócios e convocada pelo presidente da Mesa para destituir a atual direção”, agendada para dia 17 de fevereiro, configura um “golpe de estado” e “é o culminar de uma situação de constantes e sistemáticas ameaças, difamação e injúrias, num ambiente aterrador que resulta da não renovação da comissão de serviço do atual comandante e de uma participação judicial que a atual direção fez por alegada fraude fiscal da anterior direção”, disse à Lusa, na ocasião, o então vice-presidente da direção da AHBVT, Gabriel Neves.

Certo é que a Assembleia Geral de dia 17 de fevereiro, que visava destituir a direção em exercício, ficou sem efeito, uma vez que a equipa liderada por Nuno Cruz antecipou-se à mesma e anunciou a demissão em bloco no dia 12 de fevereiro.

A “demissão em bloco” da direção da AHBVT, anunciada em conferência de imprensa, com “efeitos imediatos”, levou a que os seus elementos ficassem “em comissão de gestão” até à realização de novas eleições, que hoje decorreram, e à tomada de posse de uma nova direção, que deverá ocorrer nos próximos dias.

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