As comemorações do 50º aniversário da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Santarém (ESSS) irão decorrer no próximo dia 16 de Maio, no auditório Professora Maria de Lurdes Asseiro.

A abertura da sessão terá início com um momento musical, um solo de piano deMiguel Salgueiro, seguido da intervenção da directora da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Santarém, Hélia Dias, da intervenção da presidente da Associação de Estudantes, Inês Santos, do presidente da Assembleia da ESSS, Joaquim Simões, do presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, finalizando a primeira parte da sessão de abertura com a intervenção do presidente do Politécnico de Santarém, João Moutão.

O evento contará ainda com uma conferência, a cargo de Maria de Belém Roseira, Ministra da Saúde, de 1995 a 1999, um momento de homenagens e, finalmente, oreconhecimento público a docentes e não docentes pelo serviço prestado à Escola Superior de Saúde do Politécnico de Santarém. Para finalizar as comemorações, a Tuna da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Santarém, Arriba- Ó -Tunapikas, fará a sua actuação.

Criada em 1973 como Escola de Enfermagem, a Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) dá hoje resposta “a exigências permanentes”, adaptando-se a “novas situações e cenários”, contando actualmente com mais de meio milhar de estudantes de 1º e 2.º ciclo e taxas de empregabilidade na ordem dos 90 por cento.

“Vejo a ESSS como uma Escola comprometida com o desenvolvimento da região onde se insere e também com o País”. Quem o diz é Hélia Dias directora de uma escola que é uma referência em termos do ensino em Saúde no País.

“À ESSS reconhece-se trabalho, mérito e qualidade e assumimos uma estratégia formativa baseada na cooperação e investigação”, afirma a responsável, frisando que a diversificação de oferta formativa em enfermagem e a internacionalização são dois dos vectores em que a Escola está a apostar.

Com um ensino diferenciado, assente num modelo centrado na alternância teoria/ prática que promove um desenvolvimento gradual e cumulativo ao longo do curso, possibilita ao estudante o contacto desde o 1.º ano com o contexto dos cuidados de saúde.

Não menos importante é a realização de actividades extracurriculares em estreita colaboração com a Associação de Estudantes, o que promove competências de ordem pessoal e social preparatórias do desenvolvimento profissional futuro e uma cultura de proximidade na comunidade académica, o que reforça o sentimento de pertença de cada um.

A ESSS ministra a licenciatura em Enfermagem, pós-graduação e mestrado em Enfermagem Comunitária e Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia, mestrado em Gestão de Unidades de Saúde, para além de um Master Erasmus Mundus em Enfermagem de Emergência e Cuidados Críticos e, mais recentemente, um curso de Pós-graduação em Hospitalização Domiciliária, uma formação pioneira no país.

Ao longo dos seus 50 anos, a Escola Superior de Saúde de Santarém já diplomomais de 3000 estudantes, “que enriquecem o panorama da saúde regional, nacional e internacional”.

“A Escola conta com uma longa história como instituição de ensino superior, assumindo-se como responsável pelo desenvolvimento da actividade académica no âmbito da formação e aprendizagem ao longo da vida, ao serviço da sociedade e destinada à produção, transmissão e difusão do saber de natureza profissional.

Salienta-se a sua qualidade de ensino, investigação e desenvolvimento, a internacionalização e integração em redes de cooperação. É elemento activo no desenvolvimento da região e na melhoria contínua do nível científico da enfermagem e da saúde”, transmitiu ao nosso jornal.

A ESSS tem uma oferta formativa diversificada, que garante qualificação nos mercados mais competitivos, destacando-se a elevada taxa de empregabilidade dos profissionais formados por esta instituição de ensino superior.

“Destaca-se que a oferta formativa da ESSS está hoje na vanguarda da mobilização das tecnologias digitais, em alinhamento com os desafios que se colocam à preparação dos futuros profissionais de saúde, nos diferentes contextos das organizações prestadoras de cuidados”, realça.

Actualmente, e segundo a directora, a Escola projecta a sua oferta no sentido de poder romper com a monodisciplinaridade da licenciatura em Enfermagem, tendo já submetido ofertas de licenciatura em outras áreas formativas para além da enfermagem.

“Aproveitando o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) iniciámos este ano uma oferta formativa ao nível de pós-graduação, a primeira em Hospitalização Domiciliária em Parceria com o Hospital Distrital de Santarém, que tem neste momento 28 formandos de todo o país”, transmitiu a responsável.

A ESSS também iniciou um trabalho de contribuir para a aprendizagem ao longo da vida dos profissionais, quer de enfermagem quer de outras áreas formativas oferecendo as denominadas microcredenciais.

“O número de estudantes em Dezembro de 2022 era de 529 alunos. E com esta oferta de pós-graduação e microcredenciais, temos, à data de hoje, 607 alunos na escola”, declara Hélia Dias.

“É uma escola que se tem pautado pela proximidade, tem investido muito na áreada investigação. Temos desenvolvido projectos em diversas áreas, desde a promoção da saúde, e a literacia para a saúde em jovens. Projectos com parceiros nacionais e internacionais”, sublinha.

“A escola foi projectada para 250 alunos, e temos hoje mais de 600. Temos em fase de projecto o alargamento das instalações físicas que esperamos possa acontecer o mais depressa possível”, afirmou.

“Estas condições exigem o crescimento do espaço físico da Escola, pelo que se espera a criação de novos espaços e a reconfiguração de alguns existentes para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. A ESSS é uma escola consciente dos desafios actuais e que se projecta para um futuro exigente e sólido”, refere a responsável.

“A curto-prazo gostaríamos de ter acriação de um centro experimental e de transferência de conhecimento a ser feito em parceria com as entidades de saúde da região”, disse.

“O conhecimento não se encontra hoje circunscrito à dimensão Escola, sendo exigível a sua transferibilidade. Almeja-se por isso, a criação de condições para desenvolvimento de um Centro Experimental e de Transferência do Conhecimento, projecto que se perspectiva num prazo mais alargado”, assumiu.

Outro desafio assumido centra-se na necessidade de rejuvenescimento do corpo docente da Escola, pois a média de idades supera já os 57 anos. Um aspecto que é transversal aos docentes em enfermagem no ensino público de enfermagem e que é preocupante se não se intervir atempadamente.

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