Santarém volta a acolher, entre os dias 21 e 26 de Maio, a 18.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Santarém (FICS), este ano com um foco especial nos 50 anos da Reforma Agrária, reforçando o seu papel como plataforma cultural e social através do cinema.

Na conferência de imprensa realizada hoje, dia 10 de Março, na Casa do Brasil, em Santarém, Francisco Noras e Rita Correia, directores do festival, destacaram a evolução contínua do evento desde a sua reactivação em 2023. Francisco Noras sublinhou que o regresso do festival após uma pausa de 34 anos foi fruto de um “esforço conjunto entre o Cineclube, o Município e a União de Freguesias”, destacando o significativo aumento do número de espectadores nas edições subsequentes. Em 2023, o festival contou com mil espectadores, número que praticamente duplicou no ano seguinte, com sessões em Santarém, Alpiarça e Almeirim.

“Este ano é de crescimento”, afirmou Francisco Noras, apontando como marco histórico o apoio oficializado pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), que permitiu a participação do FICS no Festival Internacional de Cinema de Berlim, uma das maiores plataformas cinematográficas da Europa. “Esta presença internacional permitiu-nos projectar Santarém no panorama cinematográfico europeu e mundial”, acrescentou.

A 18.ª edição, que celebra os 50 anos da Reforma Agrária, apresenta uma programação diversificada e inovadora. Segundo Rita Correia, o festival inicia-se já no dia 15 de Março com um “warm-up”, exibindo o filme “História Simples” de David Lynch, recentemente remasterizado. “É uma road trip num tractor pela América, que homenageia simbolicamente o cinema ligado à ruralidade”, explicou a directora do FICS.

O destaque temático deste ano será mesmo a Reforma Agrária, comemorando os 50 anos do movimento que marcou profundamente a história do país, especialmente na região de Santarém. “Era impossível não abordarmos esta temática dada a sua importância histórica e proximidade temporal com os 50 anos do 25 de Abril”, reforçou Rita Correia. O festival conta com uma colaboração directa com a Cinemateca Portuguesa e a Ephemera, de José Pacheco Pereira, incluindo uma mesa redonda com curadoria da Comissão Nacional das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

Notícia desenvolvida na Edição impressa de 14 de Março

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