O Serviço de Patologia Clínica do Hospital de Santarém realizou mais de 30.000 testes de diagnóstico à covid-19 num ano, num investimento superior a 1,1 milhões de euros, prevendo iniciar em breve uma técnica mais rápida.

Em comunicado, o Hospital Distrital de Santarém (HDS) afirma que o seu Serviço de Patologia Clínica passou de uma média diária de realização de 96 testes, em Março de 2020, para os 300.

Citando a directora deste serviço, Isabel Padroso, a nota indica que está prevista, para breve, a utilização de mais uma técnica imunológica para pesquisa de antigénio (ensaio de imunoabsorção enzimática), automatizada, que permite ter o resultado validado 15 minutos após a recolha da amostra, com envio informático directo para a ficha do doente.

“Se for positivo, isso significa que o doente está infetado pela covid-19. Quando é negativo, deverá realizar-se o teste PCR”, afirma Isabel Padroso, salientando as vantagens económicas da técnica e também a diminuição do trabalho administrativo e do tempo de obtenção dos resultados.

Isabel Padroso integra, desde 1995, o Serviço de Patologia Clínica do HDS, liderando a área da Imunologia e Biologia Molecular, função que acumula desde Julho de 2020 com a da direção.

Referindo-se à chegada do novo coronavírus como um “tsunami”, a responsável recorda que, a exemplo do que acontece a nível nacional, também no HDS se sentiu, desde o início, a escassez de reagentes para o diagnóstico do SARS-CoV2 (Biologia Molecular) e de material consumível (como tubos, placas e pontas de pipetas automáticas) para a realização dos testes.

“Como a maioria dos profissionais precisava de formação para a execução das técnicas de PCR-RT clássica, necessárias para o diagnóstico da covid-19, a opção inicial foi começar por fazer testes rápidos (Biologia Molecular)”, afirma a nota.

Com a diminuição progressiva do número de testes rápidos vendidos ao hospital e a necessidade de responder às necessidades dos doentes, em Junho de 2020, foi novamente implementada a PCR clássica, tendo-se realizado, no total, cerca de 2.500 testes rápidos, refere.

O HDS, que realiza testes de Biologia Molecular clássica (PCR-RT) para o diagnóstico de carga viral dos HIV1 e HCV desde 1997, foi automatizando gradualmente este processo.

“Actualmente, para esses testes, a extração é totalmente automática e a amplificação e deteção também”, afirmou Isabel Padroso, salientando que à sua equipa se juntaram mais uma médica especialista, quatro técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT) e dois assistentes operacionais.

“Além dos doentes com covid-19 propriamente ditos, é preciso fazer testes de diagnóstico aos doentes da pré-quimioterapia, antes de exames, pré-operatórios, às grávidas e aos acompanhantes das crianças”, sublinha a diretora do serviço.

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