Marrocos é um país a que as empresas portuguesas devem estar atentas, no que diz respeito às oportunidades de exportação. Esta é a conclusão a que chega um estudo de mercado elaborado pela NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, ao abrigo do projecto Export Intelligence.
“As relações económicas e comerciais entre Marrocos e Portugal têm aumentado de forma constante, e tendem a intensificar-se em muitas outras áreas, devido ao equilíbrio entre a vontade das empresas portuguesas se expandirem para mercados internacionais e a dinâmica económica gerada pelos grandes projectos empreendidos em Marrocos”, começa por divulgar o estudo de mercado elaborado e publicado pela NERSANT, que elenca ainda as principais características socioeconómicos, fiscais e políticas do país, bem como as especificidades que as empresas devem cumprir para alavancar as suas vendas para este país.
O documento foca-se, de facto, nesta tendência de crescimento dos negócios entre os dois países: “no que se refere ao comércio de bens, Marrocos destaca-se enquanto destino das exportações portuguesas, porém, no que respeita às importações, a sua posição é bastante mais modesta. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o saldo da balança comercial é positivo para Portugal em 161 milhões de euros nos primeiros quatro meses de 2016. As exportações de bens portugueses para Marrocos subiram 14,7% nesse mesmo período, face a igual período do ano de 2015. Em 2015, Marrocos era o 11.º cliente de Portugal e o seu 36.º fornecedor. Por sua vez, em 2014, Lisboa era o 13.º cliente e fornecedor de Rabat. Segundo o INE, ao longo dos últimos anos registou-se um aumento considerável do número de empresas portuguesas envolvidas na exportação de bens para Marrocos. Em 2015 estiveram envolvidas 1239 empresas, mais 34 empresas comparativamente a 2014.”
Para além disso, o relatório dá ainda conta dos produtos mais exportados por Portugal para aquele país do norte de África, com destaque para “os combustíveis minerais, que representaram quase um terço (31,5%) do total em 2015, seguido de ferro fundido, ferro e aço (17,6%), das máquinas e aparelhos (7,5%) e dos plásticos e suas obras (4,7%).”
A caracterização completa do mercado de Marrocos, bem como os procedimentos para uma exportação bem-sucedida para aquele país, podem ser consultados no estudo de mercado completo, disponibilizado pela NERSANT em www.exportribatejo.com (área de documentação).
O referido estudo, também disponível para outros mercados, tais como Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Gana, México, Moçambique, Polónia e Turquia, integra o conjunto de actividades do projecto Export Intelligence – Promoção da internacionalização da Região, financiado pelo COMPETE 2020 no âmbito do SIAC, que tem por objectivo o levantamento dos principais procedimentos (e eventuais barreiras) de acesso a mercados, para facilitação do acesso das empresas da região, dando-lhes ferramentas de prévia análise e preparação antes de se abordarem esses novos mercados.