O fotógrafo tomarense José Ribeiro viu uma fotografia da sua autoria publicada na prestigiada revista National Geographic, edição de Fevereiro.

“É com humildade e alegria, que vejo uma primeira foto minha seleccionada, para uma das mais prestigiadas revistas nacionais e mundiais”, refere José Ribeiro, para quem a fotografia é o seu modo de “desenhar o mundo!”. Apresenta-se como “Amante da fotografia. Amante da natureza, no seu estado mais puro”. Diz que adora “caminhar pela natureza e pelas nossas aldeias rurais, clicando aqui, clicando acolá…”.

Em que altura da sua vida ‘nasceu’ para a fotografia?

Desde muito cedo, tive o fascínio pela fotografia e pela foto! Comecei por fazer fotos com uma máquina emprestada por um primo! A primeira máquina que tive foi uma Yashica, oferecida pela minha irmã aos meus 17 anos. Presentemente, tenho duas máquinas Canon e várias objectivas que permitem várias distâncias focais.

Como se sentiu ao ver pela primeira vez uma fotografia sua publicada na revista National Geographic?

Uma emoção e orgulho enormes!

Qual foi a sua reacção ao saber que a sua foto foi seleccionada para uma das revistas mais prestigiadas do mundo?

Quando li a mensagem a pedir a minha autorização para a publicação, a minha reacção foi de uma enorme alegria. Senti também uma grande satisfação interior ao ver o meu trabalho reconhecido!

Como é que a fotografia se tornou uma forma de “desenhar o mundo” para si?

Uma fotografia sem história é como um livro sem letras! Assim, da mesma forma que conhecemos o mundo e partilhamos acontecimentos e momentos através das palavras, para mim, sempre foi a imagem a ter essa importância. Aquele instante especial que fica registado porque o “clique”

foi no momento certo é sempre um momento único.

Além da natureza, existem outros temas ou assuntos que o inspiram no seu trabalho?

Adoro paisagem e fotografar modelos. Também aprecio fotografia de rua, ou seja, registar momentos da vida quotidiana!

O que espera que as pessoas sintam ou percebam ao verem as suas fotografias?

Na minha opinião, a fotografia, tal como a poesia, é subjectiva. Então, eu espero que as pessoas possam olhar para elas e tenham a sua própria visão. Eu posso ter uma interpretação da foto e dar-lhe uma intenção. No entanto, quem as vê pode ter outra visão daquilo que é mostrado de acordo com as suas vivências e gostos.

Quais são os seus próximos projectos ou áreas de interesse na fotografia?

O lançamento de um livro de natureza dividido em duas partes: uma de aves e outra de macros.

Um título para o livro da sua vida?

“O Poeta da Fotografia”

Viagem?

Várias ou sonhos para concretizar! Islândia, Noruega, Holanda, Índia, Vietname … Concretizadas escolhia duas que adorei: Açores e Paraná, no Brasil.

Música?

Gosto de todo o género de música, mas os anos 70/80 ficaram marcados.

Quais os seus hobbies preferidos?

Ler, fazer caminhadas na natureza, de

preferência com uma máquina fotográfica, e ver séries.

Se pudesse alterar um facto da história qual escolheria?

Que as guerras nunca tivessem começado!

Se um dia tivesse de entrar num filme que género preferiria?

Acho que preferiria os filmes de acção. Contudo, preferia entrar em documentários de vida animal, como narrador no terreno, mas também como fotógrafo!

Analógico ou digital?

Digital. Foi um potencial enorme que veio revolucionar e facilitar o trabalho aos profissionais da fotografia.

O que mais aprecia nas pessoas?

Humildade e sinceridade. Aprecio também pessoas bem-humoradas e sorridentes!

O que mais detesta nelas?

Hipocrisia e egoísmo.

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