No ano em que assinala 52 anos de actividade, a Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) atravessa um período de crescimento sustentado, com novos projectos, uma forte aposta na inovação pedagógica e um reforço da ligação à comunidade académica e regional. Integrada no Instituto Politécnico de Santarém, a ESSS é hoje reconhecida pela excelência na formação de profissionais de saúde, com particular destaque para a Enfermagem, área que permanece no centro da sua identidade.

A directora da Escola, Prof.ª Hélia Dias, recebeu o Correio do Ribatejo para uma entrevista em profundidade, na qual traça o balanço destas mais de cinco décadas de história e partilha os desafios que se colocam ao futuro da instituição. O arranque da licenciatura em Fisioterapia, o alargamento das instalações, a criação de um novo Laboratório de Ensino e Inovação Experimental em Saúde e a aposta na saúde digital são alguns dos temas abordados nesta conversa, onde também se destaca a importância da investigação, da internacionalização e do acompanhamento próximo dos estudantes.

Que balanço faz destes 52 anos de actividade da Escola Superior de Saúde de Santarém? Que momentos considera decisivos para a afirmação da ESSS no contexto regional e nacional?

São 52 anos muito interessantes do ponto de vista da evolução da Escola e da forma como hoje é reconhecida, não só a nível local e regional, mas também nacional e até internacional. A Escola tem-se afirmado pela qualidade da sua oferta formativa e pela inovação que introduz na concepção dos cursos, sobretudo na área da Enfermagem, que continua a ser o nosso eixo central.

Desde cedo apostámos numa articulação forte entre teoria e prática. Mais de 50% da formação decorre em contexto clínico, e procurámos, desde o início, que os estudantes tivessem contacto com os contextos de saúde logo no primeiro ano do curso. Esta abordagem distingue-nos de muitas outras instituições e tem sido determinante na diferenciação da nossa formação.

Nos últimos anos, reforçámos também a área dos mestrados – actualmente temos seis, cinco dos quais em Enfermagem e um em Gestão de Unidades de Saúde, em parceria com a Escola Superior de Gestão e Tecnologia do Instituto. Três destes mestrados são ministrados em associação com outras instituições, como o Politécnico de Viseu, o Politécnico de Leiria e a Escola São Francisco das Misericórdias de Lisboa.

Paralelamente, temos dois Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TESP) – de Apoio Domiciliário e de Secretariado em Saúde – com boa procura. Estamos, neste momento, a preparar a deslocalização destes cursos TESP, para a região Oeste, mais concretamente para Mafra, numa estratégia de aproximação às realidades locais e regionais.

A aposta nas pós-graduações tem sido outro dos nossos focos. Temos actualmente cinco pós-graduações aprovadas, e destacamos a de Hospitalização Domiciliária, única no país, cuja procura tem sido muito elevada, via já na sua 3.ª edição. Tudo isto evidencia uma escola que não ficou parada no tempo, que soube evoluir com o meio que a rodeia e que continua a lançar-se em novos desafios. Orgulhamo-nos do caminho feito e do papel que temos vindo a desempenhar no ensino superior na área da saúde.

A formação em Enfermagem continua a ser o eixo central da ESSS. Como avalia a evolução desta área e de que forma a Escola tem acompanhado as mudanças no perfil do enfermeiro em Portugal?

A Enfermagem é, sem dúvida, a área ‘core’ da nossa Escola. Ainda que tenhamos vindo a diversificar a oferta formativa, a Enfermagem mantém-se como a base da nossa identidade e da nossa missão.

Hoje, o enfermeiro é, antes de mais, um profissional altamente qualificado. A formação em Enfermagem em Portugal é reconhecida internacionalmente pela sua excelência. Os nossos diplomados têm facilidade em trabalhar em qualquer parte do mundo. Aliás, a emigração de profissionais de Enfermagem tem sido uma consequência directa da qualidade da formação, embora represente também um desafio para o país.

A ESSS tem acompanhado esta evolução através de uma constante adaptação dos seus programas curriculares e da forma como prepara os estudantes para realidades cada vez mais complexas. A criação das Unidades Locais de Saúde, por exemplo, exige do enfermeiro uma actuação transversal e de continuidade de cuidados, desde os cuidados em contexto comunitário aos cuidados hospitalares. Isso implica um perfil mais flexível, mais atento às necessidades das populações e mais preparado para trabalhar em equipas alargadas e em rede.

Temos uma população envelhecida, com uma elevada prevalência de doenças crónicas. É nestas realidades que se torna ainda mais relevante a aposta na promoção da saúde e na prevenção da doença. Esta filosofia está na base do nosso plano formativo e continua a guiar o nosso trabalho: formar profissionais que saibam actuar nos cuidados de saúde primários como um primeiro e fundamental nível de intervenção.

Outro aspecto que temos observado é a transformação do perfil do estudante. O pós-pandemia acentuou mudanças já em curso. Notamos um maior número de situações em que se verifica isolamento social, uma maior introspecção, que exige de nós mais atenção e mais trabalho ao nível do acompanhamento. Ao mesmo tempo, os cuidados de saúde tornaram-se tecnologicamente mais exigentes, e há o risco de que a tecnologia se sobreponha à relação com a pessoa.

Na nossa Escola, continuamos a defender que a pessoa é o centro dos cuidados. Essa é a filosofia que nos orienta: usar a tecnologia como meio, sem nunca esquecer quem está à nossa frente. E essa é a marca da nossa formação em Enfermagem.

A ESSS tem apostado na diversificação da sua oferta formativa. Que novos cursos têm vindo a ser desenvolvidos e como se articula essa expansão com as necessidades da região?

Nos últimos anos, temos procurado alargar a nossa oferta formativa de forma estratégica e sustentada. Os nossos Cursos Técnicos Superiores Profissionais têm tido uma procura crescente, o que nos levou a pensar numa nova etapa: deslocalizar estes cursos, a opção pela região Oeste, concretamente para Mafra, foi uma oportunidade que estamos a aproveitar.

Neste momento, estamos a trabalhar para que ambos os cursos possam funcionar, em simultâneo, em Santarém e em Mafra. Trata-se de uma aposta clara na descentralização e na aproximação do ensino superior às realidades locais e regionais, reforçando a nossa ligação ao território.

Ao nível das pós-graduações, também temos procurado inovar. Actualmente, temos cinco pós-graduações aprovadas, uma delas, Prevenção e Controlo da Infecção com acreditação pela Ordem dos Enfermeiros e uma outra em Supervisão Clínica que está no processo de submissão à Ordem dos Enfermeiros. Destacamos a pós-graduação em Hospitalização Domiciliária, única no país, e cuja procura excede, todos os anos, o número de vagas disponíveis. Isto mostra que estamos atentos às tendências e às necessidades emergentes do sector da saúde.

Estas ofertas formativas foram pensadas para responder, de forma eficaz, às exigências dos profissionais e das instituições. Procuramos sempre ajustar os nossos cursos à realidade dos serviços de saúde e às transformações sociais, mantendo o foco na qualidade e na pertinência da formação.

A ESSS apresentou recentemente uma proposta para a criação da licenciatura em Fisioterapia. Em que ponto está esse processo e que importância tem este curso para a Escola e para a região?

A acreditação da licenciatura em Fisioterapia é, neste momento, uma das nossas grandes prioridades. Trata-se de um projecto desenvolvido em consórcio com o Politécnico de Viseu e o Politécnico de Viana do Castelo, envolvendo três escolas superiores de saúde que, até agora, permanecem monodisciplinares na sua oferta de licenciaturas.

É um processo que tem sido exigente. Recebemos já o primeiro relatório preliminar da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), ao qual apresentámos pronúncia, e realizaram-se duas reuniões com o Conselho de Administração da A3ES promovidas pelos presidentes das três instituições, precisamente para reforçar junto da Agência o compromisso conjunto para levar este curso avante. Estamos, agora, a aguardar a decisão final.

Contudo, o curso já não poderá arrancar no ano lectivo de 2025-2026, uma vez que a legislação exige que os cursos estejam aprovados até 31 de Janeiro para entrarem em funcionamento no ano seguinte. Assim, o arranque será apenas em 2026-2027, o que, por outro lado, nos dá tempo para preparar adequadamente todos os recursos.

Neste momento, não temos corpo docente em Fisioterapia, porque não oferecemos ainda essa licenciatura. Precisamos, por isso, de abrir concursos para docentes e de reforçar/adquirir equipamentos específicos para os laboratórios. Este período de preparação será fundamental para garantir qualidade desde o primeiro momento.

O curso funcionará em simultâneo nas três instituições, com 30 estudantes por ano em cada uma. O modelo pedagógico será inovador, com uma forte aposta na flexibilidade curricular, permitindo que os estudantes frequentem por exemplo, unidades curriculares de opção de outras escolas do Politécnico. Haverá também espaço para o ensino em inglês e experiências obrigatórias de mobilidade internacional, seja presencial ou virtual.

Estamos confiantes de que este será um curso diferenciador e muito relevante para o sistema de saúde nacional. Para nós, representa também um avanço significativo na diversificação da nossa oferta formativa.

A ESSS integra o novo polo RISE-Health do IPSantarém, que se associa a uma das maiores unidades de investigação do país. Que impacto espera dessa ligação e quais são as linhas estratégicas definidas para a Escola nesta área?

A criação do polo RISE-Health no IPSantarém é um dos grandes objectivos estratégicos da ESSS para esta fase. Este polo integra a maior unidade de investigação em Portugal na área da saúde – e não apenas pela dimensão, mas sobretudo pela qualidade e multidisciplinaridade das equipas envolvidas. Foi recentemente avaliado pela FCT com a classificação de ‘Muito Bom’, o que reforça ainda mais a nossa confiança nesta aposta.

Quando apresentámos a proposta para este Pólo, já contávamos com 23 investigadores – entre membros integrados e colaboradores – e continuamos a receber manifestações de interesse de novos colegas que desejam associar-se. As nossas principais áreas de investigação estão alinhadas com duas linhas que consideramos prioritárias: literacia em saúde e interculturalidade em saúde.

Na literacia em saúde, já integramos a Rede Académica de Literacia em Saúde (RALS) e, neste momento, fazemos parte da sua Comissão Executiva. No que respeita à interculturalidade, queremos desenvolver investigação centrada na diversidade cultural dentro da nossa própria sociedade e nos fenómenos migratórios, com especial foco na prestação de cuidados em contextos multiculturais.

Estas linhas de investigação não surgem desligadas da realidade pedagógica. Pelo contrário: acreditamos numa integração efectiva entre ensino e investigação. Os cursos alimentam-se da produção científica, e a produção científica deve responder aos desafios do ensino e dos contextos de saúde e sociais. Já temos experiências em curso com a participação activa dos estudantes em projectos, como aconteceu recentemente com o Projeto EdSeX “Educando em Sexualidade: Avanço para a Saúde Europeia”.

Além disso, vamos, pela primeira vez, ter um investigador de carreira na Escola, com um concurso aberto especificamente para a área das Ciências da Saúde. Este reforço é fundamental para estruturar de forma sólida e consistente a nossa actividade científica e para elevar ainda mais o nível da nossa formação.

A ampliação das instalações da ESSS está em curso. Que melhorias se esperam com este investimento e que impacto terá na qualidade da formação?

Quando nos instalámos nas actuais instalações, a Escola foi pensada para acolher entre 250 a 300 estudantes. Hoje, ultrapassámos os 550 e, com a nossa oferta formativa a crescer, é evidente que o espaço se tornou insuficiente.

A ampliação em curso é, por isso, fundamental. O novo piso foi concebido com dois objectivos: aumentar o número de salas de aula e, sobretudo, criar um Laboratório de Ensino e Inovação Experimental em Saúde, um espaço altamente tecnológico e funcional, dedicado a práticas simuladas em ambiente controlado.

Cerca de 75% da nova área será destinada a laboratórios, desde o espaço dedicado ao Laboratório de Informática até Laboratórios que se aproximem o máximo possível à realidade física dos contextos de saúde e com equipamentos de desde a baixa à alta fidelidade. Queremos proporcionar aos estudantes um ambiente de aprendizagem que simule, de forma realista, os contextos onde irão trabalhar – desde um espaço de administrativo, a um gabinete de enfermagem e quartos de internamento até a unidades mais diferenciadas, como os cuidados intensivos ou um bloco operatório.

Esta Laboratório foi concebido a partir de um estudo aprofundado em centros de referência, nacionais e internacionais, e contamos com o apoio de uma equipa consultora especializada. A sua concepção está alinhada com as necessidades da nossa formação e também com a futura licenciatura em Fisioterapia, para a qual estamos a criar condições específicas e outras que se venham a criar.

As obras estão a ser financiadas por fundos do PRR e têm um prazo de execução de 10 meses. Esperamos que estejam concluídas até Julho de 2025, embora a operacionalização total do espaço – com instalação de equipamentos e entrada em funcionamento – deva acontecer ao longo do ano lectivo 2025-2026.

Este investimento permitirá aos estudantes aprender em ambiente controlado, onde o erro pode ser discutido e corrigido sem risco, promovendo uma aprendizagem prática segura e de excelência. É um passo determinante para o futuro da ESSS e para a qualidade dos profissionais que formamos.

A ESSS tem como lema ser uma escola onde cada estudante tem um nome. Como se traduz esta filosofia no dia-a-dia académico e na relação com os alunos?

Temos muito orgulho em ser uma escola onde todos se conhecem pelo nome. Esta proximidade tem sido uma das nossas marcas distintivas ao longo dos 52 anos de existência da ESSS. Acreditamos que a relação entre docentes, estudantes e restante comunidade académica é um factor determinante para o sucesso escolar e para a formação humana de cada aluno.

Nos cursos mais pequenos, como os mestrados ou os TESP, esta proximidade é natural. Os grupos são reduzidos – no máximo 20 estudantes – e isso permite ao coordenador de curso conhecer bem cada estudante, o seu percurso, as suas dificuldades e os seus objectivos.

No curso de licenciatura, em que temos cerca de 400 alunos, o desafio é maior, mas temos uma estrutura bem definida para garantir esse acompanhamento. Existe um coordenador de curso eleito pelo Conselho Técnico-Científico, como prevê a legislação, e a cada ano curricular está associado um coordenador de ano, que acompanha os estudantes desde o primeiro até ao último ano do curso.

Esta figura de referência permite uma relação de continuidade, facilitando a identificação precoce de dificuldades e o apoio adequado. É um modelo que funciona bem e que tem contribuído para manter a taxa de abandono em níveis baixos. Ainda assim, começámos recentemente a observar um ligeiro aumento, o que nos leva a reforçar a atenção e a trabalhar em articulação com o grupo de acompanhamento do sucesso e abandono escolar do Instituto.

Hoje, um dos principais factores de abandono que identificamos é o da habitação. A escassez de alojamento acessível tem levado alguns estudantes a interromper os estudos. Sempre que tal acontece, procuramos, dentro do que cada estudante está disposto a partilhar, perceber a razão do abandono e, se possível, encontrar soluções. Nunca deixamos ninguém sair sem ser ouvido.

Além das estratégias formais, promovemos momentos informais de convivência e integração, como eventos científicos e actividades extracurriculares. Um exemplo recente foi o envolvimento de mais de 50 estudantes na organização do X Congresso Luso-Espanhol de Estudantes de Enfermagem que contou com mais de 300 participantes. Estes momentos são essenciais para reforçar o sentimento de pertença e para mostrar que o estudante está no centro da nossa missão.

Relevamos todo o trabalho de proximidade com a Associação de Estudantes e os seus Núcleos.

A ESSS tem participado activamente em projectos de cooperação internacional. Que iniciativas destaca e que impacto têm tido na Escola?

A internacionalização tem sido uma aposta clara da ESSS nos últimos anos. Participámos em vários projectos europeus no âmbito do programa Erasmus+, nomeadamente em acções de parceria estratégica (KA2). Um dos projectos que concluímos recentemente envolveu parceiros de Itália, Espanha, Portugal e dos Estados Unidos da América – mais concretamente, da Universidade de Seattle, enquanto entidade convidada. Este projecto encerrou em Junho passado e, de imediato, submetemos a sua continuidade, agora com a ESSS como entidade promotora. Estamos a aguardar a resposta da Agência Europeia.

Temos também em curso um projecto internacional integrado na tipologia ‘capacity building’ denominado HUPEDCARE, centrado na humanização dos cuidados pediátricos no contexto da dor, desde a fase intra-uterina até à infância. Este projecto envolve 15 instituições do mundo inteiro – europeias, africanas e da América do Sul – entre instituições de ensino superior e de saúde. É uma experiência altamente desafiante e enriquecedora, que reforça a nossa capacidade de trabalhar em rede e em contextos multiculturais diversos.

Outro eixo estratégico tem sido a cooperação com os PALOP. Destacamos particularmente a parceria com a Universidade de São Tomé e Príncipe, com quem desenvolvemos um plano de estudos para o curso de complemento em enfermagem, que possibilita a aquisição do grau de licenciado, aos enfermeiros que ainda não tinham obtido. Estamos actualmente a aguardar a assinatura de um protocolo específico que permitirá aos nossos docentes colaborarem directamente com aquela universidade, na modalidade presencial e a distância. 

A participação nestes projectos tem um impacto muito relevante na nossa Escola: promove o crescimento institucional, abre horizontes aos docentes e estudantes, e reforça o nosso posicionamento como escola atenta às dinâmicas globais da saúde. É também uma forma de devolver à comunidade aquilo que recebemos em termos de conhecimento e cooperação.

Quais são os grandes desafios para os próximos anos? Que papel ambiciona que a ESSS desempenhe no contexto do ensino superior em saúde a nível nacional?

O futuro da ESSS constrói-se em várias frentes. Desde logo, queremos consolidar a nossa oferta formativa, dar corpo à licenciatura em Fisioterapia e continuar a investir na inovação pedagógica, sobretudo através da utilização plena dos novos espaços laboratoriais. Já estamos a experimentar modelos de ensino b-learning nas pós-graduações, com resultados muito positivos, e temos incentivado a formação dos docentes para acompanhar esta transição.

Na área da investigação, queremos afirmar-nos como uma escola com produção científica relevante, com projectos alinhados com as nossas linhas estratégicas e com verdadeira ligação à comunidade. Temos, neste momento, projectos de consultoria em curso com autarquias, no âmbito da construção de estratégias municipais de saúde, o que reforça o nosso papel na prestação de serviços especializados à comunidade.

A internacionalização continuará a ser uma prioridade. Além dos projectos em curso, o trabalho com os PALOP, nomeadamente com São Tomé e Príncipe, é um desígnio que queremos continuar a aprofundar. 

Mas há um desafio transversal a tudo isto: as pessoas. A Escola está a viver uma fase de rejuvenescimento do corpo docente e não docente. Temos acolhido novos profissionais, muitos deles com elevada qualificação, e isso obriga-nos a repensar a identidade institucional, a integrar estas pessoas na nossa filosofia sem perder o que temos construído ao longo de décadas.

Valorizamos também os pequenos gestos que criam um bom ambiente de trabalho. Há mais de seis meses que instituímos o Café às Quartas: um momento semanal informal, com café e um bolo, onde docentes e funcionários partilham um espaço informal. São dinâmicas simples, mas que reforçam o espírito de equipa.

Por fim, a transição digital na saúde é uma realidade que não podemos ignorar. A Escola já está a preparar-se para esta nova etapa. Temos estabelecido contactos com instituições de saúde da região e estamos a planear uma nova oferta formativa dedicada à saúde digital. Queremos posicionar-nos na linha da frente, tanto no plano nacional como internacional, para formar profissionais preparados para os desafios tecnológicos e humanos do século XXI.

Filipe Miguel Mendes

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