A empresa municipal Águas de Santarém assinou ontem a “Declaração de Compromisso para Adaptação e Mitigação das Alterações Climáticas nos Serviços de Águas”, respondendo, assim, ao desafio lançado pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA).
Este documento, em linha com instrumentos europeus já implementados em Portugal, como o Acordo de Paris, o Pacto Ecológico Europeu e a Nova Estratégia da União Europeia para as Alterações Climáticas, onde se inclui a nova Lei Europeia do Clima; visa o compromisso e o envolvimento dos diferentes actores públicos e privados do sector para mitigarem as alterações climáticas e para a implementação de medidas que ajudem a poupar e a preservar este bem essencial – a água.
Por iniciativa da Comissão Especializada de Adaptação às Alterações Climáticas, criada pela APDA em 2017, foi endereçado um convite a todos os Municípios e Entidades Gestoras, a nível nacional, num total de cerca de 450 entidades; para, em conjunto, e a uma só voz, assumirem o compromisso de apoiar, propor e operacionalizar estratégias e medidas para o combate à emergência climática, este que é um tema da maior importância para toda a população, em geral, e para as gerações vindouras, em particular.
Foi no Centro de Interpretação do Cais da Vala, em Salvaterra de Magos, que o Vogal do Conselho de Administração, Diogo Gomes, procedeu à assinatura do referido documento, naquela que foi a terceira sessão publica para o efeito, estando previstas realizar outras seis sessões em diversas cidades do país.
Foram 17 as entidades gestoras signatárias (Distritos de Santarém, Leiria, Lisboa e Portalegre) que se associaram a esta iniciativa, ao assinarem o compromisso em prol, entre outras medidas, das relacionadas com a economia circular e a melhoria da eficiência hídrica e energética, numa cerimónia presidida por Rui Godinho, Presidente do Conselho Directivo da APDA.
Com o propósito de que o documento seja assinado pelo maior número de entidades possível, a APDA conta, após três sessões públicas realizadas, com 43 entidades que já formalizaram a assinatura deste compromisso, por um sector mais eficiente e mais bem preparado para fazer face aos desafios, presentes e vindouros, em matéria de alterações climáticas.
Recorde-se que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou, em 2010, os serviços de abastecimento de água e saneamento como um direito humano, incluindo-o como o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável número 6 – ODS 6 –, na Agenda 2030. É, pois, da maior importância que se unam todos os esforços no cumprimento deste direito humano à água e saneamento para as gerações futuras, a quem, as alterações climáticas, impactarão de forma considerável.