A inauguração das obras da Igreja Matriz de Alcanede teve lugar este domingo, 4 de Fevereiro, pelas 11h30, numa cerimónia que encheu completamente o espaço e que mostrou o envolvimento da população da Freguesia, na reabilitação deste importante monumento e espaço de reunião religiosa.
A Festa começou na Capela da Misericórdia, com a concentração da População e de diversas entidades que rumaram em procissão, pelas 11h30, com as imagens do Santíssimo e de Nossa Senhora da Purificação, padroeira da Paróquia e da Vila de Alcanede, até Igreja Matriz para a Missa de Abertura, que teve início às 12 horas. O dia que marcou o regresso da imagem de Nossa Senhora da Purificação à Casa Mãe.
Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Santarém, começou por dizer que o dia da reabertura da Igreja Matriz de Alcanede “é um dia de grandes emoções”. O Presidente da autarquia escalabitana, aproveitou o momento para agradecer a todos os envolvidos na concretização “deste sonho”, referindo-se à comissão fabriqueira, empresários, comunidade e a todas os quanto apoiaram esta intervenção de requalificação.
Manuel Joaquim Vieira afirmou que “devemos estar muito contentes por este dia e pelas obras estarem concluídas. Agradeço a todos os que contribuíram para as obras da Igreja Matriz”, falando também dos eventos gastronómicos que deram a conhecer as tradições da Freguesia e permitiram recolher verbas para apoiar os trabalhos de reabilitação da Igreja Matriz. Eventos que considera terem sido excelentes momentos de convívio na Freguesia. O Presidente da Junta de Alcanede garante que “visto que ainda falta algum dinheiro, a Junta com certeza que irá contribuir com mais uma pequena parte para conseguir saldar o que falta”.
Délio Piedade, da Comissão Fabriqueira, começou por agradecer a “participação e contributo de todos que tornaram possível a descoberta, recuperação e defesa do nosso património: empresas, baldios, pessoas anónimas, Câmara Municipal de Santarém, Junta de Freguesia de Alcanede e, principalmente, de toda a nossa Comunidade. Desde o telhado até às fundações, quer interior quer exterior. Estes quase quatro anos em que a nossa Matriz esteve fechada, conseguimos fazer muito do previsto, no entanto os imprevistos foram muitos, mas isso traduziu-se em aumentar a nossa riqueza cultural e patrimonial”, afirmou de forma emocionada.
Délio Piedade adiantou que “o valor de todas as comunidades foi sendo divulgado regularmente, mas de Alcanede ainda não, porque foram fazendo eventos sucessivos. Alcanede angariou 32,685 mil euros. Em relação às receitas, o valor angariado foi de 374 mil euros: Entidades, Empresas, Autarquias, toda a População e empresas que preferem manter anonimato, totalizou 374 mil euros”, adiantou. No que respeita às despesas, “o valor aproximado é de cerca de 395 mil euros. Ou seja, como podem verificar, este projeto achamos que correu extremamente bem, mas ainda temos uma necessidade de mais ou menos 21 mil euros, para podermos colmatar todas despesas, daquilo que a Comissão considera ser a primeira parte do projeto de requalificação, que passava por consolidar a estrutura da Igreja”, esclareceu. “Se voltarmos a sentir apoio da nossa comunidade e entidades, iremos prosseguir com uma segunda parte do projeto, nomeadamente o nosso espaço museológico, com todas as relíquias encontradas, e a demonstração dos passos do processo de recuperação. Temos também como objetivo, a criação de um livro com a história, as fotografias, as descobertas e a demonstração da nossa identidade cultural”, deixou o apelo.
De referir que, a Freguesia de Alcanede esteve representada pela “comunidade cristã de Alqueidão do Mato, Vale da Trave, Murteira, Barreirinhas, Pé da Pedreira, Valverde, Mosteiros, Xartinho, Mata do Rei, Alqueidão do Rei, Viegas, Vale do Carro, Várzea, Aldeia da Ribeira, Casais da Charneca, Prado, Espinheira, Aldeia de Além, Alcanede, bem como a Irmandade Juvenil e Sénior, Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Alcanede, Padres e Acólitos, Povo, Rancho Folclórico das Viegas, Bombeiros Voluntários de Alcanede e respetiva Fanfarra da corporação que fez a sua estreia pública oficial , elementos das Bandas Filarmónicas de Alcanede e do Xartinho, Agrupamento 1703 Gançaria – Corpo Nacional de Escutas”.
As comemorações seguiram com um almoço partilhado no quartel dos Bombeiros Voluntários de Alcanede, num convivo fraterno entre a Comunidade envolvida na requalificação da Igreja Matriz de Alcanede.