Lázaro, natural de Santarém, é músico, compositor, escritor e produtor, faz música desde os 14 anos e começou a lançar os seus primeiros originais com 17 anos, desde lá até agora tem viajado pelo mundo musical tentando descobrir o seu espaço e sonoridade no panorama musical português. Lançou recentemente o seu mais recente single “Saltei Fora”, que já se encontra disponível em diversas plataformas digitais. O artista, com 23 anos, vê os seus sonhos cada vez mais próximos da realidade e considera que isso se deve a todo o trabalho, dedicação e persistência que mantém ao longo da vida.
Como é que a música surge na sua vida?
Surge muito cedo, desde que me lembro que canto e tenho interesse na área musical, aos 10 anos comecei a tocar guitarra (autodidacta) com o objectivo de acompanhar a voz, mas só por volta dos 14 é que começo a ter interesse em me expressar com músicas originais.
Herdou o gosto pela música de algum familiar?
Tenho vários familiares que tocam, mas destaco um que já não está entre nós. O meu avô, trompetista e maestro, destacando os 45 anos ao serviço da banda de Tavira. Mas sinceramente nenhum desses familiares, nem o meu avô me deram o “bichinho” da música, foi muito natural como se algo me entregasse uma missão e dissesse “tu vais fazer isto”, por isso é que acredito que viver da música vai ser uma realidade.
Qual foi a sensação de pisar um palco pela primeira vez?
Lembro-me do primeiro palco a sério que pisei. Devia ter os meus 16 anos e foi no Largo do Seminário, em Santarém, num tributo aos Pink Floyd dirigido pelo pianista João Madeira, o meu pianista actualmente, foi impactante ver tanta gente.
Tem algum ritual antes dos concertos?
Benzo-me e peço que corra tudo bem.
O que pretende transmitir com a sua música?
As minhas músicas são viagens pelo amor, pela luta interior e exterior do ser humano e pelo acreditar dos sonhos de alguém que almeja algo mais. Tento que as pessoas se conectem comigo, sintam o que estava a sentir naquele momento e que abram a mente a novas formas de ver a vida.
Em que é que se inspira para produzir as suas músicas?
Inspiro-me no que vivo simplesmente.
Quais são as suas grandes referências musicais?
Neste momento ProfJam, Frank Ocean, Maro, Don Toliver…
Participou no programa The Voice Portugal em 2020. Como foi essa experiência?
Pensava que não era algo para mim, mas com a pandemia fiquei sem concertos e achei uma oportunidade boa de agarrar. Abriu-me algumas portas, mas não aconselho (como prioridade) para quem quer construir uma carreira musical. Aconselho trabalho, dedicação e persistência antes de qualquer coisa.
Qual é o sentimento de ouvir passar a sua música pela primeira vez na rádio?
É um sentimento de realização imenso, porque era algo que queria há bastante tempo e com todo o trabalho que realizei nestes últimos anos acabou por acontecer. É só uma consequência de bom trabalho.
Com quem gostaria um dia de partilhar o palco?
Talvez o Post Malone por toda a energia que entrega em cima de palco, é essa a energia que quero entregar ao meu público também.
Com que artistas ambiciona colaborar no futuro?
Em Portugal Profjam e a nível internacional Frank Ocean.
Que objectivos tem para o futuro?
Viver uma vida boa, conseguir viver da música, ter tours nacionais, encher os coliseus e mais tarde a Altice Arena.
Que conselhos dá a quem quer seguir os seus passos?
Trabalho, dedicação, persistência e paciência é algo que pouca gente tem… Encaro a indústria como uma fila que demora a andar, mas que as pessoas saem por não terem paciência para esperar. Se estás com um bom produto mais tarde ou mais cedo chega a tua vez. Algo que acho super importante é a nossa roda, o velho ditado de “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, rodear-nos de pessoas com fome de vencer e realmente sinceras é muito importante.
Onde é que o público pode acompanhar o seu trabalho?
Nas minhas redes sociais. Instagram, Tiktok e Twitter com o nome de utilizador @eusouolazaro.