O presidente da Câmara de Sardoal, no distrito de Santarém, criticou na terça-feira (dia 5) a decisão da Caixa Geral de Depósitos de reduzir o horário de atendimento, lembrando que se trata de um “serviço público essencial”.

“Esta medida não se coaduna com o que procuramos para o nosso concelho e para a valorização do interior. Vai gerar mais constrangimentos a um território de baixa densidade populacional e com uma população envelhecida”, disse à Lusa Miguel Borges, que deu conta das “preocupações e anseios” com “uma constante e continuada perda de serviços de proximidade” da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no concelho.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da CGD disse que a agência do Sardoal “está adaptada às necessidades dos seus clientes”, sublinhando que “a tesouraria está disponível quatro horas por dia”, horário que afirmou ser “suficiente para a prestação de um serviço de qualidade às famílias e empresas desta região”.

Em Sardoal, o balcão da CGD passa a encerrar às 12h30 e não às 15h00, tendo a Câmara Municipal de Sardoal emitido um comunicado de protesto após uma reunião com a administração da entidade bancária, e do qual deu conta aos jornalistas, à Associação Nacional de Municípios Portugueses e à ministra da Coesão Territorial. 

“Ao ter conhecimento, através da gerência, da alteração do horário de funcionamento do balcão da Caixa Geral de Depósitos de Sardoal e estando ciente dos constrangimentos que a mesma irá causar aos munícipes deste concelho, o presidente da Câmara, Miguel Borges, transmitiu à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, as preocupações e anseios do município, considerando esta constante e continuada perda de serviços de proximidade”, pode ler-se na missiva, tendo Miguel Borges lembrado que, recentemente, a tipologia da CGD tinha sido alterada.

“(…) Há pouco mais de um ano houve alteração na tipologia da agência de Sardoal, que passou a ser balcão, com perda de valências e um limite de depósito e levantamento ao balcão de 700 euros, e, passado pouco tempo, volta a haver alterações, e em nada condizentes com o que procuramos para o nosso concelho e para a valorização do interior”, afirmou à Lusa.

O autarca social-democrata reiterou uma “continuidade de redução da resposta e do serviço de qualidade que a CGD presta no território”, tendo lembrado que “a importância e a responsabilidade social da CGD enquanto banco público vai muito para além dos lucros e dos resultados financeiros”.

Nesse sentido, vincou, “não basta falar na valorização do interior para depois se adotarem medidas destas”, apontando “responsabilidade” do governo e das instituições.

“E não quero pensar que a perda de uma resposta pública de qualidade seja uma estratégia que leve os clientes a procurarem outras alternativas, nomeadamente privadas, e que a entidade CGD venha no futuro a encerrar definitivamente”, concluiu.

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