Os Bancos Alimentares Contra a Fome promovem este fim-de-semana mais uma Campanha de recolha de alimentos a nível nacional. Sob o mote “Para mais de 380 mil portugueses, o melhor presente é a sua ajuda”, com presença em mais de 2.000 lojas de todo o pais, num apelo à solidariedade e ao envolvimento de todos os portugueses para que ajudem quem se encontra em situação de carência alimentar.
Durante todo o fim-de-semana, mais de 40.000 voluntários vão oferecer o seu tempo e esforço na ação de recolha que beneficia 380 mil pessoas através de 2.400 instituições de solidariedade. Os Bancos Alimentares contam ainda com o apoio de várias empresas e entidades, que se associam à causa, disponibilizando equipamentos e serviços tais como transportes, publicidade, comunicação, seguros, segurança e alimentação.
Em 2023 foram recolhidos quase 26 milhões de quilos de comida, número que, embora elevado, não é suficiente para ajudar todos os que precisam. O Banco Alimentar reforça que uma pequena contribuição, como um pacote de leite, massa, arroz, azeite ou um enlatado como o feijão, o atum ou as salsichas, faz toda a diferença para a instituição e para o quase meio milhão de portugueses que esta ajuda.
Para além da campanha de recolha de alimentos com voluntários, decorre também a campanha Ajuda Vale em supermercados e no site www.alimentestaideia.pt, que permite a qualquer pessoa apoiar esta causa a partir de casa ou mesmo estando fora do país.
Uma campanha de âmbito nacional com recolha e distribuição local
A mecânica de participação na campanha desta rede social real é simples: durante o fim de semana de 30 de novembro e 1 de dezembro, basta aceitar o convite de um dos mais de 40.000 voluntários e um saco do Banco Alimentar, distribuídos em mais de duas mil lojas, e colocar nele bens alimentares não perecíveis (leite, conservas, azeite, açúcar, farinha, massas, etc.), partilhando-os, assim, com quem mais precisa.
“Os produtos doados serão encaminhados para os armazéns dos 21 Bancos Alimentares em atividade, onde serão pesados, separados e acondicionados. No final, e ainda com recurso ao voluntariado, o resultado é distribuído localmente a pessoas com carências alimentares, por intermédio das Instituições de Solidariedade Social, previamente selecionadas e acompanhadas na sua atividade diária. Este é um modelo de intervenção integrada, que permite uma maior proximidade entre quem dá e quem recebe, no contexto de um trabalho conjunto para a inclusão social. Aqui se constitui uma rede social real, que permite lutar contra a pobreza, gerando autonomias e aliviando sofrimentos e carências”, reforça Isabel Jonet, Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
25.759 toneladas de alimentos distribuídos em 2023
No ano passado, os 21 Bancos Alimentares em atividade em Portugal distribuíram 24.262 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 39,4 milhões de euros), num movimento médio de 97 toneladas por dia útil. Prestando assistência a 2.400 instituições, os alimentos foram entregues a perto de 380 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas, de acordo com os dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.
O Banco Alimentar foi criado em Portugal em 1991 com a missão de lutar contra o desperdício e distribuir apoio a quem mais precisa de se alimentar, em parceria com instituições de solidariedade e com base no trabalho voluntário. Existem atualmente 21 Bancos Alimentares (nas zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira, Zona Oeste, Portalegre, Porto, S. Miguel, Santarém, Setúbal, Terceira, Viana do Castelo, Viseu). A Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares congrega a rede e representa os Bancos Alimentares a nível nacional e internacional.