A Câmara de Santarém informa que foi detectada a presença do insecto psila-africana-dos-citrinos (Trioza erytreae) no concelho. Trata-se de uma praga que pode afectar gravemente plantas designadas por citrinos e que pode, ainda, ser transmissora da doença “Citrus Greening”, que inutiliza os frutos para consumo e que acaba por provocar a morte das plantas afectadas.
“Foi confirmada a presença, ou proximidade, no concelho de Santarém, de Trioza erytreae Del Guercio, vulgo psila-africana-dos-citrinos, em várias freguesias do concelho de Santarém (freguesias infestadas: Póvoa da Isenta, Santarém (Marvila), Santa Iria da Ribeira de Santarém, Santarém (São Salvador) e Santarém (São Nicolau) e Vale de Santarém; e freguesias parcialmente abrangidas: Alcanede, Alcanhões, Almoster, Moçarria, Gançaria, Achete, Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém, Casével e Vaqueiros, Romeira e Várzea, São Vicente do Paul e Vale de Figueira)”, refere o município, em comunicado.
Nesse sentido, acrescenta a nota da autarquia, “a Autoridade Fitossanitária Nacional – Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), estabeleceu um conjunto de medidas de protecção fitossanitárias para evitar a dispersão da referida praga pelo território nacional, entre as quais uma ‘zona tampão’ e uma zona demarcada”.
“Todos os proprietários, usufrutuários, possuidores, detentores ou rendeiros de qualquer parcela de prédio rústico ou urbano, incluindo logradouros onde se encontrem plantas de laranjeira, limoeiro, tangerineira, limeira e toranjeira bem como, Fortunella, Poncirus e seus híbridos, Casimiroa, Clausena, Choisya, Murraya, Vepris e Zanthoxylum, afectados pela praga, ficam obrigados ao cumprimento de várias medidas de protecção fitossanitária”, alerta ainda a Câmara.
De entre as medidas, é recomendado proceder ao corte de todos os ramos com sintomas procedendo imediatamente à sua destruição no local por meio de enterramento ou fogo, devendo neste caso cumprir as determinações obrigatórias para a realização de queimadas; Realizar um tratamento fitossanitário utilizando para o efeito produtos fitofarmacêuticos com acção insecticida; Respeitar a proibição de movimentar qualquer vegetal ou parte de vegetal das espécies referidas – ramos, folhas, pedúnculos (excepto frutos e sementes) desse local.
A edilidade deixa ainda o seguinte apelo: “caso observe estas plantas com sintomas suspeitos de infestação por esta praga, comunique de imediato aos Serviços de Inspecção Fitossanitária da Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo: Tel.: 243 377 500”.