Autarquia e instituições com valência de Lar de Idosos, constituíram grupo de trabalho para criação de resposta integrada, em caso de eventual necessidade de evacuação, no âmbito da pandemia de COVID19. Elencar patologias que exijam equipamentos específicos e criar equipas de cuidadores que integrem técnicos das diversas instituições e que serão accionadas para apoio a zonas de quarentena, são objectivos do grupo de trabalho.
Com o objectivo de aprofundar o trabalho que a área de acção Social e Saúde, tem vindo a desenvolver no acompanhamento das Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) e residências de acolhimento, a Câmara Municipal do Cartaxo reuniu por videoconferência o executivo com pelouros, os técnicos municipais de acção social e protecção civil, os Bombeiros Municipais e os representantes e directores técnicos das instituições que no concelho acolhem idosos e utentes com necessidade de cuidados especiais e que constituem população de risco. A definição de processos de trabalho que permitam responder de modo rápido e coordenado a uma eventual necessidade de evacuar qualquer uma das instituições com valência de Lar de Idosos, e a criação de equipas de cuidadores, foram os temas principais da reunião de trabalho.
Às instituições, o presidente da Câmara Municipal explicou que a autarquia criou zonas de quarentena (Zonas de Concentração e Apoio à População), que estão instaladas no Cartaxo, na Escola Secundária e no Ateneu Artístico Cartaxense, em Pontével, na Escola Básica de 1.º Ciclo de Pontével, em Vila Chã de Ourique, no Pavilhão de Festas e na Associação Comunitária de Assistência Social de Vila Chã de Ourique (ACAS), na Lapa, na sede do Rancho Folclórico e na Ereira, na sede da Casa do Povo.
A zona de quarentena que a Câmara Municipal criou na ACAS, a única que foi definida pela segurança social para apoio de primeira linha, “tem apenas cinco camas. Desde o início, considerámos que esta zona será útil se for necessário colocar algumas pessoas em isolamento, mas não terá capacidade de resposta se for necessário evacuar um lar de idosos para desinfectar o espaço, por exemplo”.
Assim, “uma das primeiras zonas de quarentena que equipámos, a de Pontével, foi criada a pensar nos lares de idosos. Tem disponíveis 16 camas articuladas, espaço de cantina para preparação de refeições, as camas estão distribuídas pelo que eram as antigas salas de aula, o que permitirá isolar grupos de pessoas, de acordo com a sua patologia ou autonomia”, afirmou o autarca.
Nas zonas de quarentena já activadas – na Escola Secundária do Cartaxo e no pavilhão de Festas de Vila Chã de Ourique – “estão a cumprir isolamento 32 pessoas, que são apoiadas pelos nossos serviços e por uma rede de voluntários”, solução que a autarquia sabe que “não poderemos reproduzir em caso de necessidade de evacuação de um lar de idosos ou residência de acolhimento, porque sabemos que estes utentes precisam de cuidadores com formação técnica e experiência profissional adequadas”.
Todas as instituições presentes na reunião de trabalho consideraram a iniciativa da Câmara Municipal importante para a preparação de respostas adequadas e, apesar das dificuldades comuns de recursos humanos, todas se mostraram disponíveis para a criação de equipas partilhadas de cuidadores, a activar em caso de necessidade de evacuar os utentes de qualquer uma das instituições.
Durante a reunião, as instituições deram ainda nota das dificuldades sentidas na aquisição de equipamentos de protecção pessoal, quer para uso pelos utentes, quer pelos técnicos e trabalhadores – prazos de entrega muito longos, equipamentos com materiais de menor qualidade e preços muito elevados e fizeram o balanço da Covid19 nas suas instituições, tendo informado que não existem casos suspeitos ou confirmados em qualquer instituição. Como medida preventiva, os idosos que necessitam de cuidados em unidade hospitalar ou de saúde, são mantidos em espaço isolado durante o período recomendado de quarentena.