O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) confirmou ontem a ocorrência de erro clínico numa transfusão de sangue em Abrantes, mas assegurou não haver “nexo de causalidade entre o incidente e o óbito” de uma mulher de 81 anos.
Em comunicado, o presidente do Conselho de Administração do CHMT, Casimiro Francisco Ramos, refere que, “na sequência das conclusões de um inquérito” foi deliberado a “instauração de um processo disciplinar aos intervenientes identificados como responsáveis por um incidente detectado relativamente a uma unidade não universal de sangue disponível para transfusão de urgência”, no Serviço de Urgência Médico Cirúrgica, na unidade hospitalar de Abrantes.
O responsável realçou ainda que, do inquérito, que confirma o erro clínico, “não foi possível apurar, no entanto, um nexo de causalidade entre o referido incidente e o óbito da vítima”.
O caso remonta ao final de Agosto, quando uma mulher de 81 anos foi atacada por um bode, na freguesia do Pego, em Abrantes, e encaminhada para o hospital daquela cidade, onde viria a morrer.
No entanto, segundo afirmou na ocasião o Jornal de Notícias, que citou fonte hospitalar, a mulher “não terá morrido na sequência dos ferimentos causados pelo animal, mas sim devido à troca de sangue que lhe foi administrado no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT)”.
Em declarações à Lusa, naquele dia, o CHMT não confirmou a causa da morte por administração de sangue errado, tendo remetido as conclusões para o resultado do inquérito instaurado em 14 de Setembro e cujas conclusões foram hoje reveladas.
No comunicado, o CHMT “lamenta novamente o sucedido e apresenta sentidas condolências à família da vítima”.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo agrega os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, no distrito de Santarém.