O Círculo Cultural Scalabitano aprovou, no passado dia 18 de Dezembro, o seu Plano de Actividades e respectivo Orçamento para o exercício de 2020.

Numa assembleia geral conduzida pelo Dr. Botas Castanho, foi apresentado o projecto artístico e cultural do Círculo para o ano que agora se inicia e que tem como linhas de força a aposta no trabalho das suas Secções: Orquestra Típica Scalabitana, Coro e Veto Teatro Oficina; das suas Academias: de Dança e Expressão Corporal (Ballet), Música e Teatro e Expressão Plástica e dos seus Departamentos: Recreação Histórica, actividades de Ar Livre e Lazer, Artes Plásticas e Comunicação e Imagem, para além de um conjunto de preocupações com a salvaguarda do seu património, na qual se inclui a manutenção do edifício sede da associação, a biblioteca e registo do seu arquivo, não negligenciando a cultura de parceria que tem pautado o trabalho do Círculo e a implicação da sua localização no centro histórico da Cidade, bem como alguns projectos que têm vindo a ser desenvolvidos directamente pela Direção como o “Festival de Acordeão”, as “Temporadas” de programação cultural (Primavera e Outono), as “Tertúlias” e a sua “Gala Anual”.

No que diz respeito ao Coro do CCS, o destaque do ano, vai para três projectos: “Abril, mês do Coro”, que inclui o Encontro de Coros de 25 de abril, o conjunto de “Concertos Temáticos”, alguns deles celebrativos de datas como o Dia Mundial da Música e as “Permutas Culturais”, que têm permitido ao agrupamento musical apresentar-se um pouco por todo o país e no estrangeiro.

O Veto Teatro Oficina, depois do ano em que celebrou o seu quinquagésimo aniversário, tem na sua programação como destaque a reposição do espectáculo “Bernardo Santareno nos Túneis da Liberdade”, que integrará as comemorações do centenário do nascimento do grande dramaturgo scalabitano, e “Alice no País das Maravilhas”, isto para o público adulto. Para crianças, estão em preparação “O palhaço Soneca e o Mapa Mágico” e “O Pantufa, o Ernesto e a Sopa da Avó”, este último especialmente dedicado às crianças em contexto escolar.

Para a necessária preparação de actores, estão previstas três acções de formação: “Construção de Marionetas” e o “Trabalho sobre o Texto Teatral”, já no início do ano, e “Técnicas de Improvisação”, no segundo semestre. Em cena, disponíveis para itinerância, permanecem os espectáculos que já estavam em carteira.

Quanto à Orquestra Típica Scalabitana, o grande destaque vai para o “lançamento do seu novo CD”, com o qual pretende dar especial destaque à celebração do seu 74º aniversário. Para além deste desiderato, mantêm-se as linhas de força do trabalho dos últimos anos.

A ADEC – Academia de Dança e Expressão Cultural, sob orientação de Encarnação Noronha, Vítor Murta e Mafalda Murta, irá manter o seu trabalho normal e continuado, nomeadamente de formação artística, oferecendo simultaneamente à cidade os seguintes projetos: “A ADEC fora de portas”, projecto de formação de públicos, o “Atelier de Verão”, a “Festa do Ballet” e o novo projecto “A Dançar também se faz história”, projecto que tem por finalidade a construção de uma narrativa ligada à memória individual e colectiva da história da dança em Santarém associada ao CCS.

A Academia de Música, tem tido um crescimento assinalável, quer no que diz respeito ao número de praticantes, quer no que concerne ao seu crescimento como intérpretes. Visando praticantes a partir dos 6 anos, mas também adultos, tem direcção artística de João Correia e Guilherme Madeira.

A Academia de Teatro e Expressão Plástica, sob orientação de Fernanda Narciso, teve no passado ano o seu arranque e prevê-se agora que possa crescer e alargar a sua esfera de participação.

O Departamento de Atividades de Ar livre e Lazer, no próximo ano, manterá o ciclo de “Tertúlias” com cinco momentos previstos, sendo de destacar a primeira, já no início do ano, destinada a melhor conhecer o dramaturgo Bernardo Santareno, e manterá também o seu plano de “Percursos na Natureza” e o “Arraial Popular do CCS”.

No Departamento de Artes Plásticas, o destaque vai para o projecto da “Galeria de Arte do CCS”, que, com curadoria de Fernanda Narciso, está dedicada à apresentação de novos artistas de Santarém.

No final da assembleia, foi manifestado o desalento pelo corte do apoio financeiro municipal ao projecto artístico e cultural do Círculo, para menos de metade, o que causou bastantes constrangimentos e levou à não realização de número substantivo das acções previstas para o passado ano, nomeadamente as que tinham a ver com a celebração do meio século de actividade do Veto Teatro Oficina. Corte esse que nunca nos foi explicado, apesar do Círculo, por mais do que uma vez, ter solicitado essa explicação. Fica a incógnita que assim permanece até hoje.

Nuno Domingos

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