Os concelhos de Abrantes, Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Constância, Coruche, Mação, Salvaterra de Magos, Sardoal e Vila Nova da Barquinha estão abrangidos por medidas de restrição de movimentação para vida de gado bovino, ovino e caprino devido ao vírus da doença hemorrágica epizoótica, que está a afectar o território espanhol, segundo um comunicado emitido pela Direcção Geral de Alimentação e Veterinária.
As medidas são aplicadas ao território português na sequência de um surto da doença em Villa Nueva de Fresno, Badajoz. Os regulamentos da União Europeia determinam que as medidas devem ser implementadas num raio de 150 quilómetros do foco detectado.
“As medidas de controlo a implementar serão adaptadas em função da avaliação das medidas de vigilância e baseiam-se na delimitação de zonas livres e zonas afetadas e na implementação de condicionantes à movimentação animal das espécies sensíveis”, esclarece o comunicado da DGAV. A nível nacional a DGAV pede o reforço das medidas de higienização em instalações e veículos de transporte de gado. Nas áreas que se encontram no raio de um foco da doença ficam sujeitas apenas ao transporte dos animais em solo nacional, fora das horas de maior movimento e deve ser transportados em veículos desinsetizados antes da carga, necessitando de um documento comprovativo de lavagem, desintização e desinfeção emitido por um posto de desinfeção autorizado. Fica proibido o movimento para vida de gado bovino, ovino e caprino, para outros estados membros da UE. As movimentações para abate de animais não estão interditas.
Em explorações infetadas pela doença hemorrágica epizoótica fica interdita a movimentação de animais durante 60 dias, após a confirmação da existência da doença e deve ser realizada a desinsectização dos animais no prazo máximo de uma semana.
Os sintomas da doença são febre e falta de apetite, lesões na mucosa da boca, produção excessiva de saliva e dificuldade em engolir (estomatite ulcerativa), coxeira devido à inflamação dos cascos, úbere avermelhado. A doença pode ser fatal para os animais, embora seja mais frequente a sua recuperação num espaço de duas semanas, revela o comunicado da DGAV.
“A notificação de qualquer suspeita deve ser realizada de forma imediata aos serviços da DGAV, para permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença no terreno pela DGAV”, informa o comunicado.