O “foot-ball” tornou-se uma doença mental, como tantas outras.

E como a mania é andar agora aos pontapés às bolas de trapo, jogando-se por todos os cantos da cidade, torna-se preciso fiscalizar e regularizar de qualquer modo o seu imoderado uso nos lugares públicos, devendo a Câmara marcar no campo Sá da Bandeira o espaço onde é permitido tal jogo, enquanto as sociedades interessadas não tiverem para isso local reservado.

O que não pode ser é o que aí se está passando, vendo o rapazio a jogar com as bochechas do próximo e com as vidraças das janelas, sem responsabilidade pelos prejuízos causados.

A odisseia aérea

Ficou marcando, como afirmação gloriosa da nossa raça aventureira, o feito épico dos navegadores do ar que nesta hora Macau – a nesga de terra portuguesa nos confins da China – festeja, envaidecida de tão gloriosa façanha.

Os nomes de Brito Pais, Sarmento de Beires e Manoel Gouveia devem ser insculpidos junto à gruta onde Camões escreveu as mais inspiradas estrofes dos Lusíadas.

Bem justificadamente a alma nacional vibrou em uníssono perante o arrojado voo desses heróis que o governo abandonou, afinal, à sua própria sorte, talvez porque eles, pretendendo conquistar os ares não tentaram nunca conquistar um diploma de revolucionário civil, preferindo cortar os ventos a cortar simplesmente a pele dos adversários. Glória aos intrépidos aviadores!

(In: Correio da Extremadura de 28 de Junho de 1924).

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