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 A Diocese de Santarém tem, até ao momento, identificados espaços coletivos e famílias de acolhimento que permitirão receber cerca de 65.000 peregrinos da Jornada Mundial da Juventude, decorrendo ainda o processo de autorização de uso junto de várias entidades.

Em resposta à Lusa, o Comité Organizador Diocesano (COD) de Santarém da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) afirma que conta, atualmente, com cerca de 350 famílias inscritas para acolher peregrinos e identificou perto de 600 espaços coletivos, encontrando-se num processo de obtenção de autorização para a sua utilização.

“Em fevereiro, iniciámos o processo de formalização de cedência dos espaços com as entidades. Ainda não conseguimos garantir que teremos autorização para utilizar todos os espaços que foram identificados, mas estamos a trabalhar junto das entidades, com o apoio das equipas paroquiais e vicariais e dos padres”, refere.

Considerando o número de famílias já inscritas “bastante significativo”, uma vez que o processo se iniciou no final de 2022, o COD de Santarém confessa que são precisas mais.

Por isso, além das famílias católicas, está a ser feito um trabalho junto de “outras confissões religiosas e com pessoas que não praticam nenhuma religião”.

“Para nós, seria uma grande alegria que a JMJ Lisboa 2023 pudesse ser vivida por todas as pessoas, principalmente através da experiência do acolhimento”, sublinha.

Quanto aos espaços coletivos, “foi feito um longo trabalho de identificação e mapeamento” pelas equipas paroquiais, que conhecem melhor o território, com o apoio das equipas vicariais e da equipa diocesana.

Santarém, juntamente com Lisboa e Setúbal, são os distritos referenciados para acolher os milhares de peregrinos esperados na JMJ. Foram definidos objetivos para cada diocese, que “servem para orientar os trabalhos das paróquias” e dar “uma noção do que podem vir a ser as necessidades”, mas por serem apenas indicativos o COD opta por não divulgá-los.

A Diocese de Santarém conta atualmente com perto de mil voluntários inscritos nas várias paróquias, os quais serão “fundamentais” para “tratar dos espaços de acolhimento, ajudar na distribuição de pequenos-almoços, ou tratar da receção e acompanhamento dos peregrinos nas catequeses que ocorrem durante a semana da JMJ”.

“Os voluntários paroquiais estão já a ter formação, que começará agora a ser mais orientada para as tarefas práticas da semana JMJ, exatamente para que se possa coordenar o número de voluntários que temos para responder às necessidades”, acrescenta.

Salientando que o processo de angariação de voluntários “não está fechado”, o COD afirma que as equipas paroquiais “continuam a ir a escolas, a fazer sessões de esclarecimento, arruadas, jantares com a população, entre outras iniciativas”.

Além dos voluntários, a Diocese conta com mais de 500 jovens nas equipas paroquiais criadas em 2019, os quais, na semana da JMJ, “serão importantes para a execução e coordenação de tarefas”.

“Sabemos que a Diocese acolherá milhares de peregrinos, por isso toda a ajuda é necessária e bem-vinda”, afirma.

Em curso está ainda o trabalho de identificação dos espaços onde se realizarão as catequeses que serão dadas por bispos em cada uma das três dioceses de acolhimento, bem como de preparação do Festival da Juventude All Around, alinhado com o Festival da Juventude que acontecerá em Lisboa, da responsabilidade da organização nacional.

“Neste festival podem inscrever-se para participar artistas das mais variadas áreas. As equipas paroquiais foram ainda convidadas a pensar em atividades de boas-vindas ou de despedida para os grupos que venham para as suas paróquias (exemplo: almoço, ‘sunset’, concerto, arraial, etc.), que possam também dar a conhecer a cultura e as tradições da nossa Diocese”, acrescenta.

Reconhecendo que estas atividades não são, para já, a prioridade das equipas – focadas, neste momento, na preparação do acolhimento -, o COD afirma que têm sido dados alguns passos, com o apoio das Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e associações locais.

A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

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