O Município de Azambuja tomou a decisão de encerrar temporariamente ao público o Complexo de Piscinas que serve todo o concelho. Esta medida foi tomada na sequência de resultados positivos de existência da bactéria Legionella, ainda que apenas num número reduzido de chuveiros em balneários com baixo volume de utilização.
De referir que, a Legionella é um microrganismo presente por natureza em todo o meio aquático, sendo que a espécie Pneumophila requer cuidado especial. O município nunca ignorou esta questão e recorda que possui um manual de procedimentos, de acordo com as recomendações do Serviço Nacional de Saúde, manual esse que é integralmente cumprido. No que se refere ao controlo da bactéria Legionella, têm sido seguidas as indicações que constam do documento “Prevenção da doença dos Legionários em balneários – manual de boas práticas”. A última intervenção, com este carácter preventivo, teve lugar na pausa do recente mês de Agosto, tendo sido efectuada em todas as instalações do Complexo de Piscinas, nomeadamente, a desinfecção dos crivos das torneiras e das cabeças dos chuveiros, bem como a desinfecção das águas quentes sanitárias através de choque térmico em que a temperatura da água é aumentada até aos 80º fazendo-a circular por todo o sistema de canalizações durante três horas. Acrescente-se que estes trabalhos de manutenção são assegurados por uma empresa da especialidade, contratada para o efeito.
Na prática habitual de procedimentos preventivos e com o objectivo permanente de assegurar a melhor qualidade dos equipamentos e dos serviços prestados, o Município de Azambuja continua a realizar análises diárias de autocontrolo e análises fisicoquímicas e microbiológicas, realizadas por entidades externas certificadas, a saber, o Laboratório dos Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos dos Municípios de Loures e Odivelas, o Laboratório da empresa SIQ-Sociedade de Indústrias Químicas, Lda., o Departamento de Saúde Ambiental do Serviço Nacional de Saúde, e, ainda, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Esses resultados são do conhecimento público, encontrando-se afixados na recepção do complexo.
Neste contexto, a autarquia esclarece que todas as análises bacteriológicas realizadas atestam a qualidade da água dos tanques das piscinas, conforme definida na respectiva norma (NP 4542); e relativamente à detecção de Legionella, o resultado foi negativo em todas as unidades de tratamento do ar, acusando a sua presença apenas em algumas cabeças de chuveiro existentes em balneários com menor utilização.
O município assume que a decisão de encerramento do Complexo de Piscinas se deve à necessidade de proceder a um tratamento químico e térmico que não permite que o equipamento esteja aberto ao público. Por outro lado, sabendo da existência da bactéria, ainda que em com valores pouco expressivos, o município não podia deixar de informar a população desta ocorrência. Mais, ainda, vai ser feita idêntica desinfeção preventiva e respectiva monitorização às instalações do pavilhão e estádio municipais, bem como nas escolas com balneários e torres de arrefecimento de sistemas de ar condicionado.
Recomenda-se aos utilizadores das piscinas que tenham frequentado as instalações nos últimos 15 dias que permaneçam atentos a eventuais sintomas semelhantes aos da gripe, como dores de cabeça, febre, tosse seca, falta de ar, arrepios ou diarreia. Nesse caso, deverão, naturalmente, recorrer aos serviços de saúde.
Perante os dados disponíveis, considera-se que a situação não é de alarme, contudo o Município de Azambuja reitera total atenção a esta situação e actualizará a informação logo que surjam novos elementos.