Ana Louriceira é o rosto da Rota dos Vinhos do Tejo na Loja da CVR. Nesta entrevista breve ao ‘Correio do Ribatejo’ considera que o enoturismo tem vindo a crescer na Região, fruto de “um trabalho diário” que procura parceiros para “integrar os nossos produtos na sua programação”.

A Rota conta hoje com 45 associados e é promovida enquanto “produto de qualidade e autenticidade que tem uma oferta vasta e diferenciada”. 

O enoturismo tem crescido de forma sustentada em Portugal. Como se posiciona a Região do Tejo neste segmento, especialmente através da Rota dos Vinhos do Tejo?

O Enoturismo é um segmento de mercado que tem vindo a crescer e que tem um grande potencial, principalmente na Região do Tejo, na medida que é um destino pouco conhecido, o que traduz uma oportunidade de mercado. A Rota dos Vinhos do Tejo (RVT) tem vindo a apostar cada vez mais nos seus produtores com enoturismo procurando dar a conhecer junto dos players a oferta que existe na Região. A RVT tem cerca de 45 associados, que para além de beneficiarem da promoção do enoturismo nos vários mercados através das várias acções promocionais, têm a possibilidade de ter os seus vinhos à venda na loja física e online da Rota – www.rotadosvinhosdotejo.pt.

Que iniciativas têm sido promovidas pela Rota dos Vinhos do Tejo para atrair visitantes e valorizar os produtores da região?

A RVT tem vindo a desenvolver um trabalho na área da promoção cada vez maior, estamos focados em promover a RVT como um produto de qualidade e autenticidade que tem uma oferta vasta e diferenciada. A participação em feiras nacionais e internacionais, como a BTL em Lisboa, FITUR em Madrid, FINE em Valladolid e Festuris no Brasil, tem-nos possibilitado levar a marca além-fronteiras e posicioná-la no mercado. A região dos Vinhos do Tejo é composta por um território vitivinícola com uma área global de cerca de 7.000 km2, dos quais 12.500 hectares são vinhas, e abrange 21 municípios. Três terroirs distintos que permitem a criação de diferentes tipos de vinhos, com vários estilos e que se adaptam os diferentes gostos e orçamentos, para além de todo o património existente. É neste sentido, com tanta diversidade de experiências possíveis de promover, que a RVT pretende divulgar os seus associados permitindo a quem nos visita usufruir de uma experiência rica em sensações com um storytelling autêntico e único que retrata a nossa região. Este trabalho, para além da nossa participação em feiras, tem de ser um trabalho diário, procurando parceiros que queiram integrar os nossos produtos na sua programação.

Como define a Rota dos Vinhos do Tejo e qual a sua mais-valia?

A RVT encontra-se a uma curta distância de Lisboa. Localizada no coração de Portugal, esta região está, imemorialmente, ligada à produção de vinhos.  

Terra de touros e cavalos, mas também de castelos, mosteiros e igrejas que falam de histórias, de cidades e vilas que foram paços reais e que nos definem enquanto portugueses, a região dos Vinhos do Tejo é, acima de tudo, uma das mais antigas regiões produtoras de vinho.  Aqui, pode experienciar todos os encantos da RVT, provar os nossos vinhos, usufruir da nossa saborosa gastronomia, visitar monumentos e museus e apreciar as paisagens feitas de verde e de água. As portas das nossas adegas estão abertas.  Destaque para a Tejo Wine Route 118 – produto de enoturismo criado em 2021 pela CVR Tejo, com o apoio da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, para promoção do território e dos vinhos da região. Uma rota com cerca de 150 km, que atravessa a região dos Vinhos do Tejo, na margem esquerda do rio, ao longo de sete concelhos: Abrantes, Constância, Chamusca, Alpiarça, Almeirim, Salvaterra de Magos e Benavente. São 14 os produtores de Vinhos do Tejo com portas abertas, para a visitação e provas, sendo possível também participar da vindima, pisa de uvas com os pés e colheita de azeitona (as que produzem azeite).

Quais são os principais desafios para o futuro do enoturismo no Tejo e de que forma a Rota dos Vinhos do Tejo está a preparar-se para os enfrentar?

Os desafios são constantes, mas o nosso principal foco é consciencializar os nossos associados que esta pode e deve ser uma actividade rentável. É muito importante estarmos de portas abertas para receber quem nos visita, quem viaja em enoturismo e procura experiências autênticas e que, uma vez em contacto com a marca (dos vinhos) jamais a vai esquecer, seja quando a vir numa carta num restaurante ou na prateleira de um supermercado. Esta região, à semelhança de outras como o Douro e Alentejo, tem tudo o que precisa para crescer no enoturismo: autenticidade, excelente gastronomia, vinhos de qualidade, história e oferta cultural. Acreditamos que o investimento hoteleiro na região vai ser uma excelente oportunidade para crescermos, para além, de estarmos muito bem localizados, no centro do país com bons acessos (auto-estrada, comboio). Vamos continuar a apostar na promoção e divulgação dos nossos associados com enoturismo e procurar parceiros que nos ajudem a vender o destino.

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