Transmontano, antigo combatente na guerra colonial, o candidato socialista à presidência da Câmara de Santarém propõe-se servir o concelho onde escolheu viver, porque se considera “um cidadão preocupado” com a estagnação da capital do distrito, situação que quer “inverter”.

Actual deputado na Assembleia da República, onde integra as comissões de Agricultura e da Defesa, no âmbito da qual colaborou “activamente para que o estatuto dos antigos combatentes fosse uma realidade”, Manuel Afonso foi vereador na Câmara de Santarém no mandato de 2001 a 2005, com os pelouros das Obras Municipais e da Protecção Civil, funções que exerceu estando “sempre presente”.
Aos 70 anos decidiu liderar uma candidatura às autárquicas do próximo dia 26 porque, disse, é “um cidadão preocupado”.

“Santarém estagnou, parou no tempo” e é preciso “olhar para o futuro e inverter essa situação”, afirmou o candidato, que escolheu como lema da sua campanha “Fazer o que ainda não foi feito”.

Natural de Vinhais, em Trás-os-Montes, Manuel Afonso cresceu em Moçambique, para onde foi com os pais e os cinco irmãos quando tinha 10 anos e onde estudou na Escola Prática de Agricultura de Trigo Morais. Combateu na quarta companhia de comandos, da qual foi furriel miliciano.

De regresso a Portugal, em 1975, ingressou nos serviços do Ministério da Agricultura, tendo trabalhado no Departamento Vitivinícola, em Santarém, cidade que o “recebeu de braços abertos” e onde constituiu família.

É por perceber “o enorme potencial” de Santarém que Manuel Afonso afirma estar acompanhado de uma “equipa forte”, numa candidatura que construiu o seu programa a partir de um “contrato social” com a comunidade escalabitana, com “novas ideias” e “uma visão integradora e de futuro”.

Comprometendo-se em “acabar com o marasmo” e “transformar Santarém numa cidade moderna e dinâmica”, devolvendo-lhe o estatuto de capital de distrito, assegura que a sua equipa saberá aproveitar a identidade ribatejana e a proximidade a Lisboa, bem como captar os recursos necessários para “estimular todo o desenvolvimento estratégico regional”.

Entre as críticas à gestão social-democrata, Manuel Afonso aponta a incapacidade de inverter a crescente perda de população e acusa o executivo de Ricardo Gonçalves de ter estabelecido “uma relação conflituosa com todos os governos, de todas as áreas políticas”.

“Desconhecem qualquer dinâmica proactiva para a captação de investimentos. Não possuem visão estratégica para aproveitar a identidade cultural, os recursos da região e a proximidade com Lisboa”, criticou.

Que propostas e projectos fundamentais tem o PS para o futuro do concelho de Santarém?
Temos quatro objectivos com esta candidatura: Democratizar, ouvindo todos; Desenvolver o concelho; Criar qualidade de vida; Promover boas relações externas, nacionais e internacionais. Neste contexto, temos muitas propostas para a cidade e para as freguesias. Fazer um PDM que responda às necessidades da população; fazer de Santarém a capital do empreendedorismo e da atracção do investimento; qualificação do concelho como por exemplo as entradas de Santarém, a Ribeira e Alfange para ligar a cidade ao Rio, a ligação ao norte do concelho, a limpeza urbana, os espaços verdes, a vida no Centro Histórico, o Parque Desportivo Municipal, a vitalidade cultural, etc, etc.

O que distingue a sua candidatura das demais, para que o eleitorado lhe dê a confiança do seu voto?
Fui Vice-Presidente da Câmara entre 2001 e 2005. Fiz mais nesse mandato do que esta Câmara nestes 16 anos de marasmo. O fecho da Rua O, o saneamento básico no Centro Histórico, os Centros Escolares de S. Domingos e… os prédios de habitação social, o lançamento do complexo desportivo com financiamento Europeu garantido e concurso público lançado que esta governação parou indemnizando o empreiteiro, são disso exemplos.
Diria que eu e o candidato do marasmo, somos ambos simpáticos, mas eu também sei fazer coisas, ao contrário dele. E faço um apelo – comparemos a equipa de candidatos a vereador que apresentamos, com os nomes que acompanham o nosso adversário. Comparemos a equipa do nosso adversário que agora irá sair da Câmara com a nossa equipa que irá entrar para o executivo, para fazer coisas por Santarém e concluiremos evidências decisivas para o futuro do concelho.

A sua candidatura compromete-se em “acabar com o marasmo” e “transformar Santarém numa cidade moderna e dinâmica”. Em que é que se consubstanciam estas propostas?
Vou precisar de gerir duas Câmaras. A Câmara actual e a Câmara do futuro, aquela que queremos construir para orgulho dos cidadãos.
A Câmara actual que se atrasou brutalmente em relação aos outros concelhos, que precisa responder às necessidades e anseios da população, que precisa respeitar e dignificar os funcionários, que precisa tratar da limpeza e do abandono em que está a cidade e o concelho, que precisa responder aos pedidos de licenciamento e de resposta que esperam anos…..Esta Câmara precisa ser gerida no curto prazo.
Ao mesmo tempo, há um concelho ao qual queremos dar um futuro. É o concelho que está a 45 minutos de Lisboa, que precisa resolver os grandes desígnios, que precisa fazer um PDM que respeite as pessoas, que precisa captar investimento público e privado, que precisa ser ambicioso e orgulhoso para voltar a ser a Capital do Ribatejo.
Este concelho trará tecnologia, emprego de qualidade, uma nova centralidade na EPC e no campo Infante da Câmara e na Ribeira que ligará a cidade ao Tejo e no antigo Presídio.
Este concelho apostará nos espaços verdes, nos trilhos e caminhos pedonais, nos parques caninos, nos equipamentos para os jovens, na concertação diária com as escolas, com o Instituto Politécnico, com as empresas, com as instituições sociais….
Este concelho será uma nova centralidade, audaz, capaz de oferecer qualidade de vida a todos, terá uma visão ambiental, uma excelência social, uma atracção turística, uma motivação familiar…um futuro para a Comunidade Escalabitana.

O PS tem sido, desde 2005, oposição ao actual executivo municipal PSD. O que mudará em Santarém se ganhar as eleições?
Mudarão muitas coisas. Os cidadãos entrarão na Câmara como se estivessem em casa, os processos terão um gestor com a obrigação de os resolver rapidamente, as famílias terão um cheque bebé, os alunos terão os livros de fichas gratuitos, o concelho terá um Parque Desportivo e um Fórum Cultural, a cultura e as artes, o ambiente e a escola serão acolhidos nas decisões democráticas do executivo municipal.
Reparemos que o país tem uma oportunidade única para resolver os seus problemas, com este volume de fundos Europeus.
E Santarém não pode atrasar-se ainda mais. Não podemos deixar de aproveitar estes fundos, não podemos permitir que se repitam episódios como aconteceu no Parque Desportivo em 2005 ou com o mercado há dois anos….
Santarém terá um futuro. Hoje está num passado.
Santarém terá uma equipa de trabalho com as mangas arregaçadas e um Presidente dialogante que fará “pontes” com os governos.
Hoje tem um Presidente que só vai a Lisboa contratar mais um advogado para diluir os conflitos que ele cria por aí….

O Partido Socialista liderou a autarquia escalabitana entre 1977 e 2005, ano em que perdeu a eleição para Francisco Moita Flores. Chegou a ser vice-presidente da autarquia. Na campanha alterou o slogan de “fazer o que ainda não foi feito”, para “fazer o que precisa de ser feito”. Porquê? A primeira versão comprometia o PS nos 30 anos em que foi poder neste Concelho?
Permita-me um sorriso sobre a pergunta, com todo o respeito… Primeiro, a evolução dos slogans estava prevista desde a primeira hora e apenas cumprimos o que tínhamos previsto.
Segundo, o PS e a Comunidade Escalabitana têm muito orgulho do tempo, e dos resultados do tempo em que alcançaram a confiança dos cidadãos para governarem o concelho.
Terceiro, o slogan começou por ser “Fazer o que ainda não foi feito” para chamar a atenção de que esta Câmara, nestes 16 anos de marasmo, apenas parou projectos, travou ambições e impediu sonhos. E, portanto, era preciso fazer o que ainda não foi feito. Permita-me um exemplo: os nossos adversários encontraram um novo Parque Desportivo já em obra, com contrato feito e financiamento garantido. Chegaram há 16 anos, indemnizaram o empreiteiro com o nosso dinheiro, mandaram-no embora e, hoje, Santarém ainda não tem um Parque Desportivo. Aqui tem um exemplo de quanto é necessário “Fazer o que ainda não foi feito”.
Depois, uma equipa de cidadania política, que quer dar-se a conhecer ao concelho, precisa mostrar-se mais afirmativa e não pode limitar-se à chamada de atenção de quanto esta governação atrasou o concelho de Santarém. Precisa de mostrar que quer “Fazer o que ainda não foi feito”, mas que quer ir mais longe…que quer “fazer o que precisa ser feito”. E isso é muito mais do que apenas o atraso de que Santarém hoje sofre em relação aos outros concelhos, por culpa exclusiva desta governação Municipal.
Por isso falo em dirigir duas Câmaras ao mesmo tempo: A Câmara que precisa recuperar do atraso que a equipa de Ricardo Gonçalves impôs a Santarém nestes 16 anos e, de forma diferente, a Câmara que queremos construir para o futuro, já ao nível das outras capitais de distrito, já com a ambição de um futuro pleno de qualidade de vida para todos.
Por isso, tal como previsto, evoluímos de “Fazer o que ainda não foi feito” para “Fazer o que precisa ser feito”.

Em 2017, o PS obteve 34,1% dos votos, elegendo quatro vereadores. Quais são as expectativas do partido para estas eleições?
Merecer a confiança dos cidadãos do concelho de Santarém para vencer as eleições. Não temos outra ambição que não seja, cumprir o desejo dos Escalabitanos e ajudar a esquecer estes 16 anos em que nada se fez e ficámos para trás em relação ao país.

O que o leva, pessoalmente, a candidatar-se ao executivo da Câmara Municipal de Santarém?
A vergonha. Eu tenho uma vida preenchida, tenho família, filhos, netos….Hoje Santarém é a capital de Distrito mais atrasada do país….Não há investimento, visão estratégica, qualidade de vida, futuro para cada um dos jovens da nossa cidade e concelho. Santarém foi abandonada nestes 16 anos por aqueles que tinham a obrigação de melhor zelar por ela….
Por outro lado, Santarém é das capitais de distrito que tem maior potencial para ter um futuro de desenvolvimento e sucesso. Pensemos que estamos a 45 minutos de Lisboa e podemos fazer disso uma grande «mais valia», pensemos que temos uma identidade cultural profunda que nos dá sempre um alento complementar – o Ribatejo faz de nós a capital de uma série de coisas que vamos perdendo, também.
Como é sabido, uma pessoa como eu, que fui militar nos comandos, não pode simplesmente baixar-se nas trincheiras e olhar para o desastre. Tem de agir, encontrar equipas adequadas, criar uma frente de soluções que nos permitam resolver os problemas. Os meus netos não me perdoariam que eu não me empenhasse em criar uma vida melhor para a geração deles.
Basicamente, estou envergonhado pelos bloqueios, pelo desleixo, pelo abandono que o nosso adversário impôs a Santarém, nestes 16 anos.

É actualmente deputado na Assembleia da República. Vai cumprir o mandato, seja ele qual for, que a população lhe confie?
Obviamente que, se merecer a confiança da Comunidade Escalabitana como espero, assumirei as funções em nome da nossa terra. Eu serei apenas o líder – o pivot de uma equipa credível, capaz, competente e honesta para transformar Santarém e peço a oportunidade aos meus vizinhos e concidadãos, para mostrarmos quanto melhor pode ser Santarém e o seu concelho.

Nos seus contactos com as populações, que recepção tem encontrado?
A esmagadora maioria da População sabe que, das duas equipas, apenas ganhará uma – ou a equipa do Ricardo Gonçalves ou a equipa do Manuel Afonso. As populações sabem, muito bem, que nestes 16 anos apenas se derreteu dinheiro porque o investimento foi nulo. E muita gente aponta essa realidade.
Como gosto de dizer sempre a verdade, não lhe escondo que, ao mesmo tempo, muitas pessoas me perguntam se a minha equipa é forte para me ajudar a resolver os problemas do concelho…tal como me afirmam a sua descrença em recuperar Santarém depois desta estagnação de 16 anos.
Mas, a recepção tem sido muito positiva. As pessoas estão ávidas de esperança. E eu decidi entregar-me por inteiro, nos próximos quatro anos, para lutar pelas pessoas do meu concelho.

Que eixos estruturantes pretende desenvolver no concelho, de modo a potenciar a satisfação das necessidades da maior parte dos munícipes?
Essa pergunta precisaria de um livro muito completo para lhe responder, coisa que não poderei fazer em tão pouco tempo. Ainda assim, invoco os quatro grandes objectivos e aponto algumas estratégias:
A proximidade com a capital do país – apenas 45 minutos – num país onde “Lisboa é Portugal e o resto é paisagem”, é um factor fundamental.
Devemos utilizar essa realidade como ponto de partida para um protocolo com uma Agência internacional de investimentos que tenha a missão de nos ajudar a captar recursos para Santarém.
Depois, as premissas identitárias de Santarém, enquanto capital do Ribatejo, permitem-nos ambicionar alguns aspectos de valorização: ligar a cidade ao Rio Tejo, qualificando a Ribeira e Alfange; criar uma ligação rápida até ao limite norte em Valverde, servindo Alcanede e Tremez; renovar o Centro Histórico, fazendo dele uma atracção turística com qualidade de vida; integrar espaços verdes, circuitos pedonais e trilhos ecológicos na cidade e em todo o concelho, com um exemplo de uma ciclo e pedovia entre a foz do Alviela em Vale de Figueira e Valada no Cartaxo; ressuscitar o projecto que era unânime em 2005 para o Campo da Feira onde se integrarão elementos de modernização de Santarém; criar um Parque Desportivo de competição que tinha financiamento em 2005 mas foi travado e criar um espaço de manutenção desportiva na EPC; fazer da EPC um Centro Tecnológico com instalação de Start up’s digitais, um Centro Nacional de Excelência Social e um espelho de valorização cultural a partir do Convento de S. Francisco; Instalar um sistema polinucleado com desenvolvimento na cidade e nas vilas acompanhado com qualidade de vida, também, nas restantes freguesias do concelho; criar um Conselho de Desenvolvimento Estratégico concertado com Escola Agrária, IPS, empresas e Agência de Captação de Investimentos; etc, etc….são alguns exemplos dos caminhos que iremos implementar e para os quais temos as soluções adequadas.

E o rio? Para quando um projecto concretizável de valorização do Tejo, das suas margens e da sua navegabilidade?
Já abordei essa questão. Faço, contudo, uma redundância. A cidade precisa urgentemente ligar-se ao Rio. Isso só pode fazer-se na Ribeira e Alfange. Por isso, o processo começará por qualificar estas zonas da cidade. Depois, teremos um caminho pedonal, ciclovia e espaços públicos concessionados para criar as “docas” de Santarém, o que implica mudar a estação ferroviária para a zona do Retail Park, em terrenos municipais, para poupar recursos. Isso trará uma nova centralidade entre o Sacapeito e o Cnema, onde haverá também um Parque de Autocaravanas e um Parque TIR para acolhimento de transportadores.
Em simultâneo, é preciso termos consciência do potencial paisagístico da Borda d’Água, como as Caneiras com a impressionante beleza que temos à nossa disposição. Ora, só há uma solução, neste aspecto – qualificar e “segurar” as margens com recurso à engenharia natural, reforçando com cais de pesca e de outras infra-estruturas de interacção entre a cidade e o Rio…entre o concelho e o Rio.
Em simultâneo, contamos acompanhar com entusiasmo outros projectos já conhecidos para o Tejo e para os seus múltiplos aproveitamentos.

Que medidas propõe para a política fiscal municipal e qual o modelo que defende para os tarifários de água e serviços de saneamento?
Outro livro…. (risos). Deixem-me contar uma história real. Há 16 anos foi criada a Empresa Águas do Ribatejo, integrando os Municípios da Lezíria. A sede seria em Santarém, gerando emprego e centralidade.
Esta governação Municipal, parou vários projectos – já falei do Parque Desportivo – e as “Águas do Ribatejo” foi um dos projectos que pararam pela incúria desta governação que agora fala de futuro (risos…). O resultado foi que Santarém saiu das “Águas do Ribatejo”, perdeu 25 milhões de euros de investimento no sector (repito: perdeu 25 milhões de euros de investimento), a sede foi para outro Município da Lezíria e hoje pagamos, de água e saneamento, o que pagamos. Deixe-me dar outro exemplo. Real.
Há dias, conversando com proprietários de imóveis no centro histórico e na envolvente, fiquei chocado. Confesso que nem sabia…. Um proprietário, interessado em pintar um prédio, foi saber o que era preciso para legalizar a obra – ficou a saber que a despesa em papéis seria de 2.800 €. Mais ou menos o mesmo que gastaria em tintas e pintores…. O resultado foi: desistiu de qualificar o imóvel. Isto é, a Câmara de Santarém, pratica uma política de taxas e burocracias que duplica o custo das coisas.
Nós, ao contrário dos nossos adversários, achamos que o proprietário interessado em valorizar o seu imóvel, quase merecia uma estátua na cidade…. Ou seja, é urgente rever o regulamento de taxas e licenças, baixando substancialmente o custo em função do serviço público que significa cada intervenção.

Tem vindo a público a falta de condições em Santarém para a instalação de novas empresas e a deslocalização de serviços para outros concelhos. Qual a solução para evitar que outras situações possam ocorrer e que propostas preconiza para o desenvolvimento económico e emprego no concelho?
Diálogo. Humildade. Capacidade. Ambição. Santarém, por este andar, iria transformar-se num concelho sem qualquer importância, um concelho periférico. E não hesito em apontar um culpado – o nosso adversário, Ricardo Gonçalves. Sejamos claros. A Câmara de Santarém terá de ter uma posição (e uma acção) sobre tudo o que se passa no concelho. Seja assunto que a Lei lhe confira, seja assunto da responsabilidade do estado central.
Por exemplo, a ASAE consultou a Câmara de Santarém sobre a possibilidade de esta ajudar a encontrar uma solução, dada a sua necessidade de poupar recursos com a renda das instalações. O nosso adversário, Ricardo Gonçalves, respondeu que isso não era assunto seu. A ASAE contactou o Presidente de Almeirim que a acolheu de braços abertos. Santarém perdeu mais uma instituição que gerava riqueza no concelho de Santarém.
Connosco, não só as instituições instaladas no concelho de Santarém serão acarinhadas pela Câmara como iremos desbravar caminho para captar a instalação de outras que gerem riqueza, emprego, centralidade e afirmação de Santarém.

Que equipamentos entende serem necessários para o desenvolvimento mais equilibrado das freguesias do concelho, quais são os mais urgentes e onde os implantar?
Cada caso é um caso…. Todas as freguesias precisam de respeito. Desde logo, respeito da Câmara Municipal que não têm tido. Depois, os equipamentos adequados a cada uma, são diferentes e daria outro livro…. Por exemplo Almoster precisa de um Posto Médico que volte a acolher respostas de saúde às pessoas. Por exemplo, Moçarria precisa de uma qualificação urbana desde o parque desportivo ao limite da freguesia (e também de melhores instalações no Posto Médico). Por exemplo, Abitureiras já tem boas instalações no Posto Médico devido ao empenhamento do Presidente da Junta, António Branco.
Por exemplo, Amiais precisa desmontar a mentira da promessa de 1,6 milhões para fazer um pavilhão a troco da destruição do PSD local….
Por exemplo, Pernes precisa ter o pavilhão cujas papeladas (e mentiras) andam a rebolar há 11 anos e precisa do espaço empresarial que rebola com a mesma antiguidade.
Por exemplo, Alcanede precisa de um balcão da Câmara, de uma estrada digna desse nome, do alargamento do espaço empresarial, de um respeito pela Comissão de Baldios….
Por exemplo, Alcanhões precisa de se livrar de um Presidente de Junta que estava disposto para gastar 120 mil euros numa obra que ele próprio lançou por 65 mil…

Qual é a sua posição acerca da constituição de uma nova NUTS II englobando os territórios das NUTS III Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Oeste?
Totalmente a favor. É um caminho fundamental para a região.

Que boa razão apontaria para pedir o voto à população de Santarém?
Para além de ler esta entrevista? Comparar uma equipa credível, séria, competente e ambiciosa, como aquela que apresentamos à população com a lista de nomes dos nossos adversários.
Comparar o líder da nossa equipa que fez mais entre 2001 e 2005 pelo concelho de Santarém do que o nosso adversário nestes últimos 16 anos.
Perceber que esta é a eleição mais relevante para o concelho de Santarém. A mais importante de sempre. Ou ficamos na mesma com quem nada fez e deixamos de aproveitar os fundos europeus, ou mudamos para uma Câmara democrática, com uma equipa credível e participamos num futuro para o concelho de Santarém.
O nosso adversário, nada fez em 16 anos. Nós oferecemos o nosso trabalho para fazer muito mais nos próximos quatro anos do que ele fez em 16.

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