A Diocese de Santarém, que está a celebrar 50 anos de criação, inaugurou uma exposição que pretende dar a conhecer a história “deste território” deste os tempos “antecedentes até aos dias de hoje”.

“A exposição itinerante ‘Por Cristo, com Cristo, em Cristo – Diocese de Santarém: 50 anos de identidade e missão’ procura dar a conhecer alguns dos antecedentes do território, sobretudo algumas figuras de santidade e aos milagres mais relevantes e depois explora alguns momentos da criação da diocese, quando se entendeu que o território podia ser desanexado do grande território do Patriarcado de Lisboa”, disse Eva Raquel, comissária da exposição.

No Museu Diocesano de Santarém que está também a comemorar o 10.º aniversário, a exposição, patente até domingo, 5 de Janeiro, está organizada em 7 núcleos distintos “que cruzam informação textual, fotográfica, iconográfica e multimédia com objectos artísticos, documentais, devocionais e históricos, numa relação que pretende informar o visitante, através de um discurso acessível e didáctico, acerca do percurso de fé da diocese e das suas comunidades, não esquecendo a forma como hoje cada cristão é chamado a fazer parte deste projeto”, frisou a comissária.

Em estreita relação com estes conteúdos, destaca-se a peça principal da exposição, “pela primeira vez patente ao público”, a Bula Apostolicae Sedis Consuetudinem do Papa Paulo VI, de 16 de Julho de 1975, que cria a Diocese de Santarém.

O sétimo e último núcleo representa cada uma das 113 paróquias da Diocese de Santarém, terminando com um convite a que “cada visitante possa inscrever o seu nome, e o daqueles que marcaram o seu percurso de fé ao longo da sua vida, e que hoje já não estão entre nós, quais pedras vivas desta Igreja particular, chamada Diocese de Santarém”, referiu Eva Raquel.

A exposição é itinerante e vai percorrer, durante 2025, os 13 concelhos que constituem o território da Diocese de Santarém, com “o apoio das respectivas câmaras municipais”.

Este retomar da história dos 50 anos “não é apenas para fazer memória” ou para “recordar de um passado, é uma vida que se retoma e, portanto, com aquilo que se fez, com as pessoas que estiveram, com os valores que se levantaram, com aquilo que foi referido para o passado, vamos reler, retomar o presente e assumir o futuro”, disse D. José Traquina, bispo de Santarém.

As exposições têm uma “dimensão cultural”, mas “não é para fugir da realidade, mas para fortalecer naquilo que é a responsabilidade de cada cristão”.

A peça “mais antiga” do núcleo de Santarém “é uma Santíssima Trindade que vem da Paróquia de Alcanhões, do século XV”, mas estão peças “até ao século XXI e que são essas também que projectam para o futuro”, disse Eva Raquel.

“Nós precisamos das peças antigas para nos identificarmos com elas e as nossas comunidades sentem essa identificação sobretudo através dessas peças mais antigas”, completou.

No mesmo dia da inauguração da exposição ‘Por Cristo, com Cristo, em Cristo – Diocese de Santarém: 50 anos de identidade e missão’, que decorreu no passado dia 09, foi estreada, na Sé de Santarém, a cantata da ‘Cruz ao Ouro’

Nesta data tão “especial”, a diocese entendeu que era “interessante encomendar uma cantata”, sublinhou o padre Joaquim Ganhão, diretor do Museu Diocesano de Santarém.

Com letra do padre João Paulo Quelhas e a música do Sílvio Vicente, a cantata retrata “as zonas da diocese, lembrando os seus três bispos e os seus lemas, tendo lá pelo meio uma menção muito interessante à Imaculada Conceição, a Nossa Senhora, e terminando depois com um convite à alegria, que é no fundo o lema episcopal do atual bispo”, realça o padre Joaquim Ganhão.

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