A Feira de Todos os Santos regressa ao Cartaxo de 31 de Outubro a 03 de Novembro, com um programa que inclui concertos, tauromaquia, artesanato, tasquinhas e uma mostra empresarial.

Ao longo dos quatro dias, os visitantes podem contar com espectáculos de música ao vivo e diversas actividades culturais e recreativas, incluindo as tradicionais largadas de touros e vacadas, organizadas pela Associação Grupo de Forcados Amadores do Cartaxo, no distrito de Santarém.

A abertura oficial do evento acontece no dia 31, às 19:00, com a actuação da Tintus Brass Band no Espaço ExpoCartaxo e no dia 01 de Novembro, feriado nacional de Todos os Santos, a programação começa às 10h30 com uma sessão de contos dirigida ao público infantil, seguida de uma corrida de touros às 15h30.

O espaço ExpoCartaxo também estará em funcionamento durante todo o evento, promovendo o artesanato e o comércio local.

A primeira Feira dos Santos de que há registo no Cartaxo terá nascido no século XVII, na Quinta do Senhor Jesus – então Quinta do Moinho da Fonte, célebre pelos milagres do Santo Cristo –, situada próximo do cemitério. A feira era inicialmente instituída no terceiro domingo de Agosto, passando mais tarde a realizar-se no dia 1 de Novembro.

Com o desenvolvimento de novos edifícios públicos afastados da Quinta do Senhor Jesus, a feira passou a realizar-se junto à Praça de Touros. A Rua do Carril, prolongando-se para a Perna de Pau, através da Rua dos Eucaliptos, tornara-se, com o advento do automobilismo, a Estrada Santarém-Lisboa que, com a consequente passagem de muitos automóveis, veio intensificar ainda mais o interesse dos feirantes por esta feira, transformando- a numa das maiores do Ribatejo.

Dada a sua importância no panorama regional, a Feira dos Santos era, muitas vezes, motivo de notícia na imprensa, inclusive na de âmbito nacional. Por exemplo, a 31 de Outubro de 1924, o Diário de Notícias publicava o seguinte, relativamente à Feira dos Santos do Cartaxo:

“(À feira) concorrem milhares de forasteiros de todos os pontos do país, que daqui saem satisfeitos com a franca hospitalidade desta gente encantados com as belezas naturais da região. Os feirantes também aguardam a Feira dos Santos como a grande recompensa de outras a que concorrem e não tiveram proveitos alguns. Dura oito dias, o que equivale a dizer que são oito dias de belas transacções no comércio, em artigos industriais, cascaria, frutas, louças, quinquilharias, calçado, ourivesaria, barracas de circo, cavalinhos, etc.”. (in “O Concelho do Cartaxo: o Vinho, a Terra e o Tejo”).

As célebres entradas de touros eram sempre motivo de muita agitação, registando-se por vezes fugas dos bravos animais, que no seu deambular pelas ruas iam destruindo e maltratando tudo o que lhes aparecesse no caminho.

Antes da sua deslocalização para o actual recinto – o Campo da Feira –, a Feira dos Santos realizou-se também nas Avenidas Novas.

Com mais-valias diferentes de outrora, a Feira dos Santos continua a manter uma grande tradição, representando por isso um grande contributo para a valorização da identidade do concelho.

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