Elementos da PSP e GNR reuniram-se esta terça feira, dia 06, pelas 19:00, junto ao Tribunal de Santarém para exigirem um suplemento de missão idêntico ao que foi atribuído à Polícia Judiciária (PJ).
Meia centena de polícias e militares da GNR presentes estabeleceram um cordão humano em redor do Tribunal como forma de manifestarem a sua insatisfação.
Um porta voz das forças de segurança presente no local disse ao Correio do Ribatejo que os protestos vão continuar até que seja dada “uma resposta concreta e efectiva” face ao motivo que os move que é o da paridade com o suplemento de missão atribuído à PJ.
Milhares de polícias da PSP e militares da GNR têm-se manifestado um pouco por todo o país, em luta por melhores condições salariais, exigindo um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.
Segundo a plataforma dos sindicatos da polícia e associações da Guarda, composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da GNR e criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança, as manifestações pretendem chamar a atenção para a “dignificação das carreiras da PSP e GNR”, que os sindicatos e associações consideram que “têm sido desconsideradas pelo Governo, com a ‘machadada final’ a ser a secundarização da PSP e GNR na atribuição do suplemento de missão da PJ”.
Os protestos começaram por iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, e estão a mobilizar cada vez mais elementos da PSP e GNR em todo o país, sendo as iniciativas organizadas através de redes sociais, como Facebook e Telegram.
Na base da contestação da PSP e GNR está a atribuição à PJ de um suplemento de missão, que, em alguns casos pode levar a um aumento de quase 700 euros mensais, acentuando dessa forma o fosso financeiro entre forças de segurança.