O vice-presidente da Câmara da Golegã disse hoje que o reconhecimento da Arte Equestre Portuguesa como Património Imaterial Cultural da Humanidade pela UNESCO é “uma forma de valorizar o território, a cultura e o património” do país.

“É importante e é uma forma de valorizar o nosso território, a nossa cultura e o reconhecimento da UNESCO é fundamental. Nós próprios enviámos essa candidatura e só dessa forma conseguimos preservar aquilo que de melhor temos e também dizer ao mundo que temos este reconhecimento”, disse Diogo Rosa.

A classificação, atribuída na reunião do Comité Intergovernamental para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, no Paraguai, resulta de um processo iniciado em 2015 pela Associação Portuguesa de Criadores do Puro-Sangue Lusitano (APSL), pela Parques de Sintra – Monte da Lua e pelo próprio município da Golegã.

“Nós, como capital do cavalo, desde o primeiro momento que aceitámos (participar na candidatura). Isto foi aceite por outros executivos e nós mantivemos essa posição”, explicou o autarca.

O vice-presidente acredita que esta distinção vai aumentar o turismo equestre no concelho e no país, referindo que este reconhecimento “não é apenas uma forma de garantir proteção, mas também uma oportunidade de promover a tradição a nível mundial”.

O município pretende também o reconhecimento da UNESCO para a Feira Nacional do Cavalo, um dos maiores eventos do género em Portugal, que se realiza anualmente na Golegã.

A autarquia acredita que a distinção poderá reforçar “a projeção internacional do evento” e consolidar ainda mais a posição da vila como “capital do cavalo”.

De acordo com os documentos da candidatura, as entidades promotoras propõem como medidas de salvaguarda desta prática a criação de um centro de investigação associado à Biblioteca Equestre D. Diogo de Bragança, no Palácio Nacional de Queluz, a garantia da Escola Portuguesa de Arte Equestre como instituição de referência no ensino e a integração da equitação como parte de um complemento ao currículo escolar, com base num projeto-piloto já existente na Golegã, entre outros.

O Comité Intergovernamental para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO está reunido até sábado na capital paraguaia e, entre as candidaturas apresentadas, conta-se ainda uma do Brasil sobre o modo de produção artesanal do Queijo de Minas, no Estado de Minas Gerais, no sudeste do país sul-americano, que vai ser votada na quarta-feira.

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