O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo vai hoje decretar três dias de luto nacional, entre sábado e segunda-feira, pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio.
Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu hoje aos 81 anos, depois de ter estado internado no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, desde 27 de Agosto, com dificuldades respiratórias.
Esta decisão, segundo o primeiro-ministro, está a ser assinada em Conselho de Ministros electrónico.
“O Conselho de Ministros electrónico está neste momento a decorrer e irá decretar o luto nacional por um período de três dias, sábado, domingo e segunda-feira. Em contacto com a família, serão ainda hoje anunciados as datas, os locais e horários dos diferentes momentos das cerimónias fúnebres que acompanharão o dr. Jorge Sampaio”, acrescentou António Costa, numa declaração a partir de São Bento.
Antes do 25 de Abril de 1974, Jorge Sampaio foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Actualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objectivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.