Hilário Teixeira foi eleito presidente da direcção da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Santarém (UDIPSS) no passado sábado, 6 de Junho, no Auditório da Estação Zootécnica Nacional, na localidade de Vale de Santarém, concelho de Santarém.

O novo presidente substitui Eduardo Mourinha que esteve no cargo durante cerca de 10 anos. A nova direcção é ainda composta pelo vice-presidente Fernando Ferreira, pela secretária Teresa Costa e pelo tesoureiro José Carlos Rodrigues.

Eduardo Mourinha deixa o cargo de presidente para assumir a presidência da mesa da assembleia-geral, acompanhado pelos secretários Carlos Dias e José Ribeiro Valbom.

No seu primeiro discurso como presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Santarém, Hilário Teixeira destaca a luta contra os lares ilegais na região.

“Os lares ilegais ainda proliferam um pouco por todo o lado. Conheço pouco, porque fruto da sua clandestinidade não sabemos bem o que se vai passando. Sabemos é que eles existem e existem em grande quantidade e provocam no nosso seio uma concorrência desleal”, afirma o presidente da UDIPSS.

Para o dirigente recém-eleito as autoridades devem encarar o problema de frente.

“As autoridades devem encarar este problema de frente e com a importância que ele tem, no sentido de dotar aquilo que são as instituições legais, e no nosso caso particular as instituições do sector não lucrativo, onde todos trabalham de uma forma sem excepções e de forma voluntária, sem receber qualquer remuneração e apenas exercendo o direito elementar de cidadania. Por isso pensamos que é tempo deste problema dos lares ilegais ser olhado de frente, de ser combatido e que se acabe com esta forma de concorrência desleal”, adianta.

Um dos objectivos da nova direcção é promover junto das instituições a iniciação dos projectos dos centros de noite nas localidades com mais despovoamento.

“Queremos desenvolver respostas sociais que ainda não estão devidamente desenvolvidas. Com o envelhecimento e com a despovoação temos de começar a pensar cada vez mais nos centros de noite. Nas zonas mais despovoadas e nas zonas mais recônditas do nosso distrito por vezes a maior dificuldade que tem, não é passar o dia mas sim a noite porque não tem companhia da família ou estão viúvos, não tem filhos ou se os tem não podem dar-lhes o apoio suficiente”, explica o dirigente.

O património das instituições, a renovação dos acordos com a segurança social, o apoio técnico aos associados e aos projectos sociais são ainda algumas das metas que a nova direcção quer alcançar.

Eduardo Mourinha, deixa o cargo de presidente Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Santarém ao fim de mais de uma década por razões de idade apesar de ainda se querer manter próximo do movimento associativo.

“Faço um balanço muito positivo destes anos à frente da UDIPSS. Desde que começamos em 1993, havia 35 associadas e neste momento temos 186. Houve um aumento muito grande de trabalho desde essa altura em que éramos poucos, embora com um número muito significativo de instituições. Com a criação de um gabinete técnico e a administrativo a UDIPSS melhorou muito”, afirma o agora presidente da Assembleia-Geral.

Apesar dos aspectos positivos, Eduardo Mourinha deixa a nota negativa para a falta de apoios à instituição durante o período pós-troika.

“Os apoios financeiros têm sido insuficientes, tanto da parte da Segurança Social que deixou de nos comparticipar desde 2013 por sermos uma estrutura intermédia, mas também das Câmaras Municipais da região, que apesar dos vários pedidos de apoios só agora em 2019 apenas cinco delas responderam que sim e com verbas que pequenas, nem pedimos muito apenas 55 euros por instituição. As que responderam ao apelo foram as mais pequenas.”, conclui o dirigente.

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