Foi ontem apresentado, no grande auditório do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), o documentário sobre a história e evolução da Feira Nacional de Agricultura (FNA), que este ano assinala uma tripla efeméride: 70 anos da Feira do Ribatejo, o 60º aniversário da Feira Nacional de Agricultura e os 30 anos de atividade do CNEMA.

“Temos orgulho no nosso percurso histórico, mas mais orgulho ainda em termos chegado até aqui. Sempre numa trajectória ascendente e com uma postura, não do que envelhece, mas do que e se adapta, se renova e melhora a cada passo da sua existência”, afirma a administração do CNEMA.

O documentário, intitulado “A Feira é a Festa”, revisita toda a História do certame, que começou por realizar-se no ‘Campo da Feira’, doado pela família Infante da Câmara à cidade. Foi neste local que nasceu em 1953, a Feira do Ribatejo, que dez anos depois passou a ser simultaneamente a Feira Nacional de Agricultura.

Este documento histórico reúne o contributo de várias personalidades da cidade, entre os quais João Paulo Narciso, director do Jornal Correio do Ribatejo (publicação que acompanha o certame desde a sua génese), arquitecto Carlos Guedes de Amorim (responsável pelo projecto do edifício do CNEMA), Nuno Domingos (actual vereador da Cultura na Câmara de Santarém), Ricardo Gonçalves (presidente do Município), que partilham as suas memórias e dão uma visão abrangente acerca da importância que a FNA tem assumido ao longo destas décadas.

Nas palavras da administração do CNEMA: “Crescemos e tornámo-nos mais fortes. Mais presentes na vida dos portugueses, mas também mais atentos a além-fronteiras. Acreditamos na excelência dos nossos profissionais e dos nossos produtos, mas queremos estar a par do que acontece pelo mundo, aprender com ele e partilhar o valor do que criamos e temos para dar”.

“Foi preciso chegar aqui para saber que acompanhámos os tempos e que queremos continuar a melhorar. Continuar a aumentar a nossa oferta, continuar a divulgar e apostar na inovação e desenvolvimento do sector.”, conclui.

Situado apenas a 2 Km do centro da cidade, o CNEMA foi inaugurado em 1994, sendo o resultado da necessidade imperativa de construir um parque de exposições moderno e adequado às exigências da evolução da Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo, evento anual tem projectado o nome de Santarém.

A necessidade de mudança começa a sentir-se em finais da década de 70. As edições posteriores da Feira são cada vez mais orientadas para os aspectos técnicos e para os problemas da Agricultura e a entrada de Portugal na CEE. Enquanto isso, a crescente ocupação da área disponível começa a tornar-se exígua para as pretensões dos expositores.

De facto, a nítida evolução do certame “Feira Nacional de Agricultura” acentuou as insuficiências do Campo Emílio Infante da Câmara para a desejável expansão da feira. Mesmo com as experiências de polivalência que se tentaram, o recinto estava desajustado das modernas necessidades dos expositores e do público.

No início da década de 80 o então Presidente da Câmara de Santarém, Ladislau Teles Botas, afirma que “a Câmara está empenhada em mudar o local da feira, pois é visível o seu estrangulamento”. Para esse fim, adquirem-se alguns terrenos na Quinta das Cegonhas que possibilitam a realização de algumas provas e exposição de máquinas agrícolas. Assim, em 1989 é assinada a constituição da sociedade “CNEMA” que dá vida ao atual Centro Nacional de Exposições.

Em 1994, por ocasião da Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo, dá-se a mudança para as actuais instalações. Moderno, funcional e polivalente, o Centro Nacional de Exposições trouxe mais valias à Feira, não só para os expositores – que passaram a dispor de condições ideais para mostrarem e promoverem os seus produtos – mas também para os visitantes, cujo número tem crescido ano após ano, graças aos espaços e facilidades que aqui passaram a dispor.

Parque de polivalência sem igual no país, integra não apenas infra-estruturas e equipamentos necessários à concretização de Feiras, Exposições e Congressos, mas permite a realização dos mais variados eventos de carácter Lúdico e Desportivo, uma vez que responde numa óptica de desenvolvimento integrado, às necessidades da região e de todo um país, em que a par da tradição agrícola vem crescendo a atividade industrial.

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