A cerimónia de inauguração do Monumento em Homenagem aos Combatentes da freguesia de Pontével, Cartaxo, realizou-se no passado dia 7 de Dezembro, tendo como anfitrião o presidente da Junta da Freguesia local, Jorge Pisca.
O Monumento é constituído por três painéis em pedra, interligados entre si, formando um prisma triangular, onde se encontram registados os nomes de todos os filhos naturais desta localidade que cumpriram a sua missão no âmbito das obrigações militares nas três antigas Províncias Ultramarinas, nomeadamente: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, não tendo ficado esquecidos também os que serviram no Estado Português da Índia Portuguesa, Timor e em Macau.
Numa das faces do monumento, encontram-se também gravados quatro brasões: o da Câmara Municipal do Cartaxo, Junta de Freguesia de Pontével, da Liga dos Combatentes e também o da Associação de Pontével, denominada por Rio da Fonte, de defesa do património histórico e ambiental.
Para além do presidente da Junta de Freguesia anfitriã, marcaram presença no acto inaugural do monumento, João Heitor, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo; Paulo Neves, presidente da Assembleia Municipal do Cartaxo; Luís Vieira, presidente da Assembleia de Freguesia; Carlos Pombo, presidente do Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes; Fernando Santos, representante da Comissão Pró-memorial e presidente da Associação Rio Da Fonte, entre outras entidades civis, militares e religiosas.
Associaram-se ao evento cerca de 200 pessoas, nomeadamente, antigos Combatentes e outros residentes na freguesia.
Foi cumprido ao pormenor todo o guião protocolar que incluiu a bênção do Monumento pelo Padre Miguel Ângelo, da Paróquia de Pontével.
Ao longo da cerimónia foram várias as intervenções tendo Jorge Pisca salientado tratar-se de um momento há muito ambicionado que servirá também como um marco na passagem do testemunho aos jovens, nomeadamente os mais altos valores patrióticos e a devida gratidão ao esforço, espírito de sacrifício, coragem, abnegação e contributo que os filhos daquela terra deram nas várias zonas de conflito em terras distantes, acabando lamentavelmente por seis filhos desta terra tido tombado em combate.
“Este monumento não apaga a dor dos Combatentes e das suas Famílias, mas é um permanente reavivar da memória de todos, para que tenhamos consciência da necessidade imperiosa de evitar a guerra”, afirmou Jorge Pisca.
Carlos Pombo, presidente do Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes enfatizou o facto dos muitos jovens terem regressado com traumas após terminadas as suas obrigações militares, merecendo estes a nossa especial atenção, nomeadamente os Deficientes das Forças Armadas e aos que sofrem de Perturbação Stress Pós-Traumático de Guerra.
O presidente do Núcleo de Santarém evocou ainda as mulheres que viram partir os seus entes queridos, maridos, noivos, irmãos, pais, netos e acima de tudo, os seus filhos. Realçando que elas, longe das várias frentes de batalha, desempenharam um papel essencial no moral dos que combatiam.
Todos os discursos realçaram o respeito, dignidade e valores pelos contributos que os nossos Antigos Combatentes tinham dado, tendo cabido ao presidente da autarquia, João Heitor encerrar as intervenções.
A cerimónia prosseguiu com a deposição de coroas de flores junto ao Monumento, tendo a mesma terminado, com o Cerimonial de Homenagem aos Mortos caídos em Combate e a leitura de um poema pela jovem Carolina, de 14 anos de idade, intitulando-se: “Da Flor e Da Música”. Poema de autoria Tenente-General Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Direção Central da Liga dos Combatentes, homenageando os Combatentes, através do simbolismo das coroas de flores e do Toque de Clarim, adequado a este Momento Cerimonial na Freguesia de Pontével.