Inês Colaço Caetano, residente em Alcanena, estreou-se em palco com apenas 6 anos, quando, numa passagem de ano decidiu subir ao palco e cantar o tema “Eu gosto é do Verão” dos Fúria do Açúcar, num hotel em terras algarvias.

Daí começou a crescer na vida e na música. Conta que o fado foi a sua primeira paixão, e aos 15 anos cantou-o pela primeira vez no Cineteatro de Alcanena. Diz ter o sonho de partilhar palco com a fadista Ana Moura, uma das suas principais referências na música portuguesa, a par de Marisa Liz ou de Rui Veloso.

É fundadora do projecto Inspirit, com o qual quer dar a volta ao mundo e dar a conhecer a música portuguesa e o fado com quem se cruzar.

Como é que apareceu a música na sua vida?

Desde que me lembro de existir que me lembro de cantar. Os meus avós paternos sempre cantaram e via na minha avó o maior exemplo na música, ela foi uma das grandes impulsionadoras desta paixão.

A minha família sempre me apoiou desde o primeiro momento e isso foi essencial.

Nunca faltaram a 1 único concerto. Sempre estiveram presentes na primeira fila desde as pequenas actuações na escola ao concerto no Mercado da Ribeira emLisboa. Os meus pais sempre colocaram a música como uma das prioridades e sempre me incentivaram a seguir os meus sonhos.

Quando é que decide ser música?

Sempre partilhei a música com outras paixões e acho que é isso que me dá o equilíbrio que sinto que é necessário na música. É uma área difícil, muito competitiva e apesar de existir espaço para muitos talentos, lotada. Por isso faço-o de forma descontraída, com o melhor que tenho e sem compromissos. Desde o primeiro dia em que pisei um palco, em que senti a adrenalina e a felicidade de cantar para um público que sei que a música veio para ficar.

Cantar irá sempre fazer parte de mim, é algo que faço realmente com o coração e com muito amor, e quero continuar a fazer para sempre, ainda que não seja a minha principal actividade.

Quando foi a primeira actuação em público?

A primeira actuação em público foi aos 5/6 anos, numa passagem de ano num Hotel no Algarve em que resolvi ao palco para cantar o tema de Fúria do Açúcar “eu gosto é do Verão”. Mais oficialmente, foi aos 15 anos, no Cineteatro de Alcanena, concelho onde vivo. Aqui cantei fado pela primeira vez para uma plateia. O tema que escolhi foi Ó gente da minha terra com letra original de Amália Rodrigues e interpretação de Mariza. Ainda me lembro da sensação antes de entrar em palco pela primeira vez. Achava que era por ser a primeira vez, mas a verdade é prevalece até hoje. Depois, entrei para a banda musical No Key onde o Miguel (namorado de há10 anos, e recentemente noivo) era guitarrista.

Aqui começámos a dar concertos e mais tarde criámos um projecto em duo com o nome Dândi. Actuámos um pouco por todo o país, sendo que o Mercado da Ribeira em Lisboa foi um dos concertos que mais nos marcou. Este último projecto, ficou em stand-by, dando lugar aos Inspirit, o nosso novo projecto que junta a música e as viagens.

Em que é que se inspira para produzir as suas músicas?

Para fazermos as nossas músicas inspiramo-nos nas experiências que vivemos. O mais recente tema em que estamos a trabalhar que terá o título de “This is the song that guides the way”, fala da importância de seguirmos os nossos sonhos ainda que isso implique deixar muitas coisas para trás.

Quais são as suas grandes referências musicais?

Temos artistas incríveis no nosso país, em todos os estilos musicais. A Ana Moura, Mariza Liz e o Rui Veloso são alguns daqueles em que me inspiro. A nível internacional a Amy Winehousee e o Bryan Adams são duas grandes referências.

Porque escolheu o Fado, e o que significa para si?

Apesar de gostar de cantar vários estilos de música, o fado foi a minha primeira paixão e é onde me sinto em casa. Via a minha avó paterna a cantar e aprendi a gostar de fado com ela. Adorava ouvi-la, com a sua voz doce e emoção, enchia uma sala. Isso fez-me apaixonar pelo fado e pelos bons convívios e momentos que ele traz consigo. É algo tão nosso, tão português e tão especial.

Com quem gostaria um dia de partilhar o palco?

Tenho uma grande admiração pela Ana Moura. Um dos primeiros fados que cantei foi os Búzios. Seria muito especial um dia poder partilhar um palco com ela para cantarmos este tema. Identifico-me muito com a sua voz, estilo musical e forma de ver o fado.

Como concilia o seu trabalho com a música?

Sinto que sempre o fiz durante toda a minha vida. A música sempre esteve presente, mas nunca sozinha. Sempre estudei e trabalhei, conciliando com os concertos ao fim de semana e algumas vezes durante a semana também. No início deste ano, eu e o meu namorado largámos o trabalho e a vida que tínhamos em Portugal e partimos para a Ásia. Viajámos durante 6 meses, desenvolvendo também projectos de voluntariado na área da conservação e das comunidades locais, escolas e a cantar em lugares bonitos, onde o Miguel me acompanha sempre na guitarra e nas aventuras.

Que objectivos tem para o futuro?

Os meus objectivos num futuro próximo, são continuar a viajar pelo Mundo, a conhecer pessoas, culturas, partilhar música e receber. Em Abril deste ano, no Nepal, nepaleses, portugueses, americanos e alemães juntaram-se à volta de uma fogueira no meio dos Himalaias para cantar o Desfado. Depois, cantámos temas nepaleses e criámos momentos que nunca iremos esquecer. A música une pessoas e queremos vê-la sempre como um elo de ligação entre diferentes povos de diferentes lugares e realidades.

Qual é a vertente da música que mais gosta?

Adoro música no geral. Gosto muito de fado, indie folk, rock e blues.

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