Foto de arquivo
Foto de arquivo

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, Pedro Ribeiro, congratulou-se com a aprovação da criação da NUTS II Oeste e Vale do Tejo, considerando que vai permitir uma maior homogeneização do território.

A criação da NUTS II Oeste e Vale do Tejo “é uma reorganização territorial que nos vai permitir passar a ter estratégias comuns”, numa única Comissão de Coordenação e Desenvolvimento (CCDR), disse à agência Lusa o presidente da Lezíria do Tejo, que também preside à Câmara Municipal de Almeirim.

Além disso, acrescentou, “os próximos fundos comunitários, que são os 2030, já terão isso em consideração”.  

Pedro Ribeiro (PS) reagia à aprovação, em Bruxelas, da proposta de criação da NUTS II Oeste e Vale do Tejo, confirmada pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que afirmou que a medida aguarda publicação no jornal oficial da União Europeia.

“Estamos a falar de coisas a muito longo prazo, agora se me perguntar se foi um momento importante, foi. Se me perguntar quando tem efeitos, é daqui a sete anos”, salientou o autarca.

Para o presidente da Lezíria do Tejo, composta por 11 municípios, “este é o princípio de algo que só terá repercussões daqui a uma década, mas era um caminho que se tinha de fazer”.

Este é o momento, acrescentou, de os “municípios se começarem a preparar para o futuro” de uma nova região que integrará as NUTS II Oeste, Médio Tejo e Lezíria do Tejo.

As Nomenclaturas de Unidades Territoriais (NUT) são unidades territoriais para fins estatísticos que também são importantes para a distribuição e aplicação de fundos comunitários.

Na actual divisão administrativa, a região da Lezíria depende da CCDR Lisboa e Vale do Tejo em termos de território e da CCDR Alentejo no que toca a fundos comunitários.

“Com esta mudança passamos a ter um território mais homogéneo em termos de NUTS e esta homogeneização é importante para as futuras regiões”, disse ainda Pedro Ribeiro, defensor confesso da regionalização.

O parlamento aprovou em 22 de Dezembro, em votação final global, um diploma do Governo para, entre outras alterações, a criação das comunidades intermunicipais (CIM) da Grande Lisboa e da Península de Setúbal, compostas, respetivamente, pelos concelhos a norte e a sul do Tejo da atual Área Metropolitana de Lisboa (AML), sem colocar em causa a manutenção da AML.

A nova lei foi aprovada com os votos a favor de PS, PCP, BE e Livre e com as abstenções de PSD, Chega, Iniciativa Liberal e PAN, assim como dos deputados socialistas Pedro do Carmo, Norberto Patinho e Capoulas Santos.

A alteração ao modelo de organização administrativa do território ao nível das entidades intermunicipais inseriu-se no processo de revisão das NUTS, para permitir às regiões abrangidas maior acesso a fundos comunitários.

Isto traduziu-se na criação de uma NUTS II e de uma sub-região NUTS III na Península de Setúbal, que deixa assim de estar inserida na AML no âmbito do acesso a fundos comunitários, bem como na constituição das CIM do Oeste, Lezíria do Tejo e Médio Tejo (integradas na região de Lisboa e Vale do Tejo) como uma NUTS II.

As três CIM da Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Oeste dependem da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo em termos de ordenamento do território, mas integram as CCDR Centro (OesteCIM e CIM Médio Tejo) e Alentejo (CIM Lezíria do Tejo) para os fundos comunitários.

Leia também...

Mais de 18 mil a banhos nas piscinas de Rio Maior neste Verão

Esta foi a terceira época balnear das renovadas piscinas exteriores de Rio…

Greve da IP na quarta-feira pode causar perturbações na circulação de comboios

Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) vão estar em greve na…

Santarém entre os distritos mais seguros do País

Barómetro de Segurança da Securitas Direct de 2020.

Circuito de mobilidade urbana para seniores em Santarém “tem sido um sucesso”

Santarém dispõe de um circuito de mobilidade urbana destinado, principalmente, à população…