O Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes assinalou o 105º aniversário da “Batalha de La Lys” junto ao monumento do “Soldado Desconhecido”, no Jardim Portas do Sol, na quinta-feira, 6 de abril pelas 11 horas.

João Teixeira Leite, Vice-presidente da Câmara Municipal de Santarém, Diamantino Duarte, Presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, e Carlos Sá Pombo, Presidente do Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes, marcaram presença nesta cerimónia que assinala a participação portuguesa na Grande Guerra Mundial.

João Teixeira Leite afirmou que “devemos viver o presente a pensar no futuro, sem nunca esquecer o passado que honra a nossa história, a nossa memória coletiva. Aquilo que hoje estamos aqui a fazer, de uma forma baste profunda e sentida, é uma homenagem a milhares de homens, no caso concreto desta batalha foram 500 homens aproximadamente, que perderam o valor maior das nossas vidas, que é a própria vida. Sem esquecer os milhares de prisioneiros que esta batalha também teve e os milhares de outros combatentes que ao longo de muitos anos deram a vida, pela nossa pátria, pelo nosso país e pela nossa história. Somos o que somos hoje, devido a muitos que deram a sua vida por nós”.

O Vice-presidente da CMS lembrou as famílias dos combatentes afirmando que é “sobrinho de um homem que perdeu a vida na Guerra, irmão do meu pai, e sei desde pequeno o impacto que isso representa nas famílias e o impacto que teve na vida do meu pai, que perdeu o seu irmão mais velho. Portanto, às famílias, às mulheres e aos homens que perderam os seu ente-queridos, uma palavra de apreço e de homenagem. Nas nossas ações do dia-a-dia, devemos honrar com bravura, com dedicação e com amor ao nosso país, tudo aquilo que estes homens fizeram no passado. Desta forma estamos também a homenageá-los”.

De referir que, “a Batalha de La Lys (7 a 29 de abril de 1918) foi uma enorme ofensiva militar alemã focada ao norte da fronteira franco-belga, na região da Flandres, durante a Primeira Grande Guerra. Também conhecida como Operação Georgette, Ofensiva do Lys, Quarta Batalha de Ypres, Quarta Batalha da Flandres e Batalha de Estaires, fez parte da chamada Ofensiva de Primavera, onde os alemães pretendiam romper as linhas Aliadas de uma vez por todas na Frente Ocidental europeia. Foi planeada pelo general Erich Ludendorff e de início teria um alcance bem maior, mas acabou sendo reduzida em escala. Parte dos planos era tomar de vez a região de Ypres e expulsar os britânicos dos portos belgas. Foi lançada como uma sequência a Operação Michael, também travada no contexto da Ofensiva de Primavera alemã. No final, a Operação Georgette acabou por falhar os seus objetivos principais e terminou de forma inconclusiva para os alemães no quadro geral da guerra, dando vantagem tática aos Aliados.

Nesta batalha, que marcou negativamente a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, os exércitos alemães infligiram uma pesada derrota às tropas portuguesas, constituindo o maior desastre militar português depois da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578.

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