O livro “Vida e Obra de José Saldanha Oliveira e Sousa – Director da Casa da Moeda e Papel Selado nos finais do século XIX”, da autoria de Martinho Vicente Rodrigues, foi lançado no passado 17 de Dezembro (quinta-feira), no Palácio de Landal, no centro histórico de Santarém.
A obra, em dois volumes, é mais um contributo “para o estudo dos Saldanhas em Santarém”, iniciado com “Saldanhas / Condes e Marqueses de Rio Maior”, também da autoria de Martinho Vicente Rodrigues, lançado em 2014.
Segundo o autor, este livro, com edição do Centro de Investigação Veríssimo Serrão, resulta da “gratidão manifestada com entusiasmo e verdade ao estudioso investigador de grande amor à ciência, José Luís de Saldanha Oliveira e Sousa”.
Ao longo das suas 1118 páginas, Martinho Vicente Rodrigues proporciona uma revisitação à história pelo “testemunho dos tempos”, no quadro da viragem do século XIX, para o século XX, raízes do nosso tempo.
“A Vida e Obra, de José Luís de Saldanha Oliveira e Sousa / Director da Casa da Moeda e Papel Selado nos fins do Século XIX, tem no seu espaço a actividade preponderante de José Luís de Saldanha Oliveira e Sousa, nos fins do século XIX, numa visão que se radica, nos caminhos que Portugal trilhava; políticos, sociais, económicos e culturais, em que tanto esteve envolvido. Na sua exuberância, como Director da Casa da Moeda soube, com a sua persistente vontade e inabalável aplicação, multiplicar projectos com a sua tensão infatigável, até encantar o Visconde de Juremanha, quando numa visita à Casa da Moeda e Papel Selado, então na rua de São Paulo, em Lisboa, que ali tinha o seu sítio, desde 12 de Setembro de 17202”, refere o autor.
“Aqui estamos nesta sagacidade a quebrar o silêncio da função de uma das mais antigas casas de Portugal, a dos Condes de Rio Maior, que tiveram o seu berço em Saldanha, no século VIII, florilégio de tantos homens ilustres, que por largos acontecimentos históricos praticaram obras valorosas, e cujo nome fulgura brilhantemente nos anais gloriosos da história portuguesa. Os Saldanhas não viveram uma vida individual, ausente da sua época, mas muito quinhoada, em permanentes desafios na contemporaneidade”, refere ainda o investigador nesta obra.
“Os livros nascem para serem veículos de ideias. Tornam-se liberdade, objectos novos, em função dos seus leitores e este livro proporciona a vertigem da reflexão para uma revisitação da história”, conclui o historiador Martinho Vicente Rodrigues.