A região do Médio Tejo, composta por 11 municípios de Santarém e dois de Castelo Branco, está a ser monitorizada por 12 câmaras de videovigilância, no âmbito da prevenção de incêndios, disse a presidente da Comunidade Intermunicipal.

Em declarações à Agência Lusa, a presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Maria do Céu Albuquerque, disse que a região “tem já instaladas e a funcionar 12 torres de videovigilância e de apoio à decisão”, equipamentos que “cobrem todo o território” e estão ligados a dois Centros de Gestão e Controlo, um em Santarém e outro em Castelo Branco.

O Sistema de Acompanhamento e Apoio Remoto à Decisão Operacional, no âmbito da prevenção e gestão de riscos de incêndio, implicou um investimento na ordem dos 750 mil euros na região do Médio Tejo, financiados pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), com uma comparticipação de 95 por cento do Fundo de Coesão.

Além das câmaras de videovigilância, que permitem “captar, monitorizar e trabalhar os dados adquiridos” de forma a “potenciar de forma determinante a intervenção naquilo que é a prevenção, por um lado, e o combate, por outro”, Maria do Céu Albuquerque disse ainda que o investimento “incluiu a requalificação do Centro de Gestão e Controlo do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém e Castelo Branco”.

A presidente da CIMT, que também preside à Câmara Municipal de Abrantes e à Protecção Civil do Distrito de Santarém, acrescentou que aquele sistema vai ao encontro de uma estratégia que possibilite uma intervenção mais rápida na verificação de riscos de incêndio e um apoio à decisão mais eficiente no combate aos fogos rurais.

“O sucesso do combate [aos incêndios] tem a ver com a rapidez de colocação de meios no terreno”, defendeu, tendo feito notar que, neste contexto, “reforçou-se as dimensões transversais de monitorização, comunicação e planeamento em matéria preventiva de combate a incêndios, pelo aumento da capacidade operacional em termos de antecipação, reacção e recuperação face à ocorrência”.

As torres de videovigilância, igualmente equipadas com estações meteorológicas, estão instaladas em Abrantes (Torre de Telecomunicações de Abrantes e São Facundo), em Alcanena (Serra d’Aire e Santa Marta), Ferreira do Zêzere (Serra de Santa Catarina), Mação (Bando dos Santos), Ourém (Alburitel e Cabeço Óbidos), Sertã (São Macário, Serra do Viseu, Cabeço do Rainho (retransmissor) e Vila de Rei (Melriça).

Além do Médio Tejo, também vão ser instaladas, este verão, câmaras de videovigilância nas regiões da Beira Baixa, Lezíria do Tejo e Região de Leiria, anunciou o Ministério da Administração Interna.

A CIMT está também a trabalhar um plano de adaptação às alterações climáticas com vista à elaboração de estratégias locais de adaptação, para posterior implementação de algumas das medidas identificadas, prevendo-se que o mesmo esteja concluído no decorrer do segundo semestre de 2018.

Com um investimento de 230 mil euros e um apoio de 85 por cento do Fundo de Coesão, o objectivo é “identificar os ajustes necessários a preconizar nos sistemas naturais ou humanos, em resposta a estímulos climáticos (observados ou projectados) com o objectivo de aumentar a resiliência desses sistemas”, além de “identificar as acções necessárias para adaptação às alterações climáticas ao nível das populações, dos serviços públicos, bem como transversais a todos os sectores socioeconómicos.

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