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Os 32 migrantes infectados pelo novo coronavírus que foram transferidos na quarta-feira para o Campo Militar de Santa Margarida, no concelho de Constância, “mantêm-se assintomáticos” e “foram todos testados”, afirmou fonte da Unidade de Saúde Pública local.

“Os testes foram feitos durante a tarde de hoje, com a colaboração do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, e temos estado a emitir os certificados com as explicações dos testes” aos migrantes, disse a delegada da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo, adiantando que “estão todos assintomáticos” e que os resultados dos testes deverão ser conhecidos até domingo.

Maria dos Anjos Esperança afirmou “contar ter os resultados dos testes durante o dia de sábado, ao final do dia, ou no domingo de manhã”, para “depois se definir para onde seguirão” os 32 migrantes, sendo certo que “se testarem negativo têm alta” médica.

“Se os testes forem todos negativos vão para perto dos seus familiares ou da sua comunidade e levarão consigo um certificado para saberem explicar e saberem dizer o que se passou”, adiantou, lembrando as dificuldades de comunicação entre pessoas que vieram de outros países e a necessidade de apoio de intérpretes para as ajudar a entender os motivos do confinamento no Campo Militar de Santa Margarida e os passos que se vão seguir.

Na quinta-feira, fonte do Governo disse que os 32 migrantes infectados pela covid-19 que foram transferidos no dia anterior para o Campo Militar de Santa Margarida manifestaram “algumas hesitações” em continuarem confinados, mas “já foi resolvida essa resistência”.

“Relativamente à transferência dos cidadãos migrantes que estavam na Ota, confirma-se que foram transferidos. Os que tiveram resultados negativos nos testes foram para soluções de alojamento na Área Metropolitana de Lisboa. Os positivos, efectivamente, foram para o Campo Militar de Santa Margarida, para garantir o seu acompanhamento sanitário e a continuação do confinamento até terem testes negativos”, indicou fonte oficial da Secretaria de Estado para a Integração e as Migrações.

No processo de transferência dos migrantes infectados, verificou-se “algumas hesitações e alguma dificuldade em entender que teriam de continuar confinados”, referiu a mesma fonte.

Quanto aos 24 migrantes que testaram negativo à covid-19, a mesma fonte não tem conhecimento de que tenha havido qualquer tipo de dificuldades, adiantando nesse dia que os cidadãos estavam a ser transferidos para diferentes locais, para soluções de alojamento na Área Metropolitana de Lisboa, em articulação com diferentes entidades, inclusive o Instituto da Segurança Social e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Segundo fonte oficial da Câmara de Alenquer, dos 56 migrantes que se encontravam na Base Aérea da Ota, 32 foram transferidos para o Campo Militar de Santa Margarida, em Constância, e os restantes para Lisboa, separados em dois grupos de 16 e oito, e divididos por dois locais diferentes na capital.

A mesma fonte explicou que os 56 foram separados em função de testarem negativo ou positivo à covid-19, das etnias e religiões a que pertencem e face à necessidade de a Força Aérea ter de voltar a receber alunos e ter de preparar o próximo ano lectivo. Para a Unidade Militar de Santa Margarida, foram transferidos os que continuavam infectados.

O primeiro grupo de 58 migrantes foi transferido da Ota a 8 de Maio, seguindo-se um segundo, de 52, no dia 14.

Em 20 de Abril, foram colocados em quarentena na Base Aérea da Ota, no distrito de Lisboa, 171 cidadãos estrangeiros requerentes de asilo que estavam hospedados num ‘hostel’ em Lisboa, por a grande maioria ter testado positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Até ao momento, Direção-Geral da Saúde contabilizou 1.289 mortos associados à covid-19 em 30.200 casos confirmados de infecção.

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