Milhares de migrantes são esperados na Cova da Iria nos dias 12 e 13, para a Peregrinação Internacional Aniversária de Agosto, que evoca a quarta aparição de Nossa Senhora de Fátima e que será presidida pelo cardeal Marc Oullet.

O Santuário de Fátima explica que nesta peregrinação será evocada “a única das seis aparições da Virgem que não aconteceu na Cova da Iria”.

“Nesse dia, os três videntes estavam retidos em Ourém, pelo que Nossa Senhora apareceu seis dias depois nos Valinhos, data que é assinalada no dia 19 de Agosto, com um programa nocturno próprio”, acrescenta.

Marc Oullet é canadiano e sacerdote da Companhia dos Padres de São Suplicio. É doutorado em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e cardeal desde Outubro de 2003.

Foi consultor de vários dicastérios da Cúria romana e é, desde 2010, o prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Pontíficia Comissão para a América Latina.

Nesta peregrinação será também lembrado o Muro de Berlim, “construído de 12 para 13 de Agosto de 1961 e que dividiu a cidade de Berlim em duas, por um período de cerca de 30 anos, marcados pelo clima de guerra fria entre a Europa ocidental e a Europa de leste”, refere o Santuário.

Durante a procissão das velas, haverá uma paragem e uma oração junto ao pedaço do muro que se encontra em Fátima e que foi oferecido por um português residente na Alemanha.

Esta Peregrinação Internacional Aniversária integra a Peregrinação Nacional do Migrante e Refugiado, considerada um dos pontos altos do programa da Semana Nacional das Migrações, promovida pela Igreja Católica de 11 a 18 de Agosto, cujo tema é “Não são apenas migrantes”.

“Agosto é, de facto, um dos meses em que Fátima recebe mais migrantes, sobretudo da diáspora portuguesa”, sublinha o santuário.

O início da peregrinação está marcado para o dia 12, às 18:30, na Capelinha das Aparições e, à noite, haverá a recitação do rosário, seguida da procissão das velas e da missa da vigília.

A missa internacional começa às 10:00 do dia 13 e integra “a tradicional oferta do trigo, pelos peregrinos, no momento da apresentação dos dons”.

Este é “um ritual que se celebra desde 13 de Agosto de 1940, quando um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica, de 17 paróquias da diocese de Leiria, ofereceu 30 alqueires de trigo destinados ao fabrico de hóstias para consumo no Santuário de Fátima”, explica.

No ano passado, o santuário recolheu 4.685 quilos de trigo e 327 quilos de farinha oferecidos pelos peregrinos.

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