Todos os elementos que frequentam o curso do militar internado na terça-feira com prognóstico reservado foram esta sexta-feira sujeitos a uma colheita de sangue, confirmou à Lusa a porta-voz do Exército, Elisabete Silva.
Inicialmente a porta-voz disse à Lusa que tinham sido sujeitos a análises 140 militares que estavam a frequentar um curso em Santa Margarida da Coutada, em Constância, mas depois rectificou a informação, adiantando que no total são 164 militares incluindo os responsáveis e formadores do curso.
Elisabete Silva referiu à Lusa que, no seguimento do internamento e transplante de fígado de um jovem que frequentava o curso “foi aberto um processo de averiguações e no âmbito do mesmo foram feitas 164 análises clínicas” dado que “as informações clínicas não são conclusivas”, fazendo parte das diligências do processo.
A colheita para a realização das análises foi transportada pela GNR para o Hospital Militar do Porto e, segundo a porta-voz, ainda não há previsão de quando estarão prontas.
O curso frequentado por 141 militares para a promoção à categoria de segundo cabo teve a duração de seis semanas e termina hoje em Santa Margarida.
O militar que foi internado na terça-feira foi entretanto submetido a um transplante de fígado, que “correu bem”, disse também à Lusa Elisabete Silva, indicando que o prognóstico se mantém reservado e que se aguarda a evolução clínica do doente.
Na altura, a porta-voz do Exército esclareceu que a informação transmitida inicialmente de que o militar teria sofrido um golpe de calor – durante uma prova que ocorreu na terça-feira, em Santa Margarida da Coutada, no distrito de Santarém – “está fora de questão”, mas “ainda não se sabe” o verdadeiro motivo do incidente.
“Não houve excesso de esforço físico, era um esforço físico completamente normal para qualquer militar, as condições a nível de hidratação dos militares estavam completamente garantidas, de alimentação, de apoio médico”, referiu a porta-voz.
Numa nota publicada no ‘site’ da Presidência da República, é dado conta de que Marcelo Rebelo de Sousa, que é também Comandante Supremo das Forças Armadas, visitou o militar antes da cirurgia.