Em 1984 tiveram início, no ISLA de Santarém, os dois primeiros cursos, iniciando-se um percurso que, ao longo de 38 anos, contou com o empenho e a dedicação de muita gente – administradores, professores, funcionários, parceiros institucionais, e sobretudo, dos estudantes que desde a primeira hora acreditaram na instituição. Em entrevista ao Correio do Ribatejo, Domingos Martinho, director do ISLA de Santarém, fala deste percurso e de um projecto educativo orientado para as necessidades da região.

Como é que o ISLA de Santarém, aos 38 anos de vida e de experiência, se posiciona em termos de projecto educativo e qual a oferta formativa diferenciadora que têm para oferecer?
O ISLA – Instituto Superior de Gestão e Administração de Santarém posiciona-se como um projecto educativo orientado para a região. Em 2013, foi definido o projecto que continuamos a implementar, com sucesso, que passou, por diversificar a oferta formativa, relevante e atractiva, e que fosse ao encontro das necessidades das pessoas da região.
Estes 38 anos são, assim, assinalados no âmbito do desenvolvimento de um projecto que se iniciou em 2013. Esse plano assentou, fundamentalmente, em seis eixos: a continuação do eixo “ensino” e consequente diversificação da actividade de ensino, procurando corresponder àquilo que identificámos na região como necessário e que o ISLA achava que tinha capacidades, competências e conhecimento para poder desenvolver. Depois, o eixo Investigação: fundamentalmente investigação aplicada, que é cada vez mais importante no âmbito do ensino superior politécnico. Um outro eixo que desenvolvemos está relacionado com a vertente de serviço à comunidade, porque as instituições de ensino superior não vivem viradas para si próprias; a vertente internacionalização, quer do ponto de vista de proporcionar melhores oportunidades de mobilidade aos nossos estudantes, quer na perspetiva de atrair estudantes internacionais. Outro eixo consiste na valorização do trabalho dos docentes e funcionários não docentes com uma aposta significativa na qualificação académica do corpo docente e na formação continua dos funcionários.
Tudo em linha com uma vertente que é estrutural na escola, que é a da sustentabilidade do projecto e, sobretudo, sustentabilidade financeira. Passámos anos difíceis com a crise, depois, surgiu ainda a pandemia, e ficamos sem saber o que foi mais difícil.
Tudo isso fez com que nós definíssemos onde queremos estar em 2023. O nosso objectivo, na vertente do equilíbrio estrutural e financeiro nunca esqueceu o primeiro eixo que consistia em conseguir ter melhores instalações, com mais espaços para o trabalho de toda a comunidade académica. Pretendíamos aumentar os espaços para o dobro. Com a aquisição do edifício dos CTT já atingimos esse objectivo e até o ultrapassámos. Para crescer do ponto de vista de oferta também é preciso ter esse tipo de condições. No que se refere aos estudantes, o objetivo para 2023 era chegar a 1100 alunos e, neste ano letivo 2021-2022, atingimos os 1250 estudantes, ultrapassando assim o objetivo proposto para 2023.
Na vertente dos serviços à comunidade, temos vindo a desenvolver o projecto com cada vez mais ofertas e actividades que correspondem às necessidades das empresas da nossa região e do País. No que se refere à investigação, nos últimos três anos os docentes do ISLA, em revistas internacionais com revisão de pares, publicaram 334 artigos científicos.
Outra vertente da internacionalização consiste na participação em projectos, nomeadamente no quadro Erasmus e financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Estamos a retomar agora essa vertente com candidaturas próprias a projetos Erasmus, e com participação em projectos propostos por vários parceiros nacionais e internacionais.
Como resposta àquilo que é o pós-pandemia, assumindo que estamos já nesta fase, surgiram oportunidades para reforçar a capacidade científica e de intervenção no âmbito do PRR, o ISLA Santarém fez parte de uma candidatura vencedora: somos uma das instituições de ensino superior a nível nacional que tem um projecto PRR, com candidatura aprovada.

O que representa, em termos qualitativos, o novo edifício do ISLA?
Representa, desde logo, algo que de outra maneira era impossível, ou seja, continuar a crescer. Portanto, o novo edifício foi e é, para nós, uma necessidade. Em 2018 tomámos uma opção muito clara que foi a de seguir um caminho de crescimento. Para isso, precisávamos de cativar mais estudantes e, ao mesmo tempo, de lhes dar condições de trabalho e estudo. Nessa altura fizemos uma avaliação rigorosa das alternativas existentes na cidade e optámos por criar um polo do instituto no primeiro andar do Edifício dos CTT, criando aí 10 salas de aula, um auditório, laboratórios, salas de estudo e bar. Posteriormente, em 2021, surgiu a oportunidade de adquirir todo o edifício e nesta altura decorrem as obras de requalificação para, se tudo correr como planeado, já iniciarmos o próximo ano letivo com o edifício a funcionar em pleno. Foi um investimento grande da entidade instituidora do ISLA que implica um grande esforço de gestão, mas que compensou e compensará muito mais no futuro. E Santarém e a região merece!

Para este sucesso de aumento de alunos, de toda a dinâmica do instituto contribui, certamente, uma oferta diferenciadora. Que oferta é esta?
Quando fizemos o levantamento das necessidades da região, percebemos, de uma forma muito concreta, o que as várias entidades necessitam. A instituição tem que procurar dar resposta e serve, também, para qualificar pessoas. Não há nenhum problema se houver alguém que quer fazer um curso porque quer ter um grau superior, Mas, fundamentalmente, as pessoas querem ter um curso para depois terem uma intervenção na sociedade. Olhando para o enquadramento regional que temos, a oferta que possuímos procura corresponder àquilo que a região precisa – não em todas as áreas, porque o ISLA ainda não tem capacidade de satisfazer todas as áreas – mas em sectores estratégicos.
Somos, por exemplo, a Instituição da região com a maior e a mais diversificada oferta na área do turismo, que é uma área estratégica da região. Temos, igualmente, uma oferta que é diferenciadora na área da Gestão, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Comercial, Logística e em várias outras vertentes. Cada vez mais a nossa região tem alguns nichos fundamentais da actividade logística até pelas condições geográficas que possui. Somos a escola que oferece cursos, desde técnico de segurança profissional, até cursos de licenciatura na área da logística. Depois, também mercê da capacidade que temos de atrair docentes e especialistas, oferecemos oportunidades de formação em áreas que são fundamentais para as pessoas singrarem no mercado de trabalho. Dou um exemplo: as pessoas que operam na área da saúde e aspiram a desempenhar cargos de chefia, têm que possuir qualificações na área técnico-científica relacionada com a saúde, mas, para além disso necessitam de possuir competências na área da gestão. Aqui, o ISLA, não tendo competências especificas na área da saúde, tem competências na área da Gestão e colocamos essas competências especificas da gestão direccionadas, por exemplo, para gestão e administração de unidades de saúde. Uma oferta especializada que é procurada e é essencial para que as pessoas possam progredir na carreira.
Assim como é essencial uma área, que não sendo fundamental na actividade do ISLA, mas tendo nós as competências para fazer essa oferta especializada, não hesitamos em oferecer a pós-graduação e Gestão de Bibliotecas Escolares que constitui uma formação essencial para os professores que queiram desempenhar funções nas escolas na gestão de bibliotecas. O nosso principio de atuação nestas áreas é simples: Olhar para o tipo de qualificação que os nossos quadros de gestores intermédios e superiores têm e para aquelas que consideramos que deveriam possuir, olhar para as necessidades da transformação digital das empresas e da sociedade em geral e apresentamos as ofertas específicas para qualificar essas pessoas naquilo que é a visão do ISLA de Santarém. Mas nem tudo passa pelas oportunidades do momento: nós não descobrimos agora que haviam problemas de cibersegurança: já desde 2003 temos uma academia CISCO em que uma das vertentes importantes é a segurança. Procuramos sempre estar atentos e não esperar pelas “modas”.

Que horizontes é que a instituição tem nos domínios da internacionalização e investigação?
Primeiro, temos a noção clara que há um campo de actuação que é quase imprescindível não olhar, que é o espaço lusófono. Estamos integrados no maior grupo de ensino superior da lusofonia – O Grupo Lusófona, pelo que apesar de estarmos na Europa e não descurarmos os programas no âmbito do Erasmus e a participação com outros parceiros Europeus em actividades e projectos virados para a Europa temos o Lusofonia como desígnio. O Brasil e todos os outros países do espaço Lusófono são, para nós, um mercado fundamental. Tentar atrair estudantes que queiram vir fazer as suas formações em Portugal. Temos cerca de 100 estudantes, no total das ofertas, oriundos desse espaço. Brasil, Angola, Guiné, Cabo-Verde. Em relação ao âmbito europeu, queremos continuar a participar em projectos do mais variado âmbito. Nesta altura, temos três candidaturas aprovados no âmbito do Erasmus + para mobilidade de estudantes, professores e funcionários que estão neste momento a iniciar-se as primeiras mobilidades. Agora que se inicia a aplicação do novo quadro comunitário que, do ponto de vista do ensino superior das mobilidades, vai até 2029, estamos a desenvolver novas parcerias para poder oferecer mais oportunidades, quer aos nossos estudantes, quer àqueles que nos queiram procurar. Até no ano passado, em plena pandemia, tivemos estudantes estrangeiros. Pretendemos alargar a possibilidade dos estudantes, para além da mobilidade para estudos, poderem fazer três ou quatro meses de estágio numa empresa num país europeu. O novo quadro comunitário permite isso com mais facilidade e nós estamos atentos e já no presente ano letivo temos estudantes que vão aproveitar essa oportunidade.

Que recomendações daria aos jovens que, em vias de completar o 12º ano, possam sentir-se pouco capazes de fazer uma escolha fundamentada para o seu percurso no Ensino Superior?
Eu acho que os estudantes querem encontrar cursos, ofertas, oportunidades de formação que dêem resposta às suas necessidades. Há uma diferença significativa do ponto de vista financeiro no valor das propinas dos cursos de licenciatura e julgo que é essa a razão mais relevante que leva as pessoas a procurar o público. Mas, muitas dessas considerações são devido a uma má abordagem da questão: as pessoas meteram na cabeça que o privado é muito caro e no público é mais barato. Essas pessoas não fazem contas: um estudante que vai para fora, se for ver quanto custa o quarto, deslocações, percebe que é precisamente o contrário.
O ISLA criou, inclusivamente, um programa denominado ‘Bolsa para os que são da nossa terra’, com um valor pecuniário anual de 1500 euros, destinado aos que se candidatam ao ensino superior pelo regime geral de acesso. O ISLA Santarém atribui 30 bolsas de estudos no âmbito deste programa que são divididas proporcionalmente pelos ciclos de estudos de licenciatura em funcionamento na instituição e os candidatos têm a garantia que esta bolsa abrange o curso todo. Trata-se de um esforço financeiro grande que a instituição está a realizar, seguindo a nossa política de responsabilidade social, mas acreditamos que é desta forma que se apoia devidamente os estudantes. Com este modelo, quase que não é preciso fazer contas: o valor da propina fica igual ao do ensino público e com a opção de ter acesso a um ensino de excelência na sua zona de residência. No ISLA, ninguém deixa de estudar por falta de recursos económicos.
Acresce que, aquilo que acontece, em 90% das situações, é que um estudante que vai para fora não volta. É um potencial dinamizador da nossa região que se perde para outras latitudes. Se formos capazes de fixar pessoas a estudar na região a probabilidade de continuarem cá depois de terminarem os estudos é muito maior.
No caso dos mestrados nem sequer é necessário fazer contas: as propinas do ISLA são mais baratas. Basta analisar o custo da propina: neste caso nem é necessário levar em conta tudo o resto.
O mesmo se passa nos cursos técnicos superiores profissionais (TeSP) as propinas do ISLA são competitivas em relação ao que se pratica no ensino público.
Durante muitos anos, o ensino privado debatia-se com o preconceito e o estigma da qualidade. Mas, a partir de 2008, a entrada em funcionamento da Agência de Avaliação e Acreditação (A3ES) colocou tudo em pé de igualdade: os nossos cursos passam exactamente pelos mesmos crivos, avaliações e demonstração de evidências que quaisquer outros, sejam universidades ou politécnicos do ensino público.
Quando escolhem o privado, os estudantes têm todas as garantias que a acreditação foi feita, que o curso tem qualidade e passa pelos mesmos crivos do ensino público.
Basicamente, no ensino privado, o grande segredo é a gestão. Nós, com aquilo que os nossos estudantes pagam e pouco mais – eu diria quase mais nada – somos capazes de ter uma escola a funcionar com uma qualidade irrepreensível. Quanto a mim, a grande mudança que o País precisava era o chamado cheque-ensino. Os alunos escolheriam, livremente, onde querem estudar. Mas, infelizmente, não só não conseguimos que o País avance para este modelo, como, depois, temos entidades da região que, quando olham para as necessidades da sua população – e estou a falar em Câmara Municipais – decidem no seu regulamento municipal de atribuição de bolsas que o estudante só terá essa bolsa se for para o ensino público. Estão a subsidiar o estudante ou a instituição? Potencialmente, estão, sim, a subsidiar alguém que nunca mais volta a esta região como todos os estudos demonstram.

O ISLA está implementado numa cidade onde existe também um politécnico. A oferta das duas instituições complementa-se?
Cada instituição tem o seu projecto educativo. Ficamos contentes quando eles [Politécnico] apresentam projectos interessantes e são bem-sucedidos. É sempre uma mais-valia para a região. Quando temos de tomar decisões sobre as apostas que vamos fazer, procuramos que sejam apostas complementares. Agora, percebemos que as instituições têm necessidade de subsistir. Há áreas muito apetecíveis e há ofertas que resultam e têm sucesso e é normal que as pessoas pensem que, se calhar, podem ter uma oferta parecida ou igual.
Nós temos cursos que complementam a oferta. Nunca teremos um curso da área da agricultura, nunca teremos um curso na área da saúde. Quando tentamos coisas novas, tentamos que seja para acrescentar do ponto de vista diferenciador.
É minha convicção que as duas ofertas são complementares: não entendemos o ensino público como um adversário. Nós temos a nossa estratégia, procuramos que as nossas ofertas não colidam ou se sobreponham, porque isso seria desinteressante para os candidatos. Procuramos desenvolver o nosso projecto, repito, numa óptica de diferenciação e inovação.
Tenho, inclusive, a perspectiva de que a região só sairia a ganhar se as duas instituições trabalhassem em sinergia em alguns campos. Mas, obviamente, quem acrescenta e inova corre o risco de ser copiado, mas isso faz parte.

Nestes 38 anos do ISLA quais são os grandes desafios para o futuro e que mensagem quer deixar?
Depois de passarmos pela crise da dívida soberana, por uma crise pandémica, e agora uma guerra, o futuro é amanhã. Uma das coisas que temos, como escola, direcção, corpo docente, é uma grande responsabilidade de dar resposta, do ponto de vista do investimento, ao que a entidade instituidora está a fazer.
Acredito que ninguém coloca 2.2ME para comprar um edifício, e agora mais cerca de 1.2 ME para obras de requalificação se não tiver uma boa análise do que a região pode fornecer e acreditar nesta equipa. Temos de ser dignos dessa confiança. Esperamos ter tudo pronto nas novas instalações para o início do ano lectivo.
Não queremos ser uma escola massifica por exemplo com 5000 estudantes em que ninguém se conhece e se perca a matriz diferenciadora da “família ISLA”. Mas queremos ser uma escola com cada vez mais qualidade no que fazemos. Queremos alargar o nosso âmbito com mais duas licenciaturas, para além das seis que temos. Temos actualmente três mestrados e mais um vem a caminho. Queremos continuar a fazer coisas que a região precisa e ninguém mais faz. Com novas condições, com cada vez mais parcerias. A ideia é que, nos próximos quatro ou cinco anos continuemos com a trajectória de crescimento que temos vindo a ter.
Em termos de mensagem, só pode ser de confiança. O ISLA vai continuar nesta luta, não só pela liberdade de ensinar e de aprender, mas também para contribuir para o desenvolvimento desta região e contribuir para que o País seja cada vez mais do século XXI.
Santarém pode contar com o ISLA porque o ISLA não desiste e a prova disso é o investimento que tem feito. Evidente que os nossos recursos financeiros não são ilimitados – da estrutura accionista e da nossa entidade gestora – não conseguimos tudo ao mesmo tempo. Optou-se por dar prioridade a um edifício com melhores condições, mas temos um projecto, assim que haja capacidade financeira, para uma residência para estudantes. O ISLA acredita em Santarém e sabemos que a cidade olha para o ISLA com bons olhos e o que vamos tentar fazer, nestes próximos anos é continuar a estar à altura do desafio interno que temos, mas também do desafio que a própria região nos coloca.

Filipa Martinho, Delegada do administrador


Que programa está desenhado para assinalar os 38 anos do ISLA Santarém?
As comemorações do aniversário do ISLA iniciam-se oficialmente no próximo dia 26 de Março: vamos ter um programa um pouco diferente, tendo em conta que temos três anos de diplomas e prémios para entregar. Decidimos, assim, dividir a cerimónia em duas partes. Da parte da manhã, faremos uma sessão solene mais direccionada aos actuais alunos, entidades parceiras, convidados, corpo docente e funcionários. Vamos, essencialmente, entregar prémios a funcionários e docentes. Temos, também, o orador convidado, o professor António Pinto Pereira. Depois, na parte da tarde, será mais direccionado aos nossos diplomados dos últimos três anos, onde vamos entregar prémios de mérito de cada um dos cursos. Vamos entregar 80 prémios de mérito e vamos entregar cerca de 160 diplomas.

São momentos importantes para reunir a família ISLA?
São momentos importantes e, principalmente, após dois anos de pandemia, em que acho que está toda a gente um pouco desejosa de voltar a ter estes momentos de convívio. São importantes, também, para ter outros momentos para além daquilo que é o contexto académico de aulas, em sala. É um momento em que reunimos com estudantes que já terminaram, o corpo docente, funcionários, também mostrando um pouco daquilo que é o nosso trabalho à comunidade. Nesse dia, vamos também lançar o novo vídeo institucional para o próximo ano lectivo, com os nossos embaixadores. Este ano também os apresentadores vão ser uma surpresa. A cerimónia terá a apresentação da nossa embaixadora Mónica Jardim e do Marcos Pinto, pivô da TVI. Vamos ter aqui algumas surpresas para quem vai estar connosco e o objectivo é que passem um dia em ‘Família ISLA’.

Uma mensagem para estes 38 anos?
A minha mensagem fica definida em duas palavras. Uma primeira é gratidão à comunidade académica pelos 38 anos que nos permitem festejar. E a outra é resiliência e, de certa forma, de esperança naquilo que vai ser o futuro, como disse o Director. Temos o edifício novo à nossa espera a fim de melhorar as condições de toda a comunidade académica, mas isso é também uma responsabilidade depositada em nós e naquilo que vai ser o trabalho que iremos fazer para a região. Eu diria que não é Santarém que pode acreditar em nós: nós é que não vamos desistir de Santarém.

Quais são as grandes forças do ISLA Santarém?
O ISLA Santarém aposta num ensino personalizado, com grande proximidade entre professores e estudantes. É perfeitamente inteligível que, aqui, as componentes científicas completam-se com os conhecimentos profissionalizantes apoiados pelas centenas de protocolos com empresas e instituições permitindo aos estudantes realizarem estágios com vista à sua integração no mercado de trabalho.
Todas as vertentes da actividade formativa do ISLA concorrem para o mesmo objectivo: formar pessoas, formar cidadãos e formar profissionais, capazes de enfrentar os desafios que o exercício de uma profissão coloca no quotidiano.

Que factores é que as empresas avaliam, actualmente, num candidato?
Procuram outro tipo de competências, algumas delas também desenvolvidas aqui em contexto académico. Capacidade de autonomia, responsabilidade, comunicação, que sai daquilo que é a partilha, a experiência dos professores, o tipo de actividades que fazemos com eles, e a própria preparação que fazemos com eles para o mercado de trabalho.
Coisas tão simples como ter um gabinete na escola que ajuda os alunos a construir o seu currículo, que os ajuda a preparar para uma entrevista de emprego. Termos um portal de emprego, uma ligação à comunidade muito próxima. Todos os dias, recebemos ofertas de trabalho e estágio nas áreas que temos na escola. Fazemos esse trabalho ao nível da empregabilidade e recebemos ofertas de empresas da região, e algumas de âmbito nacional.
Outra coisa que as empresas procuram são elementos do ponto de vista de qualificação que sejam diferenciadores. Os alunos do ISLA, no âmbito de algumas actividades curriculares, no âmbito das oportunidades que lhes oferecemos, só se não quiserem é que não saem da escola com um conjunto de conhecimentos certificados com competências por exemplo na área das tecnologias digitais. Criamos em 2020 uma estrutura a que chamámos ISLA IT Academy, uma estrutura que tenta agregar tudo aquilo que é possibilidades de ofertas na área das tecnologias, sejam as que podem ser incluídas directamente nas unidades curriculares e que permitem que os estudantes não só construam o seu conhecimento do ponto de vista de unidade curricular, como no final não é mais uma nota só que surge na pauta e mais uma cadeira que está feita. É mais uma certificação que o estudante obtém que vai somar para o seu currículo e ao seu curso. Temos várias parcerias que permitem isso aos estudantes.

Que características chave identificam num profissional formado aqui no ISLA?
Um profissional formado no ISLA sai desta Escola com uma formação sólida do ponto de vista do conhecimento técnico-científico e, complementarmente, com uma capacidade de enfrentar o mercado de trabalho do ponto de vista de estar apto a desempenhar funções específicas nas organizações. A nossa formação é muito virada para a prática, e um profissional que é aqui formado vai consciente de que tem competências para singrar no mercado de trabalho. A marca ISLA é incontornável na região, desde cargos de chefia de empresas ao ensino, passando pela administração pública central e pelas autarquias.

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