O Centro Cultural Recreativo das Fontaínhas e Graínho (CCRFG) celebrou no passado fim-de-semana (dias 10 e 11 de Março) o seu 48.º Aniversário com um conjunto de actividades que tiveram como ponto alto, no domingo, o almoço comemorativo, onde foram distinguidos associados com 25 anos de casa. Foram agraciados Rodrigo Luís, Nuno Carreira, João Carlos Graça, João Luís Oliveira, Tiago Miguel Vicente e cinco elementos da família Sá Nogueira: Maria Margarida, António Francisco, Vasco Miguel, Bernardo Luís e Vasco António Sá Nogueira.
As comemorações do 48.º Aniversário do CCRFG iniciaram-se a 4 de Março com um Torneio de Chinquilho, prolongando-se até ao passada fim-de-semana com a realização, no sábado, de um ‘Torneio de Sueca’ durante a tarde, e à noite, uma demonstração da Escola de Karaté das Fontaínhas e o espectáculo ‘Coisinha Sexy’, com o actor Paulo Patrício.
Domingo, dia 12, antecedendo o almoço comemorativo, teve lugar um jogo de futebol ‘solteiros-casados’, que reuniu jovens e menos jovens, homens e mulheres, entre os 12 e os 60 anos de idade.
48 anos de muito trabalho…
Luis Ferreira é o actual presidente do CCRFG. Ao ‘Correio do Ribatejo’ o dirigente resumiu o quase meio século de existência a “anos de muito trabalho e muita expectativa”.
“Só assim se consegue levar esta casa por diante”, afirma.
Ao longo de 48 anos, o Centro tem realizado “diversas actividades e assumido o seu papel na defesa da tradição, como os jogos tradicionais que ainda aqui se praticam, tais como o chinquilho, um desporto que está a cair em desuso”, admite.
“Havia muitos torneios aqui no nosso concelho e nós ainda mantemos essa actividade. Ainda agora, integrado no nosso aniversário, realizámos um mini-torneio e aos fins-de-semana temos sempre aqui pessoal a bater umas malhas e a divertir-se, a conviver em redor do desporto de que se gosta”, explica.
O chinquilho continua a ser uma realidade no CCRFG, a par do jogo das cartas, para o qual lá se “junta sempre muita gente”, sobretudo ao fim-de-semana.
Luis Ferreira salienta que ultimamente tem-se verificado “uma boa aderência de associados que hoje rondam os 300”, revela.
Uma das mais valias do Centro é acolher o Rancho Folclórico do Bairro de Santarém, “conhecido e reconhecido um pouco por todo o país”.
Os Amigos do Passeio Clássico e a Escola de Karaté das Fontaínhas, são outras duas actividades que ajudam a dar vida aquele espaço que, tal como muitos outros, também sofreu com a pandemia: “Não foi fácil mantermo-nos unidos, até porque as autoridades de saúde mandaram estabelecimentos como o nosso encerrar e nós cumprimos à letra essa decisão”, observou o presidente do CCRFG.
“O principal objectivo desta direcção é garantir o bem-estar dos seus sócios. A colectividade cede o espaço a sócios ou a familiares, a outras associações, escolas, agrupamento de pais das Fontainhas, até já aqui se realizou, recentemente, a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Santarém,” informou.
“É sempre algo difícil mobilizar pessoas e gente jovem para o associativismo e aqui a nossa aldeia das Fontaínhas acaba por ser mais um dormitório. Vivem aqui muitas pessoas com poucas raízes na nossa aldeia e não é fácil atraí-las para o nosso seio”, reconhece Luis Ferreira.
Sempre com a preocupação de “chamar jovens” para o Centro, a colectividade tem as portas abertas a todos quantos a desejem frequentar.
“Tentamos acolher e dar bem-estar aos sócios”, para tal Luís Ferreira reconhece a necessidade de “algumas obras” naquele espaço e reconhece o apoio dado pela autarquia e União de Freguesias, num espaço que é arrendado.
“A nossa colectividade está sólida e rija para continuar”, conclui Luis Ferreira, numa breve pausa no serviço do bar para estar à conversa com o ‘Correio do Ribatejo’.
O almoço comemorativo do passado domingo, animado pelo músico Miguel Barbosa, reuniu cerca de centena e meia de amigos daquele Centro Cultural e, entre eles, contou com as presenças do vereador da Câmara de Santarém Diogo Gomes, do presidente da União de Freguesias da Cidade, Diamantino Duarte, Augusto Figueiredo em representação da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, e dos representantes dos corpos sociais do CCRFG.
Todos eles reconheceram a importância do Centro Cultural no serviço que presta à população que serve, dos pontos de vista cultural, recreativo e desportivo. Coube ao sócio mais antigo da colectividade, Carlos Vital, as honras de soprar as velas do bolo do 48.º aniversário.
JPN