A freguesia de Pernes despertou, na manhã de 7 de Setembro, com um odor pestilento que fez soar alarmes na vila que ladeia o Alviela, um dos afluentes do Tejo que mais tem sofrido com a poluição. O presidente da Junta de Freguesia de Pernes, Raúl Violante apresentou uma queixa no Serviço Especial de Proteção da Natureza (SEPNA) da GNR e a situação foi reportada à Câmara Municipal de Santarém e à Agência Portuguesa do Ambiente.
O Correio do Ribatejo deslocou-se à vila e pôde confirmar que o odor ainda se fazia sentir por volta das 15h30. José Gabriel, presidente da Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela, explicou ao Correio do Ribatejo que estas situações são comuns e acontecem há vários anos. O ambientalista acredita que, desta vez, se tenha tratado de uma descarga poluente de uma das explorações agrícolas ou pecuárias ou esteja relacionado com a lavagem de lagoas de efluentes. Os vestígios que acumularam-se na zona do Mouchão do Alviela, onde a cascata com cerca de 15 metros agita as águas e acaba por fazer com que os químicos criem espuma. Durante a tarde de quarta-feira era facilmente identificada uma quantidade considerável de espuma causada por resíduos tóxicos. A visita foi acompanhada pelo autarca local e pelo presidente da CLAPA.
“Apesar de termos apresentado várias queixas os resultados são praticamente inexistentes”, vinca Raúl Violante, enquanto José Gabriel relembra a última situação reportada às autoridades, em inícios de Março deste ano, e que ainda não chegou qualquer tipo de resposta das entidades fiscalizadoras.
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