A presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas, foi eleita esta sexta-feira, 28 de Fevereiro, por unanimidade presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), no distrito de Santarém, sucedendo no cargo a Maria do Céu Albuquerque.

A eleição decorreu na reunião ordinária do Conselho Intermunicipal da CIMT, em Abrantes, tendo a constituição da nova mesa do Conselho Intermunicipal sido votada por unanimidade pelos presidentes dos 13 municípios.

Além de Anabela Freitas para a presidência da CIMT, foram eleitos vice-presidentes Fernanda Asseiceira (PS), de Alcanena, e Vasco Estrela (PSD), de Mação.

Em declarações à Lusa, Anabela Freitas desejou as “maiores felicidades” a Maria do Céu Albuquerque, que deixou a liderança da Câmara de Abrantes e da CIMT ao ser nomeada secretária de Estado do Desenvolvimento Regional.

Anabela Freitas notou que a eleição da nova mesa por unanimidade decorre de um “ambiente salutar” que se vive no seio da CIMT, com as várias forças políticas representadas a “conseguirem interagir, construir pontes e a trabalhar em prol de um território”, que é o Médio Tejo.

“O que é bom para um município é bom para toda a região”, vincou a nova presidente da CIMT, garantindo que terá um papel “interventivo” e assumindo a necessidade de se “reajustar” para as funções que agora acumula.

Maria do Céu Albuquerque tinha sido reeleita por unanimidade para a presidência da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo em outubro de 2017, num mandato que terminava em 2021 e cuja continuidade é agora assegurada por Anabela Freitas.

“Estamos em processo final do quadro comunitário de apoio, mas já estamos em discussão do próximo (..) e eu acho que o território Médio Tejo deve ter aqui um papel muito interventivo”, disse Anabela Freitas.

A nova presidente do CIMT destacou como potencialidades do território “os recursos endógenos, desde a floresta e a agricultura ao património e aos vários serviços”, o turismo, lembrando que “Fátima está no Médio Tejo”, e a nível da educação, “todos os graus de ensino, desde o pré-escolar ao ensino superior”.

Questionada sobre a existência de uma identidade própria do Médio Tejo, a autarca defendeu existir “um longo caminho a percorrer” sobre uma identidade que foi construída durante séculos que foi o ser do Ribatejo, assegurando que “os passos estão a ser dados”.

A este propósito assinalou que Santarém é o “único distrito do país com duas comunidades intermunicipais” e que trabalha com duas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR).

“A CIMT trabalha com a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo para as matérias do ordenamento do território e com a CCDR do Centro para as questões dos fundos comunitários”, notou, defendido a criação de “uma nova NUT II [Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos], que envolva as regiões do Médio Tejo, da Lezíria e do Oeste”.

Com uma população na ordem dos 250 mil habitantes, a CIMT é composta pelos municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha.

Leia também...

Hospital de Santarém – Uma homenagem sentida aos ‘homens e mulheres’ da Linha da Frente

Especial 130 anos do Jornal Correio do Ribatejo O mundo mudou há…

Empresário de Santarém é o mandatário nacional da candidatura de André Ventura às presidenciais

Rui Paulo Sousa, o empresário de Santarém de 53 anos, vai ser…

Vítima mortal de violento acidente na A1 é empresário hoteleiro da zona de Lisboa

João André Pereira, com 35 anos de idade, fundador do grupo “Caseiro”…

Quatro praias fluviais do distrito de Santarém com Bandeira Azul

As praias do Carvoeiro (Mação), Agroal (Ourém), Aldeia do Mato e Fontes…