O primeiro-ministro ajudou a plantar a 99.ª oliveira das 100 que ficarão a ladear uma rua da aldeia natal de José Saramago, no dia em que o escritor faria 99 anos assinalando o arranque das celebrações do Centenário.
Na Azinhaga, concelho da Golegã, António Costa disse esperar que as comemorações do centenário do Nobel da Literatura José Saramago permitam “criar novas gerações de leitores” do escritor, continuando a valorizar e a preservar a língua e a cultura portuguesas.
Costa disse esperar que as oliveiras para Saramago plantadas na Azinhaga perdurem para que, daqui a um século, “alguém as veja” e “continue a lembrar-se que Saramago existiu e, sobretudo, a ler o que Saramago escreveu”.
Ana Saramago Matos, neta do escritor, salientou o “momento simbólico, repleto de afecto e de sentido para a Fundação e a família” de Saramago, anunciando que cada uma das 100 árvores receberá nomes de personagens dos livros de José Saramago, sendo que a 100.ª, a plantar daqui a um ano, terá o nome da avó Josefa.
António Camilo, presidente da Câmara da Golegã, e Vítor Guia, presidente da junta da Azinhaga, destacaram a importância de Saramago para a região e afirmam que devia haver um maior incentivo à leitura das suas obras.
A sessão oficial de abertura do Centenário está marcada para as 20h00, no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, com a escritora Irene Vallejo, que lerá um “Manifesto pela Leitura”, seguindo-se um concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida pelo maestro Pedro Neves.