A Escola Secundária de Sá da Bandeira, o “Liceu”, é uma instituição com quase dois séculos de história na nossa Urbe.
São largas dezenas de décadas a cumprir e a saber assumir a suprema responsabilidade da formação e ensino de dezenas de milhares de estudantes de Santarém e da região.
Aliás, a sua origem remonta mesmo ao Sec. XIX, quando estava inicialmente localizado no edifício do Seminário e quando era então designado por “Liceu de Santarém”.
Nesse tempo constituía-se como um espaço de ensino apenas para alunos do sexo masculino, tendo-se aberto ao sexo feminino ainda no final do Séc. XIX.
Já no Sec. XX, passou a ter a designação de “Liceu Nacional de Sá da Bandeira”.
Em 1943 foi inaugurado no espaço físico do planalto que hoje ocupa, fruto da elevada procura de estudantes que ali pretendiam desenvolver os seus estudos, passando em 1978 a designar-se apenas de Escola Secundária de Sá da Bandeira.
Posteriormente beneficiou de profundas obras de adaptação e melhoria para o estado atual e foi inaugurado já em 2010.
Os pátios do Liceu foram autênticos espaços de crescimento, habitats de desenvolvimento de amizades, que ainda hoje se mantêm, que funcionavam quase como territórios de pertença.
“Diz-me em que pátio andaste e dir-te-ei quem és”, se dos pares ou dos ímpares. Se do lado do campo de basquete ou do ringue de futebol.
Não sei se esta diferença ainda hoje existe de forma tão clara, mas os bons processos de ensino do Liceu mantêm-se.
A preocupação para lá do ensino tradicional, como o conhecemos, continua a ser uma marca diferenciadora.
Ente 24 e 27 de janeiro, o Liceu recebeu o XXV Encontro Internacional de Jovens Cientistas das Escolas Associadas da UNESCO.
Durante esses dias, foi possível reafirmar o carater inclusivo do Liceu e do ensino público no nosso país, a estudantes e professores doutros países, bem como a realidade do ensino em Portugal, as nossas tradições e cultura.
Paralelamente, puderam igualmente conhecer Santarém e Coimbra, permitindo a todos ganharem novos mundos e novos conhecimentos.
Como a Escola faz e bem.
Como o Liceu e tantas outras Escolas apostam e mantêm a preocupação de contribuir para o enriquecimento cultural e educacional dos seus alunos.
As Jornadas da Unesco foram só um excelente exemplo do bom papel desenvolvido pela Escola Pública e que deve ser defendida.