A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) decretou na quinta-feira, 12 de Setembro, o alerta vermelho para 10 distritos de Portugal, devido ao risco agravado de incêndios provocado pelo calor esperado nos próximos dias.

“Fruto deste cenário, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil accionou o estado de alerta especial de nível vermelho para 10 distritos do interior norte e centro, incluindo também a zona de Vale do Tejo, Lisboa, Setúbal e Coimbra, com todos os restantes distritos em alerta laranja. E pelo poder político foi decretado o estado de alerta, a situação de alerta”, salientou a segundo comandante da ANEPC, Patrícia Gaspar.

Os 10 distritos são Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Vila Real e Viseu.

Em conferência de imprensa realizada na noite de hoje na sede da ANEPC, em Carnaxide, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, Patrícia Gaspar alertou para um “cenário sério e complexo” que se irá verificar nas próximas 48 horas devido às condições meteorológicas, o qual pode potenciar a ocorrência de incêndios florestais.

“Vamos, nas próximas 48 horas, entrar num cenário meteorológico que pode ser complexo no que diz respeito ao desenvolvimento de ocorrências de incêndios florestais. Vamos ter 48 horas de tempo seco, com humidades relativas baixas, mas, sobretudo, vamos ter um factor que é preponderante na forma como os incêndios se desenvolvem, que é o vento”, explicou.

Patrícia Gaspar pediu tolerância zero quanto ao uso do fogo.

“O cenário mantém-se sério e complexo. Com esta meteorologia qualquer ocorrência de incêndio florestal tem uma tendência para se desenvolver de forma muito rápida, de forma muito agressiva logo aos primeiros minutos e, portanto, temos de ter efectivamente tolerância zero para o uso do fogo”, vincou a segundo comandante da ANEPC.

Patrícia Gaspar apelou à população para que esteja consciente das condições meteorológicas e dos comportamentos de risco.

“Fruto de alguma nebulosidade que poderá também surgir e também do vento, poderá haver uma percepção errada por parte das pessoas para uma eventual diminuição do risco, o que pode levar a comportamentos errados e a comportamentos que temos a todo o custo de evitar”, frisou a segundo comandante da ANEPC.

O Governo decidiu, por seu lado, declarar a situação de alerta em Portugal continental entre as 00h01 de sexta-feira e as 23h59 de sábado, devido ao “agravamento do risco de incêndio” decorrente do estado do tempo.

A decisão foi tomada por despacho conjunto dos ministros da Administração Interna e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, que anunciaram a medida em comunicado.

Com esta situação de alerta passam a estar em vigor “medidas bastante restritivas relativamente ao uso do fogo”.

“Estão proibidas todas as queimas e queimadas nos distritos visados por este alerta, está proibido o fogo de artifício, está proibido também determinado tipo de trabalhos agrícolas, sobretudo, obviamente, nas zonas rurais, nas zonas florestais”, lembrou esta operacional, que apela aos portugueses para que respeitem estas restrições.

“É fundamental que todos os portugueses observem estas restrições, que adequem os seus comportamentos ao quadro meteorológico que vamos ter em vigor nestas próximas 48 horas e que pode ser efectivamente complexo para aquilo que diz respeito às ocorrências de incêndios rurais”, acrescentou Patrícia Gaspar.

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