Foto de Arquivo
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Vinte e uma entidades, entre câmaras, comunidades intermunicipais, associações de desenvolvimento e instituições ligadas ao turismo, subscreveram na terça-feira, em Porto de Mós (Leiria), um protocolo de cooperação para promover a marca “Aire e Candeeiros”.

O protocolo visa “estabelecer formas de cooperação e colaboração” para a “estruturação do produto turístico “Aire & Candeeiros”, com o objetivo de “divulgar e potenciar os recursos” do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) e do Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros, segundo o documento ao qual a Lusa teve acesso.

O PNSAC, com quase 38.400 hectares, abrange parte significativa do maciço calcário estremenho, a segunda maior reserva estratégica de água subterrânea de Portugal, depois da Península de Setúbal.

Esta área protegida, criada em 1979, abrange os concelhos de Alcobaça e Porto de Mós (distrito de Leiria), e Alcanena, Ourém, Rio Maior, Santarém e Torres Novas (Santarém).

Já o Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros de Ourém/Torres Novas localiza-se no Bairro, a 10 quilómetros de Fátima, e tem o maior trilho de pegadas de dinossauros saurópodes do mundo, de 147 metros de comprimento, com 175 milhões de anos.

Segundo o acordo, integrado no plano de cogestão do PNSAC e do monumento natural, as ações a desenvolver passam por “criar uma rede colaborativa, envolvendo entidades públicas e agentes privados”, apresentação de candidaturas a fontes de financiamento e “estruturar produtos turísticos promovendo a articulação operacional entre agentes privados e o setor público, para fomentar o processo de comercialização”.

Incluem-se, entre outros aspetos, a criação e certificação deste destino turístico, a certificação dos agentes turísticos e da rede de percursos pedestres e cicláveis, a valorização de recursos e infraestruturas turísticas, a criação de novos produtos turísticos, a estruturação da mobilidade e visitação sustentáveis, um portal turístico, ações de retorno à comunidade e um calendário de animação.

Cabe à Associação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros (ADSAICA) a responsabilidade de liderança e coordenação de todas as ações a realizar no âmbito desta parceria.

À agência Lusa, o presidente da ADSAICA, Eduardo Amaral, disse que esta é uma forma de, no âmbito do plano de cogestão, desenvolver um trabalho, em rede, de “promoção e desenvolvimento turístico” denominado “Aire e Candeeiros”.

O objetivo é “criar um destino com várias portas de entrada em cada um dos municípios e construindo também uma imagem própria que é, no fundo, toda esta área protegida”, declarou Eduardo Amaral, também vice-presidente da Câmara de Porto de Mós, realçando a aposta num “destino que possa ser diferenciador”.

“Achámos por bem reunir todas estas entidades na tentativa de todos juntos fazermos mais força e dizermos também ao Poder Central que estamos todos unidos com o objetivo comum que é a criação de um destino, valorizando o território e, com isto, conseguindo acrescentar valor e dinamizar, além do património, a economia local”, adiantou.

Segundo este responsável, “agora é ver as várias áreas que estão no projeto” e como se conseguem obter financiamentos para os desenvolver.

Além da ADSAICA, subscrevem o acordo de colaboração o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, as entidades regionais de Turismo do Alentejo e do Centro de Portugal, as agências de promoção turística destas regiões, as comunidades intermunicipais do Médio Tejo, Região de Leiria, Lezíria do Tejo e Oeste, as associações de desenvolvimento da Alta Estremadura, do Ribatejo Norte, do Rural Ribatejo e do Leader Oeste, e os municípios abrangidos pelo PNSAC.

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