A reabilitação do sistema de diques de Valada, no Cartaxo, orçada em mais de 530 mil euros, vai iniciar-se na segunda-feira, divulgou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
A empreitada vai iniciar-se, na segunda-feira, “com a respectiva consignação da obra”, que deverá ser concluída num prazo de 90 dias, refere a APA num comunicado.
A intervenção será desenvolvida nos concelhos de Santarém, Cartaxo e Azambuja, com o objectivo de “garantir a funcionalidade hidráulica dos diques”, ou seja, precisou a agência, “assegurar a sua função primordial de amortecimento e controlo do impacte das cheias nas povoações de Valada, Reguengo de Valada e na parte sul do Porto de Muge”.
Os trabalhos, que incidem em 24,5 quilómetros de diques, consistem no “reperfilamento e reparação do corpo daquelas estruturas, preenchimento de cavidades, refechamento das juntas e a reparação e substituição das portas de água”, pode ler-se no documento.
A intervenção tem um valor global de 530.463 euros comparticipado a 75% pelo PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
O sistema de diques de Valada faz parte do complexo de 23 diques do Estado, com uma extensão total de mais 58 quilómetros, situados na designada “Área Tejo”, das zonas críticas de inundação identificadas em Portugal.
É composto pelos diques de Valada, Tapadinha, S. João, Meia Postinha e Caminho de Meias e defende das cheias do Tejo três aglomerados urbanos e uma área agrícola de 700 hectares.
A intervenção integra-se num conjunto de 26 candidaturas aprovadas pelo fundo de coesão para prevenção e gestão do risco de cheias em 22 áreas identificadas como críticas.
Os projectos representam um investimento total de 86,5 milhões de euros em 304 quilómetros de linhas de água, do qual resultará uma redução dos riscos de cheias e inundações em 89.000 hectares do território e benefícios para uma população de 940.000 pessoas.