O reitor do Santuário de Fátima manifestou-se hoje convicto de que “a vacinação e os cuidados redobrados” pedidos pelas autoridades de saúde vão permitir, em breve, “uma retoma de atividade que se aproxime da presença habitual de peregrinos” pré-pandemia.

Na abertura do 41.ª Encontro de Guias-Intérpretes promovida pelo Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas, depois de reconhecer “os tempos difíceis” atravessados nos dois últimos anos, sublinhou a “esperança no futuro”.

“Ao longo destes dois anos de pandemia, experimentámos novas formas de chegar aos peregrinos, que desejamos manter e potenciar”, disse o reitor, citado na página da Internet do Santuário de Fátima.

Segundo Carlos Cabecinhas, os responsáveis pelo Santuário procuram “novas respostas para as necessidades que a pandemia veio pôr a descoberto: é nesse contexto que deve ser entendida a criação de um centro de escuta – era já uma necessidade sentida, mas que a pandemia veio tornar ainda mais urgente”.

“Configurar o estilo, as propostas pastorais e as estruturas do Santuário como lugar de acolhimento dos peregrinos em situação de fragilidade ou sofrimento, desenvolver dinamismos pastorais que potenciem o Santuário como lugar de experiência de Deus e desenvolver processos de integração e participação dos jovens na vida e na missão do Santuário”, são alguns dos objetivos para o ano pastoral 2021/2022 apresentado hoje aos guias-intérpretes participantes no encontro.

Este encontro voltou hoje ao formato presencial, dois anos depois do último encontro, em 2019.

Na abertura do encontro, o reitor do Santuário de Fátima abordou os quase seis meses sem qualquer movimento, entre 2020 e 2021, e de “três meses com grandes constrangimentos à mobilidade das pessoas, o que as impediu de se deslocarem à Cova da Iria”.

“Ainda assim, o Santuário encerrou 2021 com o registo de 2,4 milhões de peregrinos, mais um milhão do que no primeiro ano da pandemia”, acrescentou o padre Carlos Cabecinhas.

Na ocasião, o reitor indicou, ainda, que em 2021 se registaram 1.036 peregrinações organizadas (601 das quais estrangeiras), mais 500 que em 2020.

Segundo o Santuário, o Encontro de Guias-intérpretes, que se realiza desde 1981, “é uma iniciativa que assume particular relevo na concretização da missão (…) de acolher peregrinos e de contribuir para a preparação de todos os que prestam serviço aos que visitam este lugar da Cova da Iria”.

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