O orçamento da Câmara de Rio Maior, cresce em 2021 cerca de 2,2 milhões de euros em relação a 2020, passando para os 28,2 milhões de euros.
Aprovado pela maioria da coligação PSD/CDS, com os votos contra do PS e a abstenção de uma vereadora do CDS, o orçamento contempla projectos com financiamento comunitário, em particular os já iniciados para a requalificação da zona ribeirinha da cidade, que integra a reabilitação e valorização da villa romana, e a intervenção no edifício conhecido por antiga moagem da Maria Celeste, antigo complexo industrial adquirido por 250.000 euros pelo município.
O presidente da Câmara de Rio Maior, Luís Filipe Santana Dias (PSD), que gere o município desde que a presidente eleita em 2017, Isaura Morais, assumiu, em 2019, o cargo de deputada no parlamento, sublinhou o “nível de incerteza” gerado pela pandemia da covid-19 desde Março deste ano e que se prevê prolongar-se por 2021.
Salientando que os documentos aprovados pelo município continuam a “manter o foco em investimentos necessários à contínua melhoria das condições de vida dos riomaiorenses”, o autarca apontou, num texto enviado à Lusa, a continuação do apoio ao movimento associativo e cultural, à educação, saúde, acção social, turismo e atracção de novos investimentos.
O orçamento contempla ainda as novas competências que o município passará a exercer em 2021, embora Santana Dias considere que “não faz sentido, neste momento”, assumir as áreas da saúde e da acção social, “por ainda não estarem completamente clarificadas as formas de exercício destas competências, bem como todo o envelope de recursos, humanos e financeiros, que as suportará”.
A oposição socialista justificou o voto contra por não se rever no “pensamento político” que o orientou, reconhecendo a importância de alguns investimentos previstos, mas lamentando a ausência de outros.
A vereadora do CDS Ana Filomena Figueiredo absteve-se, justificando a sua posição com o facto de não ter actualmente qualquer contacto com a estrutura local do CDS.
Nas eleições autárquicas de 2017, a coligação PSD/CDS obteve 52,9% dos votos, o que lhe deu uma maioria de cinco eleitos, tendo o PS, com 30,4% dos votos, dois eleitos.
Com 20.379 residentes e 273 quilómetros quadrados, o concelho de Rio Maior tem 10 freguesias e integra a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.